Comando feminino
Notícia pouco divulgada, auspiciosa, desafiante e tocante: pela primeira vez, em 143 anos, uma mulher vai comandar a redação do famoso Washington Post. Trata-se de Sally Buzbee, atualmente, vice-presidente da agência Associated Press. A partir de junho, Sally assumirá o comando de quase mil pessoas. Nessa linha, observo e saliento que a jornalista Ana Dubeux, que não conheço de vista nem de chapéu, diria Machado de Assis, exerce a diretoria de redação do Correio Braziliense com dedicação, isenção e competência. Os textos de Dubeux são incisivos. Costuma fazer um apanhado de fatos relevantes da semana. Notícias que estimulam a fé e a confiança no ser humano. Ana também não escamoteia acontecimentos que brutalizam a sociedade. Geralmente atrelados na covardia, na hipocrisia e na torpeza do patrulhamento sórdido e atrasado. No Correio do dia 16, Dubeux foi certeira com o desapontamento e a chatice dos rancorosos que vivem no mundo da lua e não admitem que o jornal edite verdades que doem. Mudem de jornal ou sejam donos de um. Patéticos e medonhos. De acordo com Dubeux, “o fato é: o Brasil não levou a sério a pandemia. Negligenciou os cuidados, recusou vacinas, debochou dos alertas científicos, sapateou em cima das estatísticas de morte. Só a verdade resgata a paz”. Nesse sentido, a leitora Thelma B. Oliveira também argumenta firme e forte. É cáustica e certeira (16/5): “O povo espera que se cumpra toda a investigação, mesmo após o morticínio. Não é simples troca de ofensas. Faltou vergonha na cara ao apostar em tratamento fajuto. A verdade deve prevalecer, mesmo tardiamente. Por mais dolorosa e escabrosa que seja”.
» Vicente Limongi Netto,
Lago Norte
Crianças
Lendo a carta desta coluna, de Rubi Rodrigues (14/05), intitulada Famílias e crianças, inspirei-me num poema que coloco a seguir, com o título Canção de amor. “A brisa que toca minha alma/ Vem da natureza e não se dissipa/ Enaltece minha existência/ E por conseguinte me acalma/ Minha vontade como que me inspira/ O que será feito com vontade de Deus/ Sinto assim meu afago surgir/ O que faço com as famílias”.
» Enedino Corrêa da Silva,
Asa Sul
Meio ambiente
A política contra o meio ambiente virou caso de polícia. Desde janeiro de 2019, muito antes anunciado, o governo bolsonarista se opõe à defesa do patrimônio natural do país. O antiministro Ricardo Salles cumpre com rigor o desmonte de toda a estrutura de Estado, até então, voltada à proteção do meio ambiente. Hoje, o poder público age para favorecer as ações predatórias de garimpeiros, madeireiros, grileiros e outros atores que subtraem as riquezas naturais do país. Há poucas semanas, engessou os fiscais, criando uma burocracia que favorece os desmatadores. Não surpreende a operação da Polícia Federal, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, que coloca o antiministro sob suspeita de facilitar a exportação de madeira ilegal para os Estados Unidos e a Europa. É caso que deve ser profundamente apurado, para evitar que a boiada passe, com prejuízos inimagináveis ao meio ambiente e ao país.
» Wilson Cosme,
Asa Sul
Lula
É vergonhoso para o Brasil ter um ex-presidente portando uma “tornozeleira moral”. Portanto, nenhum brasileiro de bom senso deverá se orgulhar de uma situação vexatória como essa. Um amigo que ainda acompanha o ex-presidente Lula em algumas de suas furtivas andanças na calada da noite, envergonhado confessou, em “off”, que o jingle mais ouvido pelo país é: “Lula ladrão, seu lugar é na prisão”. Nesses tempos tão difíceis, em que temos perdido tantos insignes brasileiros para a pandemia e o câncer, o povo que viu o país quebrar e se endividar em 16 anos de roubalheira do governo Lula-Dilma-Temer não guarda rancor desse trio e espera que o ex-presidente Lula, após devolver o que saqueou e cumprir os anos de condenação que ainda lhe restam, possa um dia, senão de forma honrosa, pelo menos respeitosa, repousar em paz.
» Elias Honorio Da Silva,
Águas Claras
Voto eletrônico
Acompanho a política desde garoto lá em Acari, Região do Seridó do Rio Grande do Norte. Escutei muito meu pai falar das travessuras dos coronéis, classe dos poderosos fazendeiros ou industriais detentores de grandes riquezas se candidatando e/ou apoiando um compadre para prefeito, a candidatura de preferência de mais status e dinheiro fácil. Começava a comprar dos seus empregados, meeiros, moradores, todos compadres, com favores ou dinheiro com a metade da cédula e, na vitória, a outra metade. Caso houvesse impugnação, não dava em nada, como dão em nada as CPIs tão questionadas no Congresso Nacional. A urna eletrônica consolidou-se a partir de 1994 na presidência do ex-ministro do TSE Sepúlveda Pertence, o mito e seus meninos foram beneficiados nos Três Poderes e, agora, vendo a distância aumentando para o segundo mandato, questionam a lisura das urnas e sua criação. Ninguém merece tanto ódio e negacionismo.
» Hortencio Pereira de Brito Sobrinho,
Goiânia (GO)
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