Na véspera do Natal de 2020, um ano em que sobram adjetivos para poder defini-lo, convido o leitor a fazer uma breve reflexão sobre o que deseja para 2021. Sem dúvida nenhuma, entraremos na nova jornada de 12 meses em situação bem pior do que há um ano. Por isso, o momento é de pensar em buscar um futuro melhor, com a superação dos principais problemas que tanto massacram a sociedade brasileira. Gostaria muito que o Papai Noel trouxesse três presentes para nós.
Apesar de soar como utopia, o primeiro seria uma pausa — de pelo menos um ano — no radicalismo político que divide o país. Nenhuma nação consegue se desenvolver, retomar o rumo do crescimento sem estar unificada. É preciso que se governe para todos, com o recíproco apoio irrestrito da população. Visões antagônicas fazem parte do debate, mas é sempre preciso buscar o meio-termo. Sem ele, perdemos tempo e andamos em círculo.
O segundo pedido é que tenhamos um 2021 com a economia nos eixos. E a grande dúvida que assola é como será sem o auxílio emergencial. A última parcela de R$ 300 está sendo depositada neste mês.
A situação, em janeiro, é preocupante, com um cenário de alta nos casos de covid-19 e de mortes provocadas pela doença. Há um temor que, dependendo do comportamento das pessoas nas festas de fim de ano, o cenário poderá se tornar dramático com reflexos no sistema de saúde e na economia.
E o terceiro é a vacina. Aparenta ser um pedido muito difícil de ser cumprido, mas ter toda a população brasileira imunizada contra a doença que provocou a mais grave crise sanitária dos últimos 100 anos é algo que todos deveriam desejar. A vacinação em massa, apesar da imensa campanha contrária existente nas redes sociais, é fundamental para a vida começar a voltar aos eixos. Sem ela, as incertezas só continuarão. Espero que a vacina chegue a todos, mas que o processo seja feito de forma ordenada, sem ninguém passar na frente das prioridades. Respeito à fila será prova de civilidade.
Feliz Natal!
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