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Correio Braziliense
postado em 18/01/2021 21:29 / atualizado em 18/01/2021 21:29

Vacinação

Na maioria dos jornais e dos sites de notícias, a sensação do fim de semana, com espaço garantido ao longo dos próximos meses, foi a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovar, por unamidade, a aplicação, em caráter de urgência, das vacinas desenvolvidas por farmacêuticas estrangeiras em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan. Quem deu o primeiro passo para que isso se tornasse realidade foi o governador João Doria, de São Paulo. Com recursos estaduais, financiou acordo entre o Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac, para produção da CoronaVac. Agora, o presidente Bolsonaro, negacionista, e seu ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, dizem que a iniciativa paulista foi financiada pelo governo federal. Sem cerimônia, falseiam a verdade, pois o presidente bradou em alto volume que a União não compraria a CoronaVac, obrigou o ministro a desfazer o acordo com João Doria, numa cena humilhante, mostrada ao Brasil e ao mundo. Obviamente, a produção do Butantan, um instituto respeitado pela tradição na produção de imunizantes, será destinada a todos os brasileiros. Mas, justiça seja feita, o governo Bolsonaro não mexeu um palha para que o país tivesse vacinação. Não fosse a pressão dos governadores, principalmente do Doria, e dos setores organizados da sociedade, não veríamos nem luz de lamparina no fim do túnel.
» Gilberto Borba,
Sudoeste


» Foi longa e angustiante a espera pela vacina contra a covid-19. Mas, finalmente, chegaram ao país as primeiras doses e o governo antecipou a imunização dos brasileiros. Agora, mais tranquila e certa de que a normalidade tem prazo para começar, nem que seja daqui a dois anos. Poderemos respirar melhor, sem o medo de estarmos inalando um ar contaminado de coronavírus. As pessoas poderão pelo menos se encontrarem, sem ser por meio virtual. Poderemos voltar a olhar nos olhos de quem amamos. Agora, não temos motivo só para agradecer a Deus, mas reconhecer o esforço hercúleo dos cientistas, médicos, sanitaristas e, principalmente, das equipes de saúde de todos os hospitais, que têm sido incansáveis na defesa da vida. Vacinar Mônica Calazans, uma enfermeira negra, que tem se dedicado a pacientes de UTI, em São Paulo, foi gesto de justiça e homenagem a todos os profissionais que estão ao lado dos leitos dos que foram infectados pelo vírus, dedicando-lhes não só cuidados médicos, mas oferecendo carinho e afeto. Hoje, podemos respirar fundo e encher o peito de esperança de que o terror vai passar, para a alegria de todos. Parabéns aos que se envolveram de corpo e alma para que a vida prevaleça e tenhamos forças para reconstruir o que o inimigo invisível destruiu.
» Maria Eduarda Rocha,
Asa Sul


Amazonas

Essa é uma tragédia anunciada. Ao delegar aos estados e municípios o poder de administrar as verbas destinadas à pandemia, o Supremo cometeu um grave erro, pois vários estados estão sendo processados por desvios desses recursos e não atendimento à população. Neste momento, é o Amazonas que paga um preço absurdo pela incompetência do governador e mergulha numa tragédia sanitária. O governador nada fez para evitar o horror. Mas acusa-se o governo federal. Apesar da injustiça, o estado está recebendo ajuda federal por meio do uso das forças militares em grande escala e apoio de todas as maneiras possíveis. O que me revolta é a injustiça cometida pelo STF, cujo resultado está sendo desastroso.
» Leda Watson,
Lago Sul


Conceição

Excelente e significativa a narrativa da leitora Thelma B. Oliveira ao mostrar a dedicação de Maria da Conceição Moreira Sales, ex-bibliotecária da Fundação Hospitalar e, por mais de 20 anos, diretora da Biblioteca Demonstrativa, que, merecidamente, leva o seu nome, na Avenida W3 Sul. Não só dedicada aos seus funcionários, à cultura, aos livros, às artes, ao voleibol, aos artistas e aos escritores nacionais e de Brasilia, ela rompeu os limites do Brasil para levar seu conhecimento, seu talento para outros países, inclusive, a convite, para os Estados Unidos. Foi honrada pela primeira-dama norte-americana, à epoca, com uma visita pessoal à Biblioteca em Brasília, fato único na história das bibliotecas brasileiras. Por seu espírito humanitário, Conceição participou de inúmeras campanhas filantrópicas, no anonimato. Cidadã honorária de Brasília, muito se orgulhava, intimamente do título. Criou um círculo de senhoras que debatiam todos os problemas nacionais, que envolviam sociologia, história, política, e crises . Às crianças, dedicou um espaço só para elas. Aos estudantes dos ensinos básico, fundamental, universitário e à população em geral, livros. Promoveu shows nas instalações da biblioteca. Ofertou o espaço às embaixadas para lançamentos de obras, livros, quadros e exposições de artigos artesanasais de nações amigas, ali expostos com finalidades beneficentes e culturais. Sua vida era a bibblioteca, espaço sagrado que lhe oferecia o oxigênio para trabalhar e viver. Vida modesta, longe dos holofotes, amava Brasília, suas amigas e amigos. Parque era para suas caminhadas no fim de semana. Amava suas irmãs e suas sobrinhas, de quem cuidava como filhas. Amava sua segunda mãe, Rachel. Minha homenagem, também.
» Nisio Tostes,
Lago Sul

 

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