Pedro Guimarães
Presidente da Caixa Econômica Federal
A Caixa, o banco de todos os brasileiros, tem orgulho de ter liderado a maior operação de inclusão social, bancária e digital registrada em nosso país. Neste 27 de janeiro, encerramos com a sensação de dever cumprido e patriotismo a complexa operação para o pagamento de mais de R$ 294 bilhões do Auxílio Emergencial a 68 milhões de pessoas.
Ainda sem imaginar o desafio que nos seria imposto para realizar essa operação, desde o primeiro dia à frente da Presidência do banco, assumi o compromisso de fortalecer a Caixa e colocá-la em um patamar à altura que ela merecia. Para isso, trocamos de imediato 105 dos principais 120 executivos, trabalhamos para a retirada de ressalva da auditoria do balanço, existente desde 2016, e vendemos R$ 56 bilhões de ativos, permitindo um salto de governança e eficiência. Ainda no primeiro mês de gestão, lançamos o programa Caixa Mais Brasil, para conhecer pessoalmente e sem filtros as reais necessidades da população e estar mais próximo dos empregados da Caixa.
Ao longo de 90 fins de semana, viajando pelo Brasil, especialmente nas regiões Norte e Nordeste e no interior do país, vivenciei a força da Caixa e a importância de seu papel para a sociedade brasileira. Vendo a ponta, tomamos decisões que mudariam o rumo da instituição, com impactos diretos à sociedade: reduzimos a taxa do cheque especial, que foi de 13,55% a.m. para a partir de 1,89% a.m.; retomamos a liderança na concessão de crédito imobiliário com recursos da poupança e atingimos o resultado recorde em 2020 de R$ 116 bilhões; contratamos mais de 3 mil pessoas com deficiência (PcDs), um incremento de 150% em nosso quadro; devolvemos 70 prédios e devolveremos outros 110 em 2021, como compromisso da gestão eficiente de recursos; doamos mais de 64 mil itens de mobiliário a instituições assistenciais de todas as regiões do país e instituímos a meritocracia como instrumento de ascensão profissional, o que levou 14 mulheres a alcançarem, até o momento, cargos de vice-presidente e diretoras — antes, nenhuma ocupava tais postos —, e outras muitas virão.
Além do maior banco em número de clientes, que são 146 milhões, e em rede de atendimento, com 25 mil pontos físicos (próprios e correspondentes), a Caixa é o maior banco em originação de crédito, com carteira de R$ 780 bilhões, e possui a terceira marca mais valiosa do Brasil. Não há dúvida: a Caixa se preparou para esse momento. Estruturamos em tempo recorde a operação que identificou 38 milhões de pessoas que nunca constaram de cadastros do governo. De “invisíveis”, esses brasileiros passaram a ter uma conta gratuita movimentada pelo aplicativo Caixa Tem. Não apenas ganharam visibilidade, mas também dignidade e participação na economia produtiva do país.
Fizemos o que era considerado impossível: levar o auxílio emergencial a todos os cantos do país, na velocidade em que era necessária e a todos os que precisavam. Em plena pandemia, apenas cinco dias após a promulgação da lei, a Caixa pagava 6 milhões de brasileiros. Em 20 dias, eram 50 milhões de pessoas. E optamos pelo caminho mais inovador e democrático, que deixaria o legado de 105 milhões de contas digitais abertas, 35 milhões delas para pessoas que nunca tiveram uma conta em banco.
Outros benefícios também vieram. Por meio da Caixa, oito entre 10 adultos no Brasil receberam algum benefício do governo federal em 2020. Foram 612,4 milhões de pagamentos referentes ao auxílio emergencial, ao saque emergencial do FGTS, ao Benefício de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) e à antecipação do abono salarial, que totalizaram R$ 351,8 bilhões. As micro e pequenas empresas também não ficaram esquecidas quando mais precisaram. Para elas, foram concedidos mais de R$ 30 bilhões em crédito, com benefícios a mais de 300 mil empresas.
Por meio das 105 milhões de contas do Caixa Tem, que se tornou o maior banco digital do hemisfério ocidental, vamos continuar a oferecer produtos e serviços à população. Essas contas são um legado ao povo brasileiro. De microfinanças ao pagamento de benefícios do governo, as contas no Caixa Tem seguem abertas e gratuitas.
Um feito dessa magnitude não seria possível sem a participação engajada dos empregados da Caixa e de toda a rede de colaboradores que perfazem cerca de um quarto de milhão de pessoas. Com o empenho dos nossos heróis de crachá, retomamos nossa vocação de ser “o banco de todos os brasileiros”, “o banco da padaria do seu Joaquim”, “o banco da matemática” e “o banco da inclusão”.
Nos últimos dois anos, levamos a Caixa para onde ela realmente deveria estar. Ser Caixa é ir aonde a população mais precisa e ver o que podemos fazer por ela. Essa é a nossa missão. Parabenizo os empregados e colaboradores da Caixa por cumprir, com muito profissionalismo e dedicação, um dos maiores desafios vividos pela nação brasileira. A Caixa seguirá forte e pujante na missão de se fazer presente na vida de todos os brasileiros.
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