Sr. Redator

Cartas ao Sr. Redator devem ter no máximo 10 linhas e incluir nome e endereço completo, fotocópia de identidade e telefone para contato. E-mail: sredat.df@dabr.com.br

Correio Braziliense
postado em 08/05/2021 23:32

País dividido

O país está dividido e radicalizado como nunca esteve. O ódio e a agressividade estão a toda. Em tempos de como este, nos damos conta como Tancredo Neves faz falta. Democrata liberal, experiente e respeitado por todos, inclusive militares, era um conciliador nato. Ouvia todas as partes e, com respeito e diálogo, contornava as crises mais sérias, evitando seu agravamento. Já em 1953, assumiu o Ministério da Justiça de Getúlio Vargas, com a missão de evitar golpe militar pregado pela UDN e viabilizar a candidatura de Juscelino Kubistchek a presidente, em 1955. Não houve o golpe, apesar da morte de Getúlio em 1954, e JK foi eleito, dando ao país modernização e desenvolvimento como nunca houve antes. Em 1961, com a renúncia de Jânio, em 25/08, militares vetaram a posse do vice Goulart. Tancredo articulou mudar para o parlamentarismo, reduzindo poder do presidente, e acalmou militares. João Goulart foi empossado em 7/9/1961 e Tancredo virou primeiro-ministro. O golpe de 1964 trouxe generais na presidência, eleições indiretas para governador e prefeito de capital, extinção dos partidos e cassação de mandatos. Tancredo, respeitado, foi poupado e optou pelo MDB, para o país ter oposição. Com o desgaste do regime militar e a abertura política, seu nome foi consensual e venceu Maluf na votação do Congresso, em 1985. Morreu antes da posse, mas garantiu a democracia. Hoje, é preciso um novo Tancredo, honesto, respeitado e de diálogo, para pacificar o país e nos livrar do impasse em que vivemos. Desse conflito insano de correntes populistas e autoritárias, de direita e de esquerda, que só ao visam o poder. Temos de olhar para frente, focar o futuro. O Brasil é maior que esse radicalismo que mira o passado, enquanto os problemas do país se agravam.

» Ricardo Pires,
Asa Sul

» Quero me solidarizar integralmente com os leitores Amilton Figuiredo (Sr. Redator de 1/5) e Sr. Marcus A. Minervino (Sr. Redator de 08/05), concordando integralmente com essas duas opiniões. Confesso que se aproxima a data de renovação da minha assinatura com esse jornal, mas estou muito inclinado a não fazê-la. Infelizmante, V.Sas. adotaram a mesma narrativa que hoje exibe a maioria da mídia impressa deste país, que se voltou para a crítica sistemática das ações do governo federal, omitindo, com frequência, informações de tantas coisas importantes que ele tem feito em prol da nação. Poderia me estender aqui citando inúmeros casos e situações, mas prefiro me ater aos fatos observados nesta semana que se encerra. A capa do jornal de domingo (2/5) traz uma chamada insignificante sobre as manifestações do dia 1º de maio, enquanto destaca, entre outros, o fato do ressurgimentodo do estilo “corset”, no momento em que a grande maioria da população não tem nem sequer dinheiro para comer, quanto mais de se interessar por futilidades. Já a publicação deste sábbado (8/5), só para exemplificar, não trouxe nenhuma linha sobre a ponte rodoviária sobre o rio Madeira entre Acre e Rondônia, inaugurada no dia de ontem, e que, segundo as opiniões de inúmeros cidadãos acreanos, agora, o Acre está efetivamente ligado ao Brasil. Como bem disse o Sr. Amilton Figueiredo: “Senhores diretores e redatores, ainda há tempo...” E eu acrescento, procurem trazer ao seu público leitor matérias que mostrem as verdades dos fatos ao invés de se associarem à narrativa da esquerda de quanto pior melhor.
» Waldir Lorival Amato Costa,
Asa Norte

» Critiquei, em carta anterior, a mudança ética do Correio Braziliense, não a sua orientação política. Referi-me à confiabilidade das notícias, que deve ser ponto de honra de qualquer jornal. Em reação, uma leitora me invectivou de indivíduo ultrapassado, que compactua com regimes de exceção, como a tortura, com as mordaças dos ditadores aos veículos de comunicação e de míope em elevado grau. Isso revela a posturaantidemocrática e radical de quem é intolerante com opinião diferente e precisa partir para a ofensa. Considero que a liberdade de imprensa é essencial, mas não incluo nela o direito de distorcer os fatos noticiados. Não compactuo com regimes de exceção, que censuram a imprensa, como foi feito com a revista Crusoé. Defendo a democracia, que vem sendo suprimida pelo Congresso e pelo STF com prisões sem acusação, restrições ao direito de opinião e proibição de culto religioso. Não vi o presidente limitar nenhum veículo de comunicação, mas ouvi o Sr. Lula da Silva dizer que, se eleito, vai regular a imprensa. Quanto à visão política, não sou míope, porque vivenciei ditaduras de direita e de esquerda, mas conheço pessoas estrábicas com os olhos desviados para a esquerda.

» Roberto Doglia Azambuja,
Asa Sul

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação