Casa de Papel
A criança é ensinada pelos pais a não mentir, sob pena de castigos. Juramentos exigem que se diga a verdade e nada mais que a verdade. O ex-presidente Nixon foi acusado de obstrução à Justiça, abuso de poder e desacato ao Congresso. As mentiras do líder republicano ficaram insustentáveis e ele foi obrigado a renunciar, em 1974, na esteira do caso Watergate. Se é feio mentir quando criança, que dirá em homens-feitos. E mais ainda sob juramento. Mesmo com o novo nome de “decaimento da verdade” — quando uma sociedade deixa de ligar para a verdade e para o consenso a respeito de um conjunto básico de fatos. Os senhores senadores poderiam ter seguido o exemplo da esperta delegada da série Casa de Papel: usar um detector de mentiras, que é infalível. Seria querer demais, agora que mentir virou tendência e até ‘novo normal’?
» Thelma B. Oliveira,
Asa Norte
O mito
Decididamente, Bolsonaro é o fim da picada. Prossegue desfiando o desalinhado, patético, mesquinho e irresponsável rosário de insultos, ódios e destemperos antidemocráticos e vulgares. Diariamente, o mito de meia pataca se supera em declarações infames. Mostra que não tem postura nem compostura para exercer a chefia da nação. O desespero corrói a alma, o coração e os neurônios do presidente. Nessa linha, agora mira seu inacreditável arsenal de ameaças, torpezas, canalhices e indignidades ao modelo econômico vitorioso, Zona Franca de Manaus (Correio, 22/5). Dirigindo-se com ironias e insinuando ameaças à Zona Franca, aos senadores do Amazonas, Omar Aziz e Eduardo Braga, presidente e membro titular da CPI da Pandemia. Tentando intimidar e esmorecer o trabalho isento e vigilante dos dois parlamentares.
» Vicente Limongi Netto,
Lago Norte
Dificuldade
Como entender que, de acordo com a mídia, um ex-presidente, aquele que se julga o mais honesto do Brasil, até mais honesto que o papa, possa estar liderando a corrida ao Planalto em 2022? Um indivíduo com um histórico desse perante a Justiça, andando por aí, livre e solto, tumultuando, confundindo, só seria mesmo possível, com o bendito apoio da nossa Suprema Corte. E quanto a esses índices que indicam o maciço apoio da população? Será que não tem coelho escondido nesse mato? Decepcionante é constatar o tipo dos “líderes” políticos que se apresentam, e que tramam serem os atores-mor desse novo enredo. Eh! Brasil. Assim fica muito difícil.
» Vilmar Oliva de Salles,
Taguatinga
Salários
Conforme noticiado na coluna Eixo Capital (22/5), o salário de um professor substituto do curso de farmácia da Faculdade de Ceilândia é de R$ 2.795,40, equivalente a dois salários mínimos e meio. O candidato precisa ter graduação em farmácia e mestrado em ciências farmacêuticas. Por outro lado, um candidato a procurador federal de segunda categoria necessita apenas ser bacharel em direito, estar regularmente inscrito como advogado na OAB e contar com dois anos de prática forense e a remuneração inicial da carreira é de R$ 27.303,70. Isso é um tremendo absurdo que precisa ser corrigido pela reforma administrativa que está tramitando no Congresso Nacional. Essa reforma precisa tratar da enorme discrepância salarial entre os três Poderes, introduzindo a figura de uma Comissão Nacional de Salários para acabar com a orgia criada com a independência financeira dos Poderes, que é a causa da inversão de valores existente no país. Na parte superior da escala, deveriam estar aqueles que formam vidas, como os professores, e aqueles que salvam vidas, como médicos, enfermeiros, bombeiros e policiais.
» Marcus A. Minervino,
Lago Sul
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