Sr. Redator

Correio Braziliense
postado em 12/05/2021 22:38

Compra de votos

É estarrecedora, preocupante e vergonhosa a matéria que está sendo veiculada nos jornais e blogs a respeito de compra de votos no Congresso Nacional para apoiar o presidente Bolsonaro. Acredito que sempre houve este expediente triste e melancólico, e este ainda é mais escorchante, pois fala-se em 259% de superfaturamento em emendas parlamentares no valor de R$3 bilhões na aquisição de tratores. O Brasil está vivendo uma crise sem precedentes em todos os sentidos, principalmente financeira, podendo acarretar na falta de recursos aos atendimentos dos infectados pelo coronavírus no SUS. Já deve ser do conhecimento dos ministros do TCU e sendo procedente é preciso criar uma Força Tarefa para apurar e punir os envolvidos com a devolução dos recursos diretamente aos cofres públicos do Ministério da Saúde.
» Hortêncio Pereira de Brito Sobrinho,
Goiânia (GO)


Desarmonia

A discussão sobre quando um Poder invade as competências do outro, dos três que compõem a República, a polêmica vem à tona. Ambas as instâncias altas do Executivo e do Judiciário têm pisado em falso ao extrapolar suas prerrogativas e provocar-se mutuamente, como se o descompromisso de um justificasse o desrespeito do outro. O presidente Bolsonaro atua com mais constância e estridência nas agressões à legalidade, à civilidade, à diversidade e ao contraditório, que trata como se fosse direito exclusivo dele. O Supremo Tribunal Federal (STF) age na figura de alguns de seus integrantes com investigações claramente arbitrárias, decisões em causa própria e declarações agressivas, como as do ministro Gilmar Mendes em relação a procuradores da Lava-Jato, a quem chama de delinquentes. No Ministério Público também há exorbitâncias, como a ideia de investigar ministros do STF, ao arrepio do que diz a lei. Todos os atropelos ao preceito de independência e harmonia entre os poderes são graves, indicam descontrole institucional. Em especial, contudo, no caso do Supremo, dada a sua condição de guardião da Constituição e última instância de decisões as quais cabe a coletividade cumprir, não obstante na prática possam ser objeto de discussão. E até alvo de questionamento social. Nisso se enquadra o chamado inquérito das notícias falsas. Instaurado por iniciativa do ex-presidente Dias Toffoli sem que houvesse provocação externa como de praxe. O inquérito alegadamente seria para apurar ameaças contra ministros da Corte, mas nele coube de tudo: da censura a veículos de comunicação à suspensão de investigação de 133 pessoas na Receita Federal e ao afastamento de dois auditores. Além dos desvios formais, restou a evidência de que o inquérito atenderia a interesses pessoais de ministros. Em suma, a sociedade se depara com a total desarmonia e dissonância entre os Poderes da República.
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras


Dr. Juscelino

No pé da coluna Visto, lido e ouvido (10/5), a jornalista fez menção ao “dr. Juscelino” (quantas saudades!), e isso me trouxe à baila um diálogo pra lá de divertido que eu tive a sorte de presenciar, entre dois funcionários públicos, nos tempos em que ele havia assumido o governo. O primeiro disse assim: “Eu sabia que o presidente tinha passado pela Polícia Militar em Minas, mas ignorava que ele fosse médico”. O outro “esclareceu”: “Médico, sim, da corporação, e proctologista. E foi daí que surgiu a expressão “canais competentes”! “Pano rápido”, como dizia Millor!
» Lauro A. C. Pinheiro,
Asa Sul

Desafinados

Leitor indignado com as opiniões de outros leitores ‘radicais’. Não basta ler as cartinhas fofas, tem que ler o inteiro teor do CB e demais órgãos da imprensa. Não se trata de mera guerrilha, os fatos gritam mais alto. A saber: CPI e o escândalo da cloroquina; o escândalo do ‘orçamento secreto’, vulgo tratoraço; a vergonha internacional em que se tornou o Brasil no chamado concerto das nações. A podridão institucional jamais vista no país (mencionado por outro leitor). Estamos desafinados, desnorteados, desgovernados. Só não vê quem não quer.
» Lourdes F. Santos,
Goiânia (G))


Alto risco

Homem suspeito de matar recentemente a marretadas a auxiliar de limpeza dentro do metrô de São Paulo, disse que toma remédios psiquiátricos e ouve vozes. Esteve 18 anos internado em manicômio judiciário por ter praticado crimes graves, inclusive homicídio. Sua liberação do hospício, há cerca de três anos, ao convívio social, se deu porque não oferecia mais riscos às pessoas. Onde fica a Justiça nessa história toda? Vidas de inocentes importam, e muitíssimo.
» Marcelo de Lima Araújo,
Rio de Janeiro (RJ)

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