Pós-pandemia
Muita gente crê que o século 21 começará de fato após a pandemia da covid-19, doença gerada pela expansão industrial predadora, consumo desenfreado e descuido com o meio-ambiente, características do século 20. Assim, mudanças vindas com ela, viriam para ficar, como maior asseio com as mãos, um certo distanciamento, trabalho em casa, escola a distância, compras on-line, entrega de comida etc. Algumas dessas mudanças estavam surgindo e a pandemia as reforçou. Nem a existência de vacinas será garantia absoluta de imunidade. A pandemia torna todos vulneráveis e leva a maior introspecção, nos fazendo rever valores e prioridades, reforçando laços com a família e a solidariedade com pessoas idosas e vulneráveis. Nos faz também mais responsáveis sobre o que ocorre em torno de nós. A melhoria da saúde pública e do saneamento básico, seriam prioridade. Também transporte de qualidade, via trilhos e eletricidade. A vida mais tranquila torna o consumo mais seletivo e estimula a poupança. As pessoas ficam mais sensíveis, com mais tempo para suas famílias e conscientes que habitamos o mesmo mundo e precisamos cuidar dele. Esse modelo de um mundo pós-covid-19,vale para milhões. Mas no Brasil, muitos não acreditam na pandemia e em preservar o meio ambiente. Infelizmente, poderemos sair ainda mais desunidos dessa doença.
» Ricardo Pires,
Asa Sul
Vacinas
Vários países da América do Sul, estão com a vacinação a todo vapor. Nós, brasileiros, estamos esperando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), liberar as vacinas. Decisão atrasadíssima e terrivelmente desumana. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, não é médico, mas esperamos que não seja um monstro, ficando naquela de “um manda” e o outro obedece”. Na verdade, temos um presidente antivacina, apático muito devagar sobre essa maldita pandemia. Toda semana ataca a imprensa e metralha os adversários políticos. Uma pergunta que não quer calar: Será que temos um Trump no Brasil? Presidente Bolsonaro, mostre a sua eficácia.
» Saulo Siqueira,
Asa Norte
» O ministro da Saúde, general Pazuello, está nervoso porque perdeu o controle da situação, desmontou uma máquina azeitada de vacinação, que historicamente produziu efeitos. Não se deu conta de que a principal tarefa dele era montar a logística (sua expertise, segundo Bolsonaro) da operação nacional de vacinação, o que era relativamente fácil, porque temos uma estrutura importante para a vacinação. Mas, para isso, é preciso um trabalho coordenado com estados e municípios e ele quer centralizar no ministério da Saúde. Ele sugeriu que o governo federal poderia se apropriar dos instrumentos para a vacinação contra a covid-19, como agulhas e seringas, que foram contratados pelo estado de São Paulo. O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), impediu a União de se apropriar. O governo federal não pode se apropriar dos bens ou serviços providenciados por um estado ou município, pois isso fere a autonomia constitucional dos entes federados. Com meu respeito, o ministro Pazuello, também demonstra ignorância histórica sobre o papel da imprensa, que nasceu para controlar os governos, para dar voz aos que não tinham voz em governos absolutistas. Na coletiva da semana passada, ele afirmou que ninguém delegou aos jornalistas a tarefa de analisar e criticar o governo. O papel da imprensa é ser o cão de guarda da sociedade. É uma metáfora que Thomas Jefferson falava. É história. Não precisa o general Pazuello delegar, nem o capitão Bolsonaro. Está delegado pela sociedade, historicamente.
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras
Almas gêmeas
O artigo “Um presidente fake” (CB 10/1) traz uma análise perfeita do inominável Donald Trump, um vilão da democracia norte-americana, até então, paradigmática para o planeta. Trump é um farsante e merece ter o mandato cassado e banido da vida pública. Não fosse a menção, no primeiro parágrafo, ao funesto presidente, em breve ex, da maior economia mundial, o artigo cabe como uma luva no mandatário brasileiro. As coincidências são tantas que materizalizam o que chamamos de “almas gêmeas”.
» Assis Bhenz Mesquita,
Lago Sul
Milagre
A expectativa é grande sobre quem vencerá a batalha contra a covid-19: a cloroquina presidencial ou o feijão abençoado vendido pelo pastor Valdomiro? Por falar neste renomado “homem de Deus’ , lembrei-me de um programa do irascível, valentão e arrogante Ratinho que assisti, onde mostrou um vídeo de um culto patético do doutrinador. O “cliente” chega até ele para revelar um milagre. Estava desesperado, sem um tostão , pensando até em suicídio, quando uma voz etérea falou para que fosse ao banco. Lá chegando, puxou o extrato e surgiu na sua conta uma polpuda quantia. Ratinho debochou e desqualificou o fato, insinuando picaretagem. Duas semanas depois, assisto o ex-indignado entrevistando o “santo Homem”, desmanchando-se em mesuras e rapapés, Um fanfarrão! O que falta é amo próprio,orgulho,vergonha na cara Em tempo: não tenho empatia nem ojeriza por assuntos religiosos. A crítica é moral .
» Renato Vivacqua, Asa Norte
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