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Correio Braziliense
postado em 21/12/2020 22:31

Nicette Bruno

Em Encontros e Despedidas, belíssima música que lembra uma psicografia de Chico Xavier, Milton Nascimento canta que a hora do encontro é também despedida. Com licença ao autor, prefiro dizer que a hora da despedida é também a do (re)encontro. Como disse uma vez Nicette Bruno no programa Conversa com Bial, no que também acredito, a vida não começa no berço nem termina no túmulo. Obrigado, Nicette, por toda a sua vida!
» Ricardo Santoro,
Lago Sul


» Vida vem, vida vai. A grande atriz Nicette Bruno, há cerca de quatro anos, permaneceu aqui no Espírito Santo como atriz, tendo como cenário o Palácio Anchieta, para na produção de um filme histórico na sede do governo capixaba. Nele, também como ator, o nosso ilustre Roberto Pimentel. Nicette, vítima da covid-19, nos deixou e o filme até hoje não está em nossas telas. Roberto tem muito a nos contar.
» Humberto Schuwartz Soares,
Belo Horizonte (MG)


Justiça

Um canal de tevê de grande penetração no Brasil, em cujos Estados têm filiais, noticiou que quatro desembargadores e um juiz do Tribunal de Justiça da Bahia estão presos por corrupção e venda de sentença. É triste e lamentável que altos funcionários desse porte se envolvam, em crime tão hediondo, quando têm a obrigação de fazer justiça, resta dizer serem imparciais em seus julgamentos. No Ceará e no Amazonas, têm juízes e desembargadores também presos nessa mesma situação. É provável que os mesmos fatos também estejam ocorrendo em outras unidades da Federação. Se a Polícia Federal apertar o cerco, o jurisdicionado vai ficar estarrecido com tanta malandragem. É fácil descobrir: a polícia tem toda ferramenta para esse fim: contas bancárias acima do poder de renda, bens do juiz acima da renda, bens em nome da família, gastos exagerados, com viagens e festas, processos fajutos em que sobressai devido a distorção da prova e até reforma de sentença a quo em situação vergonhosa. Os casos mais típicos onde o dinheiro corre solto é nos crimes de drogas. A propósito lembro-me de uma música sertaneja que narra o caso de um juiz honesto. Uma das partes, notando que ia perder a causa, enviou uma leitoa para o juiz colocando no presente o nome do ex adversus. O juiz nada falou: comeu a leitoa caladinho, mas na sentença julgou procedente a causa para quem realmente tinha o direito.
» Evilázio Viana Santos,
Asa Sul


Vacinação

Quando pensamos que seremos vacinados contra a covid-19, quando a Anvisa der seu aval, tenta-se entender o que é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Seu presidente é o contra-almirante da Marinha Antônio Barra Torres. Ele participou, sem máscaras, de manifestações, em março, em Brasília, tirando selfies com o presidente Bolsonaro, que tocava, rindo, as pessoas. Torres, cancelou recentemente, “por motivos técnicos” o estudo da CoronaVac (a vacina chinesa do Doria), mas depois retomou. Torres, médico formado pela Souza Marques, assumiu a presidência da Anvisa em novembro. Sempre foi contra a disseminação do pânico e a favor de uma tranquilidade atenta na pandemia. Era contra o isolamento social. A filosofia de Torres e Bolsonaro, vitoriosa num Ministério da Saúde com 25 militares, nos levou a uma tragédia descomunal. E, agora, as dúvidas: a Anvisa tem autonomia para aprovar as vacinas? Com urgência? O aval da Anvisa é mesmo essencial? Qual é a data de início da imunização? Já perdemos o bonde da Pfizer até para países como o Chile e o Equador. A vacina da Pfizer foi registrada pela FDA (a Anvisa americana). Poderia ser aprovada aqui no regime “fast-track” (em 72 horas). Mas, o Brasil entrou na corrida maluca das vacinas. Por opção política, por desmazelo. Torres, deve concordar com seu chefe direto, o general Pazuello, quando ele pergunta à nação em luto por mil mortes ao dia: “Pra que essa ansiedade, essa angústia”? Olhamos com inveja países já vacinando seus idosos. Pazuello disse, ao apresentar “o plano macro”, que “a logística é normalidade”. Por tudo isso, causa estranheza a militarização da Anvisa. É mais uma tentativa de interferir e instituir a política de quartel na Saúde.
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras

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