Fosse o Brasil um país realmente comprometido com a segurança e o bem-estar de meninos e meninas, covardes como o sádico que massacrou Henry Borel, 4 anos, jamais ganhariam as ruas novamente. Além da atrocidade com o garotinho, o miserável revelou-se um torturador em série de crianças.
Na terça-feira, o homicida foi indiciado por torturar, em 2016, um menino de 3 anos, filho de uma mulher com quem namorou. Ouvido agora pela polícia, o garoto relatou ter sofrido pisões na barriga e sufocamentos com saco na cabeça. Em um desses episódios de violência, foi obrigado pelo canalha a entrar no carro e, com medo, vomitou no veículo. Em seguida, de tanto pavor, pulou do carro e quebrou o fêmur! Além da fratura, os médicos constataram hematomas no rosto e assadura no bumbum, devido às agressões. Como no caso de Henry, a mãe desse menino também protegeu o canalha, alegando acidente.
O criminoso ainda responde a processo por torturar outra criança, entre 2011 e 2012. De novo, filha de uma mulher com quem teve um relacionamento. Na época, a menina tinha de 3 a 5 anos. Hoje, com 13, contou que o covarde batia a cabeça dela contra a parede do box do banheiro e uma vez pisou sobre seu corpo no fundo de uma piscina para impedir que subisse para respirar. Assim como Henry e o outro garotinho, ela tinha episódios de pânico quando via o desgraçado, chorava e vomitava.
É inadmissível que o Brasil aceite passivamente tamanho sofrimento imposto a inocentes vulneráveis. Ao manter a legislação frouxa que temos, o país permite que seres abjetos continuem a agir. Ou alguém acredita mesmo que um infame como o que matou Henry vai parar depois de alguns poucos anos de cadeia? Um contumaz torturador de crianças vai se corrigir com a prisão? Ele tinha de apodrecer atrás das grades. Só assim não machucaria mais nenhum indefeso.
Cuidar da segurança de meninos e meninas é dar ouvido aos relatos que fazem, é denunciar os abusos. Cuidar da segurança de meninos e meninas é punir severamente, de fato, os seres asquerosos que os machucam e matam. É urgente uma mudança na legislação para prever prisão perpétua a essa corja vil e covarde.
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