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Correio Braziliense
postado em 24/05/2021 21:14

Absurdos

A edição do Correio, desta segunda-feira, foi um show, a começar pela emocionante manchete: “Pazuello pode ir para a reserva depois de ato”. Eu fiquei arrepiado com essa importantíssima notícia, mesmo desconfiando que se tratava apenas do reflexo da insignificância atual da nossa política tupiniquim, nesses tempos dolorosos de trevas, terror e obscurantismo. Logo depois, na Opinião do leitor, um colaborador se referiu ao negacionista Osmar Terra, me fazendo lembrar que esse senhor é conhecido, nos bastidores, com o merecido e adequado apelido de “Osmar Terra Plana”. E, como se não bastasse, a informação de que um tenente médico da Marinha (esses dedicados militares são a salvação do sofrido povo brasileiro!) foi o autor da minuta do decreto que modificava a bula da cloroquina, permitindo que ela fosse empregada no “tratamento precoce” da covid-19, como desejava, incansavelmente, o nosso preparadíssimo presidente.
(Mesmo que houvesse divergências de opiniões, a respeito, a honestidade dele prevaleceu, acima de tudo!). Enfim, viva o Brasil, na gloriosa frente do mundo, no combate a essa insidiosa pandemia, que, mesmo com o empenho e o denodo inexcedíveis de S. Exª, já ceifou as vidas de quase meio milhão de cidadãos!
» Lauro A. C. Pinheiro,
Asa Sul


Renan

Lamentável, muito triste mesmo, ver o Correio Braziliense dar duas das suas mais valiosas páginas para alguém como o senador Renan Calheiros. Oh tempora, oh mores.
» Joares Antônio Caovilla,
Asa Norte

 

Democracia

O Correio de 24/5 publicou matérias com dois líderes do MDB. Expoentes da política. Forjados em lutas democráticas e voltados ao bem comum. Renan Calheiros, relator da CPI da Pandemia, e José Sarney. O político maranhense e acadêmico, como presidente da República, teve a missão histórica de conduzir o Brasil a normalidade democrática. Na entrevista, Sarney exorta o respeito à ciência e a necessidade de maior empenho e solidariedade por mais vacinas. “Temos que bater em duas teclas, ajuda à sobrevivência, superação da fome e do desemprego e emprego, emprego, emprego”. O senador Renan Calheiros, por sua vez, salienta a vitalidade política e eleitoral do MDB. Acentua seu espírito democrático e fortes convicções pelas liberdades, voltadas para o engrandecimento da convivência humana. Calheiros enfatiza que “não serei relator das minhas convicções, mas das provas reunidas durante a investigação. Terei coragem para inocentar os que merecem e dignidade para denunciar eventuais responsáveis”. Prossegue: “Minha isenção e imparcialidade são premissas inarredáveis, inegociáveis. No futuro, minha condição de relator jamais será objeto de arguições de suspeição”. Ex-ministro da Justiça do governo Fernando Henrique Cardoso, Renan finaliza exemplarmente: “Não contem comigo para vinditas ou perseguições”.
Vicente Limongi Netto,
Lago Norte

FHC x Lula

Nunca uma foto de dois ex-presidentes num encontro civilizado causou tanta comoção e perplexidade. O fato de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva se encontrarem para discutir a democracia e a crise da pandemia não deveria provocar tamanha celeuma, não fosse a profunda deterioração da política brasileira e o deserto de opções eleitorais do centro. Ao aceitar se reunir com Lula, de quem já foi próximo, no fim dos anos 1970 e início dos 80, FH não está, como dizem tucanos desesperados, jogando a toalha quanto à possibilidade de o PSDB ter um candidato. E, aliás, não depende de alguém prestes a completar 90 anos e, sabidamente fora do dia a dia da vida partidária, construir essa candidatura. FH também não está dando a Lula um atestado de inocência em relação às acusações da Lava-Jato, que voltaram, no caso dele, ao estágio inicial depois de decisão do STF, como lamentam alguns correligionários, que chegaram a apontar “síndrome de Estocolmo” do ex-presidente, por aceitar posar ao lado de alguém que sempre atacou seu legado no governo. As pesquisas mostram um cenário de terra arrasada da centro-direita à centro-esquerda. A deterioração da política foi de tal ordem, agravada pela pandemia e pela crise econômica do país, que as pessoas não vislumbram qualquer alternativa a Bolsonaro ou Lula. Falta mais de um ano para as eleições, é possível que grupos menores dentro dessa vasta gama de nomes se acertem e diminuam a pulverização de opções para o eleitor. E, assim, com nitidez de alianças e propostas, pode-se construir um nome para fazer frente a um segundo turno entre Bolsonaro e Lula.

» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras


Passeio de moto

No debochado motomício domingueiro no Rio de Janeiro, enquanto milhares de pessoas no Brasil sofriam as dores do vírus, o alegrinho Pazuello, colado ao presidente da morte, infringia o regulamento disciplinar do Exército brasieliro.
» Joaquim Antunes de Carvalho,
Asa Norte

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