Brasília, 61 anos
Em 1972, Hilkka, Aino, e eu viemos morar em Brasília. Vindos de São Paulo, desembarcamos na estação ferroviária do Guará. O silêncio da cidade-parque e o cerrado ressequido de julho me fizeram amar este Planalto. Em 1974, adquirimos uma área, no DF, degradada pelo fogo e pelo abandono, clamando por atenção e regeneração. Chamei-a Sítio das Neves! Quarenta e seis (46) anos de amor e respeito à dignidade das árvores retorcidas, das nascentes quase secas, das vidas exangues deram tempo para a ressurreição vegetal e animal. As árvores me deram o segredo: retenção da água das chuvas! A vida voltou a cantar, a florir, a brotar nas nascentes e correr pelos riachos. O cerrado voltou. Acompanhei o ritmo lento da regeneração do ecossistema. A natureza me regenerou. O Sítio das Neves está aberto a estudiosos, observadores, aos que amam as árvores, e as águas, de onde nascemos. Grito revolucionário do século 21: plantar árvores e proteger florestas. Um presente de aniversário para Brasília!
Eugênio Giovenardi, Asa Sul
Critérios e prioridades
O país todo passa pela mais grave epidemia de sua história e Brasília não fica impune a essa tragédia que consumiu mais de 370 mil vidas no país. Com a falta de vacinas suficientes, o GDF decidiu estabelecer critérios próprios de vacinação para atender algumas categorias profissionais que entendeu correrem mais riscos. Naturalmente, todos somos a favor da prioridade a ser dada aos médicos, enfermeiros e pessoal de apoio na linha de frente no combate a covid-19 em hospitais, UPAs e clínicas. O que parece estranho é quando as forças policiais aparecem na lista de prioridades para vacinação, mais ainda quando estão incluídos servidores do Detran que não saem dos gabinetes da sede da estatal. Será que é justo retardar a vacinação de idosos com mais de 60 anos para atender a policiais militares, civis e agentes do Detran? Foi feita uma pesquisa científica para o GDF decidir isso? A mortandade entre idosos em Brasília é maior ou menor do que os integrantes de Segurança?
Sérgio Pereira, Lago Sul
Falta de vacina
Faltou agilidade para o governo federal e para o GDF procurarem vacinas no mundo no ano passado. As dificuldades de abastecimento estavam previstas. A contaminação mundial jamais vista na história da humanidade aconselhava isso no menor prazo possível. E o que fizeram o presidente Bolsonaro e o governador Ibaneis? Apostaram nas vacinas envasadas no Instituto Butantan e na Fiocruz e erraram. No Brasil e em Brasília, a vacinação está lenta, faltam vacinas para todos e não existem mais alternativas no mercado mundial de fornecimento de curto prazo.
Carlos Osório,
Asa Sul
Absurdo brasiliense
É incrível ver nos noticiários que em todo o final de semana a fiscalização do GDF atua no sentido de interromper festas e aglomerações indevidas. A morte diária de quase uma centena de pessoas no Distrito Federal não sensibiliza a população, especialmente os jovens. O preço a pagar é muito grande. Um sobrinho de um amigo tem um filho de 16 anos entubado numa UTI lutando pela sobrevivência. Há cerca de um mês, ele foi a uma festa com amigos e contraiu a covid-19. Nem a juventude dele e nem o bom estado de saúde impediram que o coronavírus tomasse conta de seus pulmões. Serve de alerta aos jovens, que se pensam invulneráveis.
José Alberto, Asa Norte
Árvores que
podem matar
Mais uma vez escrevo para essa seção do jornal para pedir que a CEB e a Novacap tomem medidas para cortar as árvores da pista interna do Lago Norte entre as QI/QL 11 e QI/QL 13, entre o Coq e a Igreja da QL 13. São árvores imensas, altas, que há anos estão se enroscando com os fios da CEB e ameaçam despencar em cima de carros e pessoas que diariamente circulam por ali. É uma ameaça concreta à vida de moradores que passam por lá diariamente. Percebi que a CEB e a Novacap fizeram uma poda de árvores na mesma pista interna na QL/QI 9. Por que ainda não fizeram isso na QL/QI 11 numa situação mais perigosa? É inexplicável a demora. Se não agirem e acontecer algo, os responsáveis serão a CEB e a Novacap que nada fizeram.
Antônio Carlos, Lago Norte
Cuba
Iniciei a leitura da reportagem O fim de uma era , com a esperança de ver finalmente a lindíssima ilha de Cuba ver-se livre dessa infame família que se apossou há mais de 70 anos, e que a destruiu completamente. Ledo engano. A parte final, com as declarações do jornalista independente Héctor Valdés Cocho, não nos animam a esperar mudanças, lamentavelmente. A matéria, aos meus olhos, poderia ter informado o número escandaloso de assassinatos cometidos pelos genocidas Castros, com certeza os mais sanguinários das Américas.
Joares Antônio Caovilla, Asa Norte
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