Por SACHA CALMON
Segundo Vera Batista, as taxas positivas de desempenho da agropecuária (5,7%), indústria (0,7%) e do setor de prestação de serviços (0,4%) garantiram o crescimento de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB, a produção de bens e serviços do país) no primeiro trimestre de 2021, em relação ao último trimestre de 2020, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado permitiu que a economia brasileira voltasse ao nível de atividade do quarto trimestre de 2019, período anterior à pandemia de covid-19, mas, de acordo com o instituto, ainda está 3,1% abaixo do pico que havia alcançado de janeiro a março de 2014.
A recuperação da economia se deu num cenário de desemprego recorde que afeta 14,8 milhões de brasileiros e diante da retração do consumo das famílias, o que mostra que parcela da população não foi incorporada na melhora dos indicadores. De janeiro a março, o consumo das famílias diminuiu 0,1%, depois de dois trimestres de crescimento. A agropecuária teve também bom resultado em relação ao primeiro trimestre de 2020, com alta de 5,2%. Nessa base de comparação, o PIB cresceu 1%. O setor se favoreceu também com os aumentos dos preços das commodities agrícolas, produtos cotados no mercado internacional, a retomada da demanda mundial, o que impulsionou as exportações brasileiras e a valorização do dólar.
Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, a indústria cresceu 3%, com o desempenho da indústria de transformação (5,6%) — influenciado pela fabricação de máquinas e equipamentos; produtos de metal; produtos de minerais não metálicos; e metalurgia. Outro fato que explica a performance da indústria brasileira foi a necessidade de recomposição dos estoques, que estavam muito baixos no fim do ano passado.
A atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (2,1%) também cresceu no período, sendo estimulada pela retomada da economia, embora as bandeiras tarifárias de energia tenham sido mais desfavoráveis em fevereiro e março, em relação ao mesmo período de 2020, segundo os dados divulgados pelo IBGE. No setor de serviços, que contribuem com 73% do PIB, houve resultados positivos nas áreas de transporte, armazenagem e correio (3,6%), intermediação financeira e seguros (1,7%), informação e comunicação (1,4%), comércio (1,2%) e atividades imobiliárias (1,0%). “A única variação negativa foi a da administração, saúde e educação pública (-0,6%).
Não está havendo muitos concursos para o preenchimento de vagas e está ocorrendo aposentadoria de trabalhadores, reduzindo a ocupação do setor. Contudo, em relação ao primeiro trimestre de 2020, os serviços tiveram queda de 0,8%, com baixa significativa em outras atividades de serviços (-7,3%) — influenciada pelo declínio de serviços presenciais — e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-4,4%). Em destaque ficaram os ramos de informação e comunicação (5,5%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (5,1%), atividades imobiliárias (3,9%), comércio (3,5%) e transporte, armazenagem e correio (1,3%).
Quanto aos investimentos, o PIB cresceu 1% no primeiro trimestre de 2021, ante o primeiro trimestre de 2020, turbinado pela expansão de 17% da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos). O resultado foi puxado pela produção de bens de capital, mas também pela importação de plataformas de petróleo prevista no Repetro, regime aduaneiro especial, e pelo crescimento no desenvolvimento de softwares.
“O investimento cresceu mesmo tirando (o efeito do) Repetro. Ele ia crescer sem o Repetro pelo aumento na produção nacional de bens de capital, uma queda bem menor da construção e pelo aumento na parte de desenvolvimento de softwares.” No entanto, o Indicador Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), divulgado também, ontem, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), registrou recuo de 4,7% em março, frente a fevereiro deste ano. O Brasil continua na rabeira dos países em desenvolvimento. Mas com este governo, não se poderia esperar mais do que a iniciativa privada fez, por si só!
Bolsonaro é o pior presidente que o Brasil jamais teve, contando a primeira República, antes de Vargas, a segunda, derrocada pelo golpe militar de 1964 e a terceira, após o fim dos Generais Presidentes, após Figueiredo que não gostava do cheiro do povo como o atual. O que vale são as diversões, as opiniões e as agruras da classe média, o campo político que sustenta o atual governo. O povão, calado, se manifestará ao tempo das eleições e derrotará o atual governo. Quanto à pandemia continuamos olimpicamente em 2º lugar, atrás apenas da imensa Índia que tem um bilhão e duzentos e vinte milhões de habitantes. É o tipo de feito típico de Bolsonaro.
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