Legal e oficialmente, resta ainda um bom prazo para a abertura do próximo período eleitoral. Descontados possíveis efeitos pandêmicos, se repetirmos o calendário do pleito passado, resta pouco mais de um ano para a campanha entrar na fase decisiva. Tempo suficiente para grandes realizações, acaso houvesse boa vontade e competência. Não há nada disso, infelizmente. Repete-se, então, uma trama arcaica, quase macabra, em que dois “supostos protagonistas” opositores se retroalimentam, com objetivos e resultados semelhantes.
É um tema nauseabundo, mas incontornável. Portanto, a necessidade de reflexão, profundas ponderações e exaustiva investigação antes de digitar números em uma urna eletrônica. De gesto tão trivial — Aleluia! — advém parte significativa do destino de uma nação. Tome isso como o 11º Mandamento da lei: “Não desperdiçarás teu sagrado direito ao voto”.
Enquanto a fumaça levanta, os preços disparam, a violência aterroriza, o desemprego desespera e mais de 500 mil morrem, a esperança teima em existir. É preciso muita fé após sucessivos fracassos, mas vamos, uma vez mais, apostar que pode dar certo — lembrando que velhos caminhos dificilmente levam a novos paradeiros.
Para escapar da arapuca armada em 2022 (o futuro como particípio passado), seria oportuno observar com aguçada inteligência crítica, derrubar mitos, sepultar ídolos e preferir uma humana elegância, com requintes de feminilidade vestida em comprovada gestão com resultados. Não é exagero. Opção assim existe, mas por período limitado e, geralmente, com baixo orçamento publicitário. Decorre daí a necessidade de subverter o “suposto protagonismo” no processo, assumir o comando e inovar em direção a propostas de progresso sustentável. Educação, meio ambiente, trabalho e segurança são metas centrais (a última depende das anteriores).
Parece uma boa receita. Está dada, por um preço modesto e impressa em papel-jornal. Ofertas diversas cobram mais caro por diferentes questões desimportantes. Aproveite a leitura e capriche na interpretação textual.
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