>> Sr. Redator

Cartas ao Sr. Redator devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome e endereço completo, fotocópia de identidade e telefone para contato. E-mail: sredat.df@dabr.com.br

Correio Braziliense
postado em 26/03/2021 21:18

Remédios

Estou atônito após ver um vídeo onde o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, ironicamente, determina que sua Secretaria de Saúde use a Cloroquina, remédio já repudiado pelo próprio prefeito e pelo governador fanfarrão do estado. O que fez o prefeito mudar de opinião tão rapidamente? Só o mais pessimista não aceita esse medicamento. Particularmente, tomo, a cada 25 dias, a ivermectina mesmo tendo três pontes de safena, três cirurgias na coluna, pedra de 3,4cm na bexiga, pedras na vesícula e cirurgia de hérnia de hiato. Não tive reação alguma. Os estados e municípios têm de aplicar todo medicamento que circula no país com fim de melhorar a saúde do povo. Mas muitos querem mesmo é fanfarrear com o dinheiro público e fazer politicagem, não aceitam a cloroquina. Bolsonaro tinha e tem razão. E agora, João Doria? E agora, Bruno Covas?
» José Monte Aragão,
Sobradinho


Anjos

Brasília não tem urubu. Tem anjos belíssimos, femininos, plácidos, tanto na Catedral quanto na Esplanada. Anjos têm essa conotação de candura e esplendor, intermediários que são entre o céu e a terra. Não obstante a suavidade, são também justiceiros: com a espada, um Arcanjo expulsou Adão e Eva do paraíso, venceu Lúcifer e se constituiu em defensor dos homens contra o dragão infernal. Já os urubus são os corvos brasileiros. Como eu ia dizendo, não os temos aqui. E os Anjos que Ceschiatti nos legou são impassíveis, não se metem em confusão. Aqui, a própria Justiça é sossegada, com a espada delicadamente pousada no colo. Isso me veio à cabeça ao fotografar, mais uma vez, os anjos da Catedral, enquanto tentava convencê-los a demonstrar seu espírito guerreiro, de defensores da capital empesteada. Negaram-se terminantemente, alegando que suas atribuições se resumiam em representar a divina beleza e inspirar brandos sentimentos. Mas que iriam conclamar uns auxiliares cavilosos para a tarefa. Ao sair do recinto, deparei com falanges de urubus descendo em voo rasante sobre a Esplanada. Parecia cena do filme Os Pássaros: centenas, milhares, de urubus ocupavam os gramados, crocitando entre si palavras de ordem: “Nunca mais, nunca mais”. As hordas dirigiam-se, decididas, aos ministérios e palácios, detectando a podridão dos lugares infectos. Os anjos, que eu queria exterminadores, haviam delegado poderes a seus infra-amigos, os urubus. Senti que a cidade estava salva e, consequentemente, o Brasil.
» Thelma B. Oliveira,
Asa Norte


Sinônimos

Negacionista, supremacista, terraplanista... O meu velho e surrado Aurélio já indicava a existência de tais mazelas, só não previra a evidência de cloroquinista. Este, nem no moderno e sarado Google.
» Eriston Cartaxo,
Setor Noroeste


Pandemia

Foi preciso chegar a mais de 3 mil mortes diárias e a mais de 300 mil óbitos desde o início da pandemia para que fosse criada uma comissão para agir em favor da vacina para o povo brasileiro. O governo se manteve inerte, debochado e subestimou os danos da “gripezinha”, o “resfriadinho”. Conseguiu que o Brasil se tornasse pária, um título considerado positivo pelo chanceler Ernesto Araújo, o mais antidiplomático da história do Itamaraty, um amador nas relações internacionais, cujas declarações fazem o país ruborizar de vergonha. Hoje, com atraso de dois anos, o Congresso quer defenestrá-lo do cargo, mas os estragos estão colocados, com o aval e a proteção do presidente, um homem despojado de qualquer polimento. Grande parte dessas mortes poderia ter sido evitada se houvesse governo no Brasil. Não há. O que temos é um grupo de inoperantes ocupantes de postos-chave que levaram o Brasil ao fundo do poço do caos, em todos os setores — saúde, educação, segurança, economia, sem políticas sociais —, que pautam decisões em medidas retrógradas, que descontroem os avanços conquistados após o sanguinário período da ditadura militar. A megarreunião de quarta-feira, convocada pelo presidente, com ministros, líderes do Congresso e governadores aliados, foi mais um fato jornalístico que, dificilmente, trará ao país as soluções exigidas para reparar os danos causados pela crise sanitária e suas sequelas. O encontro pareceu um amplo comício, ensaio para 2022, do que uma guinada em favor do povo brasileiro. Mudanças virão? É esperar para ver. Não creio.

» Benjamim Costa,
Sudoeste

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação