Ministérios
Não dá para ter esperança com as mudanças em seis ministérios anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro. Analisando os nomes dos novos ministros, pode-se depreender que, com as trocas, o chefe do Planalto quer ter maior poder sobre os cargos. Também teve preocupação em agradar a dois dos seus filhos, Eduardo e Flávio Bolsonaro. O primeiro continuará a mandar no Ministério de Relações Exteriores. O segundo terá forte ascendência sobre o Ministério da Justiça. Fiquem atentos. A dança das cadeiras no governo pode resultar em tempos tenebrosos. A sensação que se tem é que de estão entrando vários Eduardos Pazuello no governo, aquele que disse “um manda, o outro obedece”.
» Saulo Santos,
Asa Sul
» Assim como pressionou o presidente Jair Bolsonaro a demitir o terrível Ernesto Araújo, tido como o pior ministro das Relações Exteriores do país, o Congresso não poderá descuidar em relação aos novos ministros anunciados pelo governo. Diante de qualquer sinal que possa soar como ameaça à democracia, deve agir com rapidez. A população, em sua maioria, não se deu conta dos riscos que está correndo, com a possível volta do autoritarismo. Fiquem alertas.
» Jorge Antunes,
Águas Claras
Estatais
Após indignar-se com aumentos de preços da Petrobras e de criticar a gestão da empresa, o presidente Jair Bolsonaro indicou o general Joaquim Silva e Luna como presidente da estatal, em substituição a Roberto Castello Branco. Anteriormente, Bolsonaro tinha se voltado para o Banco do Brasil, proibindo uma propaganda que julgou ofensiva aos valores do seu público conservador. O alvo da propaganda buscava atrair um público jovem e antenado com temas de diversidade. Em seguida, sugeriu que o BB cobrasse juros menores, causando frisson no mercado. Ao referir-se à propaganda, Bolsonaro não poderia ser mais claro na sua linha de raciocínio: “Quem indica e nomeia o presidente do Banco do Brasil? Sou eu? Não preciso falar mais nada, então”. Há tantos problemas nessa afirmação, que fica difícil até dizer por onde começar. Estatal é da sociedade, e não do governo que está no poder. Há estatais muito boas ao redor do mundo, cujos gestores seguem regramentos estáveis e são escolhidos por conselhos técnicos, com representantes do governo e de outros acionistas. Esse aparato serve justamente para que líderes autoritários não imponham a sua vontade. Agora, criou nova celeuma: trocou o presidente do Banco do Brasil. Ainda mais intrigante é que Bolsonaro e seu grupo não percebem que esse tipo de interferência não é nada diferente do que foi feito nos governos do PT. Definitivamente, o Brasil não possui maturidade institucional para ter corporações de controle público. À direita ou à esquerda, é assustadora a incapacidade dos governos em garantir competitividade e autonomia técnica à sua gestão.
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras
Justiça
A pandemia da covid-19, que deixou o mundo de pernas para o ar e que, no Brasil, dada a má gestão da crise, tornou-se uma hecatombe, parece ter dado uma trégua ao Congresso no que se refere à “emenda constitucional da prisão após a condenação em segunda instância”. Na decisão do STF, que colocou na rua bandidos que saquearam os cofres públicos da nação após terem sido condenados em segunda instância por colegiados da Justiça, quando do incoerente voto de minerva do então presidente Toffoli, este sugeriu que o Congresso corrigisse essa terrível distorção. Agora, é saber o quanto e a quantos políticos essa emenda constitucional interessa e se tem condição de ser aprovada, visto que muitos deles estão envolvidos em maracutaias que, se forem devidamente comprovadas, os levariam de forma muito mais rápida aos presídios. Compete ao cidadão brasileiro se organizar, manter vigilância e exigir o que o clamor da maioria da população quer: um país mais justo e sem essa corrupção que denigre, envergonha, entristece e empobrece o país. Essa emenda constitucional viria lavar a alma daqueles que dão ou deram seu suor para se ter um Brasil mais sério, pujante, livre, de paz e respeitado por todos.
» Vilmar Oliva de Salles,
Taguatinga
BBB
Irônico, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes chamou as ações nada republicanas dos procuradores de Curitiba de “consórcio de procuradores”. No BBB21, formou-se o “consórcio de machistas”: Arthur, Caio, Fiuk e Rodolffo. Estão tirando onda. Entre um cigarro e outro e afagos no cabelo e na barba, o sorrateiro quarteto de cretinos tira o couro da Juliette. Imundos. Jogam baixo. Infames. Na presença dela, são lobos em pele de cordeiros. Por sua vez, a desagradável Sarah continua se achando. Com demoradas caras e bocas. É a brasiliense que, na casa, debochou da máscara e da pandemia. Sarah não larga do pé do Gil. Ela e os quatro desfibrados não admitem que o economista pernambucano continue gostando de Juliette. Os conspiradores não sossegaram enquanto não mandaram Juliette para o paredão. Sentirão do próprio veneno nas tripas. Juliette é racional e sensata. Sabe que só se atira pedras em árvores que dão bons frutos. Com ela voltando do paredão, eles passarão a cortejar e a bajular a advogada paraibana. Rastejando como víboras.
» Vicente Limongi Netto,
Lago Norte
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