A pandemia significa para todos os países, sem exceção, novas regras de direito internacional público e privado, que começam com a situação da ONU, a OMS e o fato de que o vírus da covid-19 não conhece fronteiras.
As pesquisas científicas, os laboratórios, a indústria farmacêutica, a medicina, cruzam e romperam antigos parâmetros, exigindo do Brasil flexibilidade e ousadia para, inclusive, enfrentar à onda de descrédito que a mortalidade provocada em nosso território se criou quanto a urgência de reagir com rigor o desafio representado por desastre de ordem planetária.
Por cima das divergências ideológicas, políticas, construir um cenário em que vacinas, conquistas científicas, colaborações, possam cimentar um tecido de esperança, irrigado pelas nossas origens afro-indígenas, de imigração, de esforços que não podem e não devem se isolar empobrecendo os horizontes. Vamos alinhavar alguns fatos que merecem destaque para uma reflexão histórica e geográfica, sem preocupação histórica, ou seja, atemporal e extraterritorial.
Uma lembrança do desempenho do ministro Oswaldo Aranha que, presidindo a Assembleia Geral da ONU, inscreveu nosso país no rearranjo do Oriente Médio.
A breve presidência de Jânio Quadros que marcou nossa negritude para a África.
Movimentos traumáticos que nos atingiram em razão da Guerra Fria.
As questões polêmicas, e incendiarias da Amazônia, do meio ambiente.
A visita de caráter humanitário do presidente Michel Temer ao Líbano, que se seguiu à sua palestra em Oxford na Inglaterra, imprimindo um espírito pacifista, que por sinal, aqui reverbera na atual posição da senadora Katia Abreu, primeira mulher a presidir a importante comissão de Relações Exteriores do Senado Federal e da psicóloga Maria Paula, atual Embaixadora da Paz escarna a atual conjuntura de que a mulher e grupos minoritários se transformam em atores que emergem de maneira vitalícia a linguagem da espécie de esperanto capaz de dialogar com a demanda que vem vindo em suas diversidades desde cenas televisivas, agronegócio, política externa, que pelos corredores do intercâmbio com a “nuvem” e o psicodrama impressionam a imagem que precisa ser apresentada ao mundo qual seja uma das mais potentes economias do mundo, povo miscigenado, recursos naturais e potenciais extraordinários, tudo convidando uma política exterior soberana mas suficientemente madura para entender a importância de somar esta plataforma interna de conflitos, pobreza, mas também um espírito do tempo dinâmico, democrático e progressista.
É preciso correr contra o tempo e ocupar um papel de que nossa grandeza necessita.
*Flavio Goldberg, advogado e mestre em direito
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