Moro
Como pode um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), no decorrer do julgamento de determinado processo, emitir opiniões exclusivamente revanchistas e mescladas de inveja pelo belo trabalho praticado pelo então Juiz Sergio Moro no âmbito da Operação Lava-Jato? Na verdade, esse ministro desce do seu pedestal para, sem qualquer cerimônia e total falta de respeito, atacar, gratuitamente, um ser humano que, sem sombra de dúvidas, com muito sacrifício e muitas noites não dormidas, conseguiu colocar na cadeia verdadeiros assaltantes dos cofres públicos. Em suma, e em resposta à indagação ofensiva do ministro do STF, declaro, a quem possa interessar, que do Moro e do Delltan compraria o carro e, se fosse possível, a fábrica e a concessionária.
» Montesquieu T Alves,
Lago Norte
Violência psicológica
A política de importunação psicológica nas cobranças de contas voltou com toda a força. Se você atrasa três dias o pagamento de sua conta de telefone, passa a receber ligações de meia em meia hora com violentas pressões. Cadê a polícia?
» Joaquim Antunes de Carvalho,
Asa Norte
Big brother
No BBB-21, a inveja da brasiliense Sarah pela Juliette é patética e maior do que o Lago Paranoá e o Estádio Mané Garrincha juntos. Há dias, a bolsonarista debochou do uso da máscara.A dissimulada Sarah faz o diabo para desestabilizar a sagaz advogada paraibana. Enche os ouvidos do atilado Gil de intrigas. Depois de receber, segunda-feira, no jogo da discórdia, o maior número de placas de adjetivos, na tentativa de fragilizá-la junto ao público, Juliette chegou a incrível marca de 15 milhões de seguidores nas redes sociais.
» Vicente Limongi Netto,
Lago Norte
Tecnologia
Atualmente, a tecnologia apresenta-se claramente como a ponta final da pesquisa científica, aquela parte materializada do conhecimento de alta complexidade que chega ao mercado para a consideração do cidadão-consumidor. Ao mesmo tempo, defrontamo-nos com uma relação hipercomplexa com a tecnologia. Agora, o corpo pode ser engenheirado, reconstruído, reformatado, reconfigurado. Sonhos de felicidade instantânea, vida eterna, convivem com temores de perda da memória, identidade, integridade, agência e poder. A fascinação ambivalente da tecnologia revela-se inteiramente. Por um lado, o desejo de transcendência. Por outro, o medo da subjugação, da desumanização. Não à toa, o educador e antropólogo Tião Rocha ressalta que as TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) devem se transformar em TACs (Tecnologias de Aprendizagem e Convivência). Segundo ele, a disponibilidade excessiva de tecnologias de informação e comunicação (notebooks, tablets, redes sociais) não tem serventia alguma se não forem convertidas em ferramentas que promovam mais aprendizagem, afetividade, solidariedade e convivência. Desta maneira, as TICs não devem aprofundar os níveis de desigualdade já existentes, mas contribuir para atenuá-los.
» Marcos Fabrício Lopes da Silva,
Asa Norte
Novas vias
Espirituoso e observador dos bons, ministro da Justiça escolhido por Tancredo Neves e incorporado ao governo do vice e sucessor, o saudoso Fernando Lyra sapecou, nos idos dos 1980, uma frase que ficaria na história: “Sarney é a vanguarda do atraso”. Fez o gracejo a propósito de definir o presidente como o melhor que se poderia ter naquele momento de pesar, apesar de todos os pesares. Lá se vão mais de 30 anos, e aquele que foi também um traçado crítico da política brasileira recém-liberta da ditadura só não pode ser aplicado à atualidade porque não existem (ainda?) no cenário lideranças capazes de representar algo parecido com esperança de mudança real para melhor. A despeito da modernização em diversos setores, na política, seguimos vivendo sob a égide do obsoleto e ultrapassado. Seja nas regras que norteiam o sistema eleitoral, seja no funcionamento dos partidos, na vocação da maioria para pautar escolhas de governantes por esperanças tão apaixonadas quanto equivocadas, na dinâmica da dicotomia desprovida de nuances atualmente chamada de polarização, que vem de longe e continua a privilegiar a exclusão como norma na tomada de decisões. A eleição de 2018 mostrou que há um enorme contingente a ser trabalhado entre os que votaram no candidato que lhes pareceu o menos deletério e os que não fizeram escolha alguma, ausentando-se, isentando-se (opção em branco) ou protestando mediante o voto nulo. O mundo político há que se virar para apresentar boas alternativas, mas o eleitorado há de se mexer muito mais ainda para adaptar seus critérios de avaliação a fim de não se deixar capturar pelos ilusionistas já bastante conhecidos.
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras
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