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Correio Braziliense
postado em 08/06/2021 21:59

Meio Ambiente

Quando assumiu o Ministério do Meio Ambiente, dizia-se que Ricardo Salles imporia uma postura desburocratizadora, isto é, revogando normas e portarias restritivas, que, nos últimos governos, tornaram o ministério uma extensão das organizações não ONGs e sufocavam o produtor rural. Visava-se equilibrar o meio ambiente com a produção e os negócios. Mas a coisa tomou outras proporções, ignorando que, acima do poder da caneta do ministro, existe a lei e a Constituição. O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado se configura como direito fundamental da pessoa. Conforme pacificou o Supremo Tribunal Federal (STF), a mera revogação de normas operacionais necessárias ao cumprimento da legislação ambiental, sem sua substituição ou atualização, compromete a observância da Constituição Federal, da legislação vigente e dos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. É a “proibição do retrocesso ambiental”. O que era um interesse, inicialmente até positivo, ficou no discurso. Hoje, sob o comando de Salles, a política ambiental brasileira escapa ao bom senso, descamba para a vergonha, foge à licitude, atinge o antagonismo e beira o irracional.
» Ricardo Santoro, Lago Sul

» Na semana do meio ambiente, podemos festejar pesquisas alvissareiras que ocorrem com relação ao aproveitamento do lixo. São dezenas de milhões de toneladas colocadas nos lixões anualmente. Somente 5% são reciclados. O metano, que é um elemento tão nocivo ao meio ambiente, que polui nossos mananciais, pode ser reciclado e aproveitado, sendo transformado em energia limpa. As energias eólica e solar sofrem a limitação do vento do sol, respectivamente. As pesquisas estão avançadas, e as perspectivas são excelentes. Notícias publicadas em revistas científicas colocam a possibilidade de reciclagem do lixo orgânico e a transformação do mesmo, aproveitando a oportunidade de dar destino a esse entulho na natureza.
» Enedino Corrêa da Silva, Asa Sul


Sem noção

Um governador sem noção: no momento que o Brasil ultrapassa 475 mil mortos, o governador de São Paulo, João Doria, que vive criticando o presidente Bolsonaro pelas suas atitudes de não usar máscara e de praticar aglomerações no momento em que vivemos uma pandemia, aparece pegando um bronze sem fazer o uso da máscara na área da piscina de um hotel no Rio de Janeiro. Com essa atitude, João Doria só demonstra aos seus eleitores o quanto ele é hipócrita, quando vai aos meios de comunicação fazer críticas a Bolsonaro. Senhor governador João Doria, saiba que quem tem telhado de vidro não joga pedras no telhado dos outros. O eleitor não é bobo. Estamos de olho.
Evanildo Sales Santos, Gama


Reformas e empregos

Apesar do avanço relevante na agenda das reformas a partir de 2016, ao tratarmos das reformas tributária e administrativa estamos lidando com temas remanescentes do século 20. E com muito atraso. Além disso, estamos atrasados por não termos um Banco Central 100% independente, um novo marco regulatório para o saneamento e mais segurança jurídica para as concessões, entre outras tantas carências para que o Brasil deslanche seu potencial econômico e humano. Em tempo: a questão do saneamento é tema do século 19 que teima em prosseguir na agenda. Na prática, o Brasil vem evoluindo com o freio de mão puxado, só se salva o agronegócio. Xenofobia, intervencionismo estatal, burocracia, corrupção e corporativismo se abrigaram em um nebuloso arcabouço nacionalista-esquerdista que andou predominando no imaginário político. Como o futuro não espera, vai arrombando as portas e nos deixando para trás com as agendas do passado nas mãos. E, para atender a essas agendas, temos quase dois milhões de bacharéis em direito, entre outras muitas inutilidades para os tempos atuais. No entanto, não temos engenheiros e matemáticos para os desafios do presente. E, se não temos profissionais suficientes para a agenda de agora, imagine para a agenda do futuro. Parte significativa do contingente dos 14 milhões de desempregados de agora não tem empregabilidade na economia de hoje e dificilmente terá espaço na economia do futuro. E esse quadro tende a se agravar, devido ao baixo investimento em educação e em pesquisa no país. Infelizmente, muitos continuarão dependendo de políticas assistenciais do governo. Precisa-se romper a lentidão que sempre dominou o tempo na máquina pública, interessada mais em si mesma do que no país. Portanto, temos que pensar urgentemente no longo prazo, mas agir em curtíssimo prazo.
» Renato Mendes Prestes, Águas Claras

Augusto Aras, Procurador-Geral da República, e André Mendonça, Advogado-Geral da União, estariam qualificados para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF), tendo em vista o servilismo de ambos ao presidente Bolsonaro, visando à indicação ao cargo de ministro? Esse comportamento subserviente, por si só, já não deveria desqualificá-los para tomar assento na mais alta corte do Poder Judiciário, cujos membros devem ser altaneiros? Dr. Fausto, que vendeu sua alma a Mefistófeles, o demônio das lendas germânicas, só foi imortalizado na literatura por Goethe e Thomas Mann, geniais escritores alemães, porque negociou mantendo um mínimo de garbo e de altivez.
» Túllio Marco Soares Carvalho, Belo Horizonte (MG)

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