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Correio Braziliense
postado em 25/04/2021 21:27

Brasília, 61 anos

Em suas asas bonitas me imagino a voar
Vou pra norte, e vou pra sul
No mais lindo céu zal
De Brasília a me abraçar

Posso ir de avião
Ou um satélite escolher
Do Gama a São Sebastião
Ou Taguatinga vou ver

Passar por Santa Maria
E na Ceilândia ficar
Ou namorar na calmaria
Das águas do Paranoá

É bem difícil viver
Sem abraçar a família
Mais ainda é suportar
Ficar longe de Brasília!

Parabéns a gente canta
Para essa linda senhora
Que sempre nos encontra
Com a sua tão bela história
» Maria Carreiro,
Brasília


» Correio, parabéns pela bonita, histórica e instrutiva reportagem 60 anos do Elefante Branco! Com prazer e proveito, ali estudei na década de 1960. É motivo de muita emoção me recordar dele.
» Benedito Pereira da Costa,
Brasília


» Idealizada a partir de um sonho do sacerdote italiano Dom Bosco, a dita “Capital da Esperança” ganhou forma pelas mãos do urbanista Lucio Costa que, a partir de dois traços singelos, inspirado na cruz do mestre Jesus, rabiscou no papel a matriz da futura projeção, o Plano Piloto. Pouco mais tarde, em 1960, o sonhado projeto arquitetônico de Niemeyer foi finalmente inaugurado em 21 de abril, debaixo de chuva e sol com afinco levado a cabo pelos operários candangos, liderados por seu presidente eleito, o mineiro Juscelino Kubitschek. “Oxente, veio!, mas que lugarzin mais arretado!”, festejou um deles. “Ara, mas nessa poeirama e lamaçal a gente só desenvolve mesmo é aprumado nessas camelas”, retrucou outro. Foi assim que, resumidamente, os trabalhadores bandeirantes que, com braços fortes, ergueram do papel a monumental metrópole, começaram a se assentar naquele abençoado núcleo urbano, local aonde alguns até hoje moram. Porém, seja pras Gerais, seja pro Nordeste, outros, conclusas as obras, retornaram... Contudo, sempre que dá saudade de sua origem, do bolso sacam seus modestos aparelhos celulares e, digitando prefixo 61, travam demoradas e gostosas conversas com seus colegas do passado, hoje amigos “distantes, mas guardados do lado de dentro”; como já bem dizia o (poeta) imortal Leonardo da Vinci; atuais cidadãos pioneiros da consolidada capital da República — prevista desde a primeira Constituinte do Império em 1823, —a tão sonhada e desejada Brasília.
» Nélio Soares Machado,
Brasília


Ressocialização

Nossos aplausos à administradora do Plano Piloto, pela sua visão feminista no “slogan de campanha política”, que hoje constitui preocupação sua, como gestora da Cidade Parque, pelo que esta área representa para nossa capital de todos brasileiros. É um fato que os espaços públicos do Plano Piloto, pensados para livre circulação das pessoas, estão sendo transformados em áreas privadas pela ação de grilheiros urbanos nas frentes e laterais das casas geminadas e unifamiliares das 700 Sul e Norte, na medida em que, por paredes, tapumes, grades, são convertidas em garagens, depósitos, cozinhas, lavanderias, oficinas, salas, quartos, piscinas, canil etc... Tudo isso à luz do dia e sob a complacência dos órgãos públicos do GDF. Realmente, a falta de segurança no DF, especialmente nas quadras residenciais das 700 Sul e Norte, vem se agravando dia após dia, e os moradores sendo amedrontados quando se deslocam ao comércio, igreja, escola, farmácia, banco ou na própria vizinhança. A iluminação é precária nos becos, cada vez mais estreitos pelo avançar das grades laterais; as calçadas internas entre os blocos das casas necessitando de manutenção e reparos, a poda e corte de árvores deixando a desejar e o empilhamento de lixo e resto de construções espalhados ao longo das vias têm contribuído para a desvalorização, a insalubridade e o enfeiamento da cidade. A sensibilidade da administradora para com as “mulheres negras e indígenas” do Plano Piloto não pode deixar de lado o maior grupo de pessoas que habita essa área: idosos que aqui vivem, criaram seus filhos, trabalharam e se aposentaram. Não bastassem as pousadas clandestinas, escritórios, clínicas, brechós etc., fomos agraciados, no dia do aniversário de Brasília, com a instalação da ONG Tocar, que, em parceria com a Secretararia de Desenvolvimento Social (Sedes), contrariando as legislações urbanas e habitacionais da cidade-parque, tombada pela Unesco, na calada da noite, alugou e equipou uma casa residencial (HIGS 705, Bloco I, Casa 29) com o objetivo de abrigar e ressocializar até 50 pessoas vulneráveis dependentes químicos, moradores de rua e presidiários em liberdade condicional. Tal atitude vem causando espanto, medo e pânico em nós, moradores e proprietários da 705 Sul, e em todos os segmentos organizados. Urge, pois, a intervenção da Administração do Plano Piloto e demais órgãos fiscalizadores do GDF, no sentido de devolver a nós, moradores da 705 Sul, o direito universal de ir e vir, bem com a convivência saudável, a segurança e o respeito aos nossos cabelos brancos. Com a palavra, a Sra. primeira-dama e secretária da Sedes.
» Amilton Figueiredo,
Asa Sul

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