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Correio Braziliense
postado em 28/12/2020 06:00 / atualizado em 28/12/2020 21:49

Educação
Parabéns pela manchete (28/12) e também pela matéria de Bruna Lima e Carinne Souza: Educação no Brasil é um Retrato da Desigualdade. Mas, ela poderia ser “A Desigualdade no Brasil é um Retrato da Educação”. A desigualdade como a educação é oferecida faz a desigualdade como a sociedade se organiza. O círculo vicioso da pobreza está na falta de boa educação para todos: pobres e ricos em escolas com a mesma qualidade. Isto só será possível quando o Brasil substituir os quase 7 mil frágeis sistemas municipais, por um robusto sistema nacional de educação de base, com descentralização gerencial e liberdade pedagógica. Em 2003, o MEC iniciou esta estratégia com o programa “Escola Ideal”. O Correio Braziliense prestou um grande serviço ao Brasil com a matéria, e pode prestar ainda mais, debatendo a ideia da nacionalização da educação de base, como caminho para melhorar a qualidade e garantir equidade.
Cristovam Buarque, Asa Norte


Pandemia
O Brasil tem mais mortes por covid em uma semana do que 63 países juntos na pandemia inteira. A reportagem, publicada no site do Correio Braziliense, mesmo que não tenha sido intencional, passa um atestado de incompetência e de desprezo do governo Bolsonaro com a vida dos brasileiros. Até agora, o país não dispõe de uma dose de vacina. É só discurso vazio, politicagem rasteira e um plano anunciado sem nenhuma estratégia para conter a pandemia no país. A cada dia, registra-se mais mortes, e cresce o número de infectados. O caos na saúde é banalizado pelo governo. Uma vez que todos têm que morrer um dia, qual seria o problema em contribuir para antecipar o que é inexorável? Essa é a lógica do presidente, cujo discurso corrobora as iniciativas do antivacinas, dos terraplanistas, enfim, dos ignorantes, que agem para desacreditar a ciência e a medicina. Intramuros, eles bem que tomam vacinas. Bolsonaro ganhou destaque na imprensa internacional ao mencionar que o governo não poderia ser responsabilizado, caso um dos efeitos colaterais das vacinas fosse transformar homens em jacaré ou fazer nascer barba em mulheres. Uma pilheria de extremo mau gosto e que se presta apenas para alimentar as narrativas de seus seguidores que infectam as redes sociais com fake news. A sociedade está ansiosa, sobretudo quando vê dezenas de países avançando na imunização da população e, no Brasil, nada. Nem data certa para o início da imunização foi fixada até agora, resultado do atraso e da despreocupação com a saúde pública.
Ismael Costa, Jardim Botânico


» Bolsonaro disse que não dá bola para o tardio início da vacinação contra a covid-19 no Brasil. O presidente não dá a menor bola para a inflação galopante, que fica escondidinha nos números divulgados pelo governo. O capitão reformado não dá bola para as empresas estatais que já deveriam estar privatizadas, segundo a sua própria campanha eleitoral, em 2018. O estagnado ex-deputado federal, que ficou décadas no Congresso Nacional, não dá bola para as importantes reformas de que o país precisa. Bolsonaro dá bola é para os três filhos, metidos em graves encrencas envolvendo dinheiro público. Os mimados descendentes nunca fizeram nada que prestasse durante seus imundos mandatos. Ficamos orgulhosos quando marcamos um gol na Copa, festejando nos bares durante horas. Diante da lentidão do início da vacinação, nada fazemos, apenas ficamos hipinotizados diariamente com os números de mortes causadas por essa pandemia. Autoridades incompetentes causam mortes, simples assim!
José Carlos Saraiva da Costa, Belo Horizonte - Minas Gerais


Televisão
Nós, brasileiros que não temos renda ou renda baixa, somos reféns das empresas televisivas. Elas, aos poucos, estão minando o propósito da tevê aberta que o governo lhes concedeu. Não vemos mais filmes, futebol, programas de entrevistas, noticiários com conteúdo ou programas educativos de qualidade. Vimos, na tevê aberta, concedida para entreter o povo, uma enxurrada de programas sem nexo, sem conteúdo, sem expressão, vazios em termos culturais, sociais ou outro sentido que justifique o povo assistí-la. O que assistimos, em todas as horas do dia, são programas apelativos, de fofocas, de culinária (onde pobre não sabe o que diabo eles dizem por que, sequer sabem o que significa chôio, mirtilo, carrê, e outros ingredientes asiáticos, europeus ou americanos). Somos obrigados a ver, na tevê aberta, charlatanismo com copo de água, flor, toalha que cura até covid-19. Uma desgraça. Será que o governo federal, que detém as licenças e permissões de uso, não pode ou deve interceder para que a programação, nessas tevês volte a fazer programas que levem ao povo um pouco de lazer, entretenimento ou conhecimento? Ou será que terei de fazer sempre o que estou fazendo: ver vídeos diversos no YouTube, inclusive no horário nobre?
Jose Monte Aragão, Sobradinho

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