Intervenção
O ministro da Economia, Paulo Guedes, virou sujeito oculto no embate entre o presidente da República e a Petrobras, agora mais uma estatal militarizada. O economista Roberto Castello Branco, indicado por Guedes para presidir a estatal, foi tirado do cargo e substituído pelo general Joaquim Silva e Luna. A intervenção na Petrobras repercutiu muito mal no mercado. As ações da empresa despencaram e a desconfiança em relação ficou em alta. O gesto do presidente destoa do modelo liberal, defendido por Guedes e apoiado pelos empresários e investidores. Todos eles são contrários a qualquer intervenção do Estado no mundo dos negócios. Bolsonaro quer ser reeleito em 2022 e vai atropelar o que, ou quem, se colocar no seu caminho para ter mais quatro anos, tempo suficiente para limar todas as conquistas sociais e econômicas alcançadas pelos brasileiros. Diante do comportamento autocrático do presidente, Guedes deve colocar a barba de molho. Ele poderá ser o próximo a ser defenestrado do poder. Agora, resta saber o que o governo fará para conter os aumentos desenfreados dos combustíveis.
» Ernesto Bezerra,
Asa Sul
Democracia
Democracia, palavra que todos os cidadãos gostam de repetir, inclusive os regimes totalitários. Nestes últimos dias não há mídias, autoridades e cidadãos que não falem em salvar a democracia. Ora, o que sustenta e o que desmonta a democracia? Na democracia, são necessários ordem, respeito entre os cidadãos, seriedade de vida e honestidade, justiça social etc., independentemente de qualquer credo religioso. Portanto, o que mais destrói uma democracia é a corrupção, que vive solta e livre no país. Deixa o cidadão brasileiro estupefato e impotente vendo que processos contra a corrupção que envolvem dezenas de bilhões de reais, e que são cobrados dos cidadãos brasileiros para cobrir os deficits, caso de vários fundos de pensão, e os respectivos processos simplesmente ficam parados ou engavetados inclusive até ocorrer “decurso de prazo”, e os agraciados com os valores do roubo e corrupção os usufruírem alegremente, rindo e zombando dos “babacas” que estão cobrindo os rombos por eles deixados. Até quando a nação brasileira terá de suportar a manutenção deste estado de atuação no país?
» Velocino T. Onietto,
Asa Norte
Petrobras
No “Até quando?” da coluna Visto, lido e ouvido (20/2), a colunista acertou em cheio quando afirmou que a Petrobras permanece indiferente à realidade econômica do país, como se operasse no exterior e para o exterior. Afinal, a Petrobras é uma estatal e, assim, deveria seguir a política econômica governamental, notadamente neste período de pandemia, com as contas públicas em frangalhos e altas taxas de inflação e desemprego. Aumentos semanais na gasolina, diesel e gás somente provocam mais estragos na economia, por meio do aumento da inflação. Se a Petrobras existe apenas para obtenção de lucro e distribuição de dividendos aos acionistas, a sua privatização seria o melhor caminho.
» Marcus A. Minervino,
Lago Sul
Congresso
Um amigo fez um desabafo no nosso grupo, declarando que essa prisão do deputado carioca Daniel Silveira era consequência da falta de altivez e de coragem do Senado Federal em enfrentar o Supremo Tribunal Federal. Isso é um excelente gancho para expor uma ideia de um projeto de emenda constitucional: o Congresso é bicameral, a Câmara dos Deputados com um número proporcional de deputados, representando a população de cada estado, e o Senado Federal com três senadores representando seus respectivos estados. Se já existem os deputados federais representando os eleitores de cada Estado, para que existir eleições diretas para o Senado? Por eles representarem seus Estados, deveriam ser escolhidos indiretamente pelas Assembleias Legislativas de cada estado, devendo serem eleitos, prioritariamente, os ex-governadores, ficando como suplentes os menos votados. Assim, data vênia, teríamos um Senado da República com muito maior representatividade, composto por figuras mais respeitáveis e com maior independência, por tratarem-se de ex-governadores. De quebra, além de serem evitadas as despesas decorrentes de uma eleição direta e certas figuras que envergonham o Congresso Nacional ao serem flagradas com dinheiro na cueca. E outra excrescência também seria eliminada: a escolha de suplente como filho, irmão, ou financiador de campanha. SMJ.
Paulo molina Prates,
Asa Norte
F-1 é na Band
A grande notícia do mês do esporte a motor, no Brasi,l foi a ida dos direitos da Fórmula 1 da Globo para a Bandeirantes. Mas, afinal, o que podemos esperar da nova emissora responsável pela categoria? Agora é oficial: Band confirma F-1 + F-2 e F-3 pelas duas temporadas. Hipersensacional! Só está faltando um piloto brasileiro no grid da F-1! O contrato prevê a exclusividade para a exibição das 23 provas do calendário do circuito. As provas serão exibidas na Rede Bandeirantes e os treinos classificatórios da Fórmula 1 no canal pago BandSports, que também transmitirá as Fórmula 3 e Fórmula 2. Com mais essa aquisição, a emissora se consolida como o Canal dos Esportes, ratificando seu DNA. O Mundial de Fórmula 1 começará em 28 de março, com a disputa do GP do Bahrein. Sérgio Mauricio será a voz da F-1 na Band. Com a confirmação da contratação, agora o line-up da transmissão terá Sérgio Mauricio na narração, Reginaldo Leme nos comentários e Mariana Becker nas reportagens “in-loco”. Desejamos todo sucesso a nova equipe da F-1 na Band! Confesso que gostaria de ver o Felipe Giaffone e o Burti integrando esse time!
José Ribamar Pinheiro Filho,
Asa Norte
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