Verdade
Nunca se ouviu tanto as palavras pandemia e vacina associadas a desvirtuamento, falta de respeito, ameaças ao presidente. O que está em jogo não é a honradez de figuras públicas, muito pelo contrário. O objetivo da CPI é esclarecer o porquê de tantas falhas, de tanta omissão, de tanto descaso perante a pandemia com seus doentes e mortos. Um leitor diz que é como se a pandemia tivesse sido criada pelo governo. Claro que não. O que se está discutindo é como, onde ou o porquê quem deveria ter cuidado contra o avanço da maldita doença não o fez. Houve até a comparação entre o atual parlamento e um fato remoto de morte em plenário “nos idos de 1960”’. Nada a ver uma coisa com outras. Nós, o povo, somos os maiores interessados em que tudo se esclareça. Havia vacina, mas faltou empenho. Faltou oxigênio. Faltou vergonha na cara ao apostar em tratamento fajuto. Faltou muita coisa que ainda deverá vir à tona. O povo espera que se cumpra toda a investigação, mesmo após o morticínio. Que se esclareça o conluio de servidores incompetentes, que aceitaram a missão, mesmo sem o devido preparo e o necessário cuidado. Estavam achando que era só passar o pano do esquecimento? Não se pode esquecer, não se pode atenuar, não se pode fazer de conta. Não é simples troca de ofensas. A verdade deve prevalecer, mesmo tardiamente. Por mais dolorosa e escabrosa que seja. Como se sabe, antes tarde do que nunca.
» Thelma B. Oliveira,
Asa Norte
Manifestações
Chamamento de uma população às ruas por seu maior mandatário pode não ser uma boa. Tivemos o triste exemplo da Invasão do Capitólio, após o fatídico discurso do então presidente dos Estados Unidos, em janeiro do corrente ano, em frente à Casa Branca. Naquela oportunidade, Trump incitou ao limite a multidão que, sob sua convocação, ali compareceu, a marchar em direção ao Congresso, com o objetivo de pressionar os congressistas para alterar o resultado das eleições que, naquela data e naquele momento estava sendo, por eles, referendada. Resultado? Uma tragédia com mortos e feridos. Um desfecho de cenas absurdas que chocaram o mundo e que deve ter prejudicado, seriamente, a imagem dessa grande nação perante a comunidade internacional. E lá é uma democracia perene, consolidada há séculos. Aqui, em nosso país, assunto de tal natureza, parece ser até mais complexo. Tais convocações às ruas, para aferições de forças, nas quais se afrontam instituições públicas e coloca em risco a nossa ainda incipiente democracia, me parece também não ser uma boa. Acender um fósforo próximo a barris de pólvora é um risco iminente. O clima atual é de grupos afetados e inflamados, pela incrível radicalização, jamais vista neste país. Radicalização essa, com certeza, em decorrência dos disparates perpetuados por nossas lideranças ao longo das últimas décadas. O povo parece estar seriamente afetado pelas incríveis disputas dos mesmos de sempre, que para alcance e manutenção no poder usam de todas estratégias, artifícios, meios e condições, doa a quem doer. Encontra-se desiludido pela traição de muitos de seus representantes, que eleitos para os cargos públicos, cuidam somente dos seus próprios interesses. Está desalentado pelos assaltos aos cofres da nação da forma desvairada, por muitos desses bandidos perdulários. Além de tudo isso, o desgosto de sequer poder contar com a nossa Suprema Corte que tem, sistematicamente, liberado esses corruptos para tumultuar, para se locupletarem com os recursos roubados e, ainda, terem a possibilidade de se candidatar aos cargos eletivos da cúpula do poder e a novas incursões aos erários. Aliás, é o que tem sido, ultimamente, praxe neste país.
» VIlmar Oliva de Salles,
Taguatinga
Qual o critério ?
A Secretaria de Saúde adotou um critério peculiar para vacinar pessoas do grupo de risco portadoras de transtorno mental. Com baixa imunidade em função dos remédios que consomem, eles têm que apresentar a comprovação de que são beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada) para poderem ser vacinados. Ocorre que alguns deles, por sua condição social e para onerar o Estado, não se inscreveram no BPC e, por essa razão, não estão sendo vacinados. É um absurdo que o GDF deve mudar imediatamente, porque essas pessoas estão em risco de se contaminar e perder a vida.
» Paulo Thiago,
Lago Norte
Invasões de volta
De nada adiantou o GDF retirar os barracos das invasões da região do lado do depósito do Detran, na Asa Norte. Dias depois da operação da Secretaria de Serviço Social, os invasores voltaram a ocupar os mesmos espaço. Ali virou terra sem lei e sem ordem.
» Maria do Socorro Rêgo,
Noroeste
Não resolve
A privatização da CEB não resolveu os graves problemas da empresa. No Park Way, na semana passada, nós ficamos mais de12 horas sem luz! É inacreditável que isso ainda ocorra na capital do país em pleno século 21. Não adiantou privatizar a CEB. Ela continua sendo uma empresa que não se preocupa em prestar um bom serviço para a população.
» Jair Soares,
Park Way
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