Educação
O Sr. Itiro Iita me honrou (Correio Braziliense, 30/12), ao citar minha carta. Gostaria de dizer que seu filho encontrou oportunidade na Alemanha por seu mérito de se formar na UnB, pela boa educação de base que recebeu. Mas isto não bastaria se a Alemanha não tivesse dado educação de base com qualidade a todos seus habitantes, e, com isto, tem produtividade, competitividade, inovação e dá oportunidade a um bom engenheiro. Não há como aumentar a renda social, nem como distribuí-la, sem educação de base com qualidade para todos. A distribuição de renda passa pela distribuição de conhecimento. Fora herança ou loteria, antes do bolso, a renda passa pela cabeça. Se queremos distribuir renda, é preciso que os filhos dos pobres estudem em escolas com a mesma qualidade dos filhos dos ricos. A educação é desigual porque não há vontade real no Brasil de distribuir renda.
» Cristovam Buarque,
Asa Norte
Esperança
Se você estiver lendo essa mensagem, é um bom sinal. Passamos 2020 e chegamos a 2021. Foi um ano difícil, atípico. Perdemos parentes e amigos queridos. Ficamos isolados, assustados com a doença. Cancelamos passeios e eventos. Deixamos de nos encontrar, mas chegamos aqui. Vencemos. Deus não nos abandonou; ficamos mais próximos Dele. Para alguns, foi um bom ano, para a maioria, não. Que 2021 seja melhor, muito melhor para todos, com cura e regozijo. Tenha fé, Jesus está voltando, trazendo cura, esperança e renovação. Ele está mais próximo. Feliz ano-novo!
» Jair Tedeschi,
Vicente Pires
Feminicídio
O assassinato da juíza Viviane Vieira do Amaral, de 45 anos, na véspera do Natal e na presença das três filhas, causou perplexidade e indignação, e nos faz refletir como a violência pode estar mais perto do que imaginamos. O cotidiano das mulheres no Brasil é marcado pela violência, desde o assédio moral e sexual, o estupro, até o caso mais extremo, o feminicídio. O sentimento de posse, dominação, perda do controle e soberania sobre as mulheres são alguns dos motivos pelos quais os homens as matam no Brasil. O fato de ser juíza de direito com três filhas pequenas demonstra que a violência atinge todas as mulheres, independentemente da escolaridade ou classe social. O feminicídio é um crime de poder, de decisão sobre vida e morte que muitos homens julgam ter sobre os corpos femininos. Como se o machismo do homem tivesse o poder de controlar a mulher, como se fosse um “corpo território” dele. A sociedade tem de agir e reagir à tanta violência contra as mulheres, não silenciar. Vivemos em uma sociedade, extremamente, patriarcal, conservadora, que ainda acha que a família, mesmo com base na violência, deve ser mantida a todo custo e sofrimento. Mas até quando vamos precisar perder nossas amigas, colegas, irmãs, mães e filhas para reagirmos? Toda vez que uma mulher morre vítima do patriarcado e do machismo, a sociedade brasileira toda perde. Até quando?
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras
Terras
“Os brasileiros precisam conhecer o Brasil dos olhos alheios, para protegê-lo e desfrutar como donos”. Alexandre Garcia foi preciso nessa feliz afirmação em seu artigo (Correio Braziliense, 30/12). São incontáveis as nossas riquezas que estão sob a cobiça de olhos estrangeiros. Isso não nos preocuparia tanto se os brasileiros estivessem unidos, de olhos abertos, contra essa cobiça vinda de fora. Mas o que dizer se, aqui dentro de nosso país, existem pessoas que estimulam essa cobiça? O que acham que seria um avanço para a nossa economia se deixássemos os estrangeiros tomarem conta de 25% de nosso território? Como é que a nossa Câmara Alta, que representa os estados brasileiros, aprovou esse projeto entreguista, que atenta contra a nossa soberania? Isso é uma imoralidade, uma falta de patriotismo e um escárnio. Oxalá, a Câmara Federal barre essa tentativa de tornar o Brasil um republiqueta de quinta categoria.
» Paulo Molina Prates,
Asa Norte
Duelo
Os chiliques do submisso ministro André Mendonça contra seu antecessor, Sergio Moro, permite e motiva a pergunta: tem alguém cuidando da pasta da Justiça?
» Ludovico Ribondi,
Noroeste
Vacina
Parece que a lógica de nossos governantes não é seu forte. Esperar por uma vacina com 95% de eficácia pode ser temerário. Todo o excesso da virtude resulta em seu contrário. Prudência excessiva resulta em imprudência. Por que não aceitar uma porcentagem menor, salvando o que for possível dos condenados à morte, esperando que a ciência continue a lutar para alcançar o ideal?
» Elizio Nilo Caliman,
Lago Norte
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