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Correio Braziliense
postado em 03/01/2021 21:43

Elogios

Perfeito o editorial do Correio Braziliense (2/01) exortando “Prefeitos, mãos à obra”. Hora de trabalhar pelos anseios do povo. Prefeitos do interior e das capitais não respiram sem apoio dos vereadores. Também precisarão unir esforços com governadores e bancadas federais. Sem ação integrada, não conseguirão realizar e produzir bulhufas. Nessa linha, saudando o ano novo, começará a romaria aos ministérios e autarquias. Com a pandemia, a solução é levar os pleitos pelo virtual. Depois, ao vivo, com pires nas mãos. Premiando a árdua caminhada a Brasília, alguns terão o privilégio de ser recebidos pelo presidente. Afinal, na teoria, o chefe da nação governa para todos os brasileiros. Ele que tem a caneta poderosa com tinta. Nenhum chefe da nação, mesmo o atual, de temperamento difícil, que ver inimigos na própria sombra, cometerá a asneira nem a mesquinharia de prejudicar estados e municípios. Mesmo que sejam administrados por adversários políticos. Estaria, dando tiro no próprio pé. Saindo de cena, melancolicamente, do jogo político de 2022.
» Vicente Limongi Netto,
Lago Norte


Críticas

Em janeiro de 1964, assisti a uma palestra do jornalista Hélio Fernandes sobre liberdade de imprensa. Ele a iniciou com a seguinte frase: a liberdade de imprensa acabou, quando Gutenberg inventou a máquina de imprimir. É sabido que a imprensa jamais foi livre, pois sempre esteve atrelada a grupos e a interesses financeiros. Entretanto, um mínimo de veracidade é de esperar-se dos redatores para não descambarem para a mistificação. Na página 4, da edição de 2/1, o Correio traz o seguinte título de uma notícia: “Bolsonaro faz nova aglomeração”. Esse título é, escandalosamente, mentiroso. Quem o lê entende que Bolsonaro chamou pessoas para aglomerar-se em torno dele, Entretanto, no corpo do texto, está claro que ele foi recebido com gritos e se aproximou de dezenas de pessoas. Em seguida, retornou à embarcação. As pessoas já estavam lá, a aglomeração já existia, ele se aproximou, não fez a aglomeração. Oposição, tudo bem, mas rigor com a verdade é obrigação de todos, mormente de jornalistas.
» Roberto Doglia Azambuja,
Asa Sul


Tortura

Eu já conhecia as agruras do Sr. César Maia durante o governo militar, quando foi desqualificado, torturado e teve que se exilar. Nunca ouvi o filho dele, Rodrigo Maia, tocar no assunto e só se manifestou agora diante da debochada declaração do presidente sobre o murro recebido por Dilma. Bolsonaro queria ver o raio-X e o “calo ósseo” para acreditar. Seríamos toscos se acreditássemos que os esbirros da época tivessem guardado tal prova da agressão. O capitão parece aquele personagem da extinta Escolinha do Professo Raimundo, cujo bordão era “vamos deixar de chorumelas”, e pedia provas de fatos acontecidos há séculos. Não sei, se meu pai tivesse sido degredado, desprezaria para sempre os algozes e atuais e os seus filhotes também apoiadores. Enquanto pairarem as nuvens negras do autoritarismo com um cabo e um jipe de prontidão, os políticos, o Judiciário e o povo continuarão trêmulos e impotentes. E nada mudará.
» Renato Vivacqua,
Asa Norte


Aida dos Santos

Parece que estamos carentes de mais exemplos como o da atleta Aida dos Santos, heroína brasileira nas Olimpíadas de Tóquio de 1964. Está provado que o sucesso de atleta não se faz com noitadas e desregramento; mas, sim, com sacrifício, esforço, disciplina, treinamento. Recursos econômicos lícitos (se houver) podem ajudar, entretanto, não se fazem imprescindíveis.
» Benedito Pereira da Costa,
Asa Norte


Popularidade

Com o fim do auxílio-emergencial, cuja última parcela foi paga em 29/12, poderemos ter uma noção mais clara do fenômeno de popularidade do presidente Jair Bolsonaro, que já chegou a um índice de 40% em setembro e caiu em dezembro para 35%, segundo o Ibope. Teremos, além da geração “nem, nem” — nem estuda, nem trabalha —, teremos os “sem-sem” — sem emprego e sem auxílio. O pico da popularidade do presidente aconteceu depois do pagamento da quinta parcela de R$ 600, e a queda chegou depois que o auxílio foi cortado pela metade. Mas essa queda ainda deixa Bolsonaro em situação melhor do que há um ano, quando sua popularidade era de 29%, a pior avaliação de um presidente da República no primeiro ano de governo desde 1994. O fim das medidas emergenciais extraordinárias que o governo decretou para combater a pandemia da covid-19, que levaram o deficit do país a se elevar para cerca de R$ 700 bilhões, terá um impacto político, presumivelmente, grande para o presidente, com consequências sociais graves. Já temos 14 milhões de desempregados, com mais os cerca de 60 milhões que deixarão de receber o auxílio, teremos em janeiro uma situação social muito delicada. Com a economia que não sai do lugar e a inflação aumentando, chegamos a uma combinação que pode ser, brevemente, explosiva, tanto na política quanto na área social. E, lá na frente, reflexos na eleição presidencial em 2022. No entanto, não quer dizer que Bolsonaro não possa mudar de ideia a qualquer momento, se farejar que os índices de popularidade cairão mais ainda a partir de janeiro. Enquanto não pode usar o Tesouro a seu favor, o presidente tenta tergiversar, provocando polêmicas que desviem a atenção, diante da indefinição da vacinação que já teve início em vários países vizinhos, até mesmo na Argentina, aqui do lado.

» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras

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