>> Sr. Redator

Cartas ao Sr. Redator devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome e endereço completo, fotocópia de identidade e telefone para contato. E-mail: sredat.df@dabr.com.br

Correio Braziliense
postado em 03/06/2021 21:09

Copa América

O Brasil está na iminência de uma terceira onda. Quando começar a Copa América deveremos estar com cerca de 500 mil mortos. É um desrespeito completo marcar um evento esportivo desse tamanho no Brasil agora, neste momento. O Japão está com dificuldade de confirmar as Olimpíadas em julho, e nós, agora, vamos fazer um evento dessa magnitude no Brasil. É mais uma tentativa de fingir que está tudo bem entre nós. Foi uma decisão claramente política, que a CBF ajudou a montar. Um populismo irresponsável, quase suicida. Não há nenhum sentido. O Brasil é, atualmente, um pária mundial. Os brasileiros estão impedidos de viajar ao exterior, porque somos considerados uma fonte de grande disseminação do coronavírus, e vamos trazer gente de fora para fazer uma grande manifestação esportiva. Com direito a espalhar novas cepas. Acredita-se até que algumas seleções não venham porque a imagem sanitária do Brasil não favorece a realização de nada internacional por aqui.
» Renato Mendes Prestes,
Águas Claras


A irresponsabilidade do governo federal tem limite. A decisão do presidente de abrir o país para sediar a Copa América de futebol reforma a afirmativa. O Ministério da Saúde avisou que o Brasil, o "covidário" planetário, admite a terceira onda da pandemia. A chegada da cepa indiana, muito mais agressiva, circula no país. Infectologistas e médicos alertaram para o risco de elevação do número de infectados e mortos. Mas tão incoerente quanto o governo federal é o governo do Distrito Federal, que, como um cordeirinho, segue a linha insana do presidente. O GDF prorroga o estado de calamidade, devido à crise sanitária no DF, mas, ainda assim, comemora a escolha de Brasília para receber jogos do torneio. Pouco importa se o evento é tradicional no continente sul-americano, o imprescindível é conter a expansão da covid-19. Abrir o país a pessoas de origens variadas; estimular a aglomeração natural em estádios de futebol, quando faltam vagas nas UTIs e pessoas morrem nas filas; e a vacinação é tão lenta que, em seis meses, menos de 15% da população brasileira foi imunizada, não é só irresponsabilidade, mas fortalecimento da maior crise sanitária. Até quando vamos suportar este governo que é uma tragédia ambulante e aliado incondicional da morte? Até quando?
» Assis Bhenz Mesquita,
Lago Sul


Sindicalista preso

O ídolo está acirrando os ânimos nos quartéis e nas polícias militares país afora, isto não é salutar para a sociedade. Vizinha à querida Goiânia, Trindade, capital da romaria ao Divino Pai Eterno, foi palco de mais uma agressão ao direito de liberdade de expressão ou mesmo de protesto sem violência. O sindicalista Arquidones Bites estava com uma faixa no capô do seu veículo — “Fora Bolsonaro Genocida” — em uma passeata, quando foi abordado, algemado e preso por um oficial da polícia militar da Corporação do Estado de Goiás, sob alegação de desrespeito à Lei de Segurança Nacional. Vejam a coincidência: em datas remotas, foi fotografado do lado do seu ídolo, Bolsonaro (só os dois). É bom não confundir idolatria com malfeitos. Na Polícia Federal, o Arquidones foi ouvido e liberado e, por ordem do governador Ronaldo Caiado, que não aceita este tipo de atitude, afastou o oficial até a conclusão do inquérito.
» Hortencio Pereira de Brito Sobrinho,
Goiânia (GO)


Infanticídio

As leis penais do país são uma mãezona para os criminosos. Lenientes e defasadas, não conseguem pôr freio à sanha do infrator. É como se o crime compensasse, o mal fosse maior que o bem. Deixam uma sensação de injustiça e impunidade. De tão absurdas, fico me perguntando como deve se sentir o legislador quando no seu trabalho de elaboração de leis penais. Eu teria sentimento de culpa. Até quando outros Henrys e Rhuans Maycons terão de ser barbarizados para que as leis mudem?
» Marcelo de Lima Araújo,
Copacabana (RJ)

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação