Um ano e quatro meses desde o início da pandemia de covid-19, as férias escolares de julho são aguardadas como um momento de respiro e descanso para estudantes, pais e professores de escolas públicas e privadas. O esgotamento físico e mental provocado pelo coronavírus foi exacerbado diante de incertezas de como ficaria a educação e o futuro no Brasil ao longo deste período.
Isolados inicialmente em casa, o ensino remoto e híbrido foi a forma encontrada em muitos estados para garantir que os estudantes não ficassem muito tempo sem acesso aos conteúdos escolares. As aulas presenciais estão voltando gradativamente e de forma escalonada, conforme o estágio em que se encontra a vacinação dos profissionais da educação, obedecendo protocolos de segurança e tempo reduzido no ambiente escolar para evitar a contaminação pelo coronavírus.
Tradicionalmente, o período de julho (segunda quinzena) e janeiro são quando os pais também aproveitam para sair de férias com os filhos e viajar seja para praia, cachoeiras ou montanhas para recarregar as energias e enfrentar mais um período de trabalho e estudo.
Até aí, tudo bem. Férias são sempre merecidas e aguardadas. Muitas famílias passam o ano planejando a tão sonhada viagem para o exterior ou mesmo dentro do país. O único senão é que a pandemia de covid-19 ainda não está controlada, principalmente no Brasil, onde menos de 13% do público-alvo já tomou as duas doses de vacina. O ritmo da imunização no país traz o alerta de que não é o momento de relaxar nas medidas de proteção. Basta lembrar que o Brasil já supera a marca de 525 mil mortes pela doença e quase 19 milhões de contaminados.
Muitos países ainda estão restringindo a entrada de brasileiros com medo da contaminação. Países da Europa e os Estados Unidos, que já se encontram com a pandemia sob controle ou um ritmo mais avançado de vacinação, fecharam a entrada para turistas de regiões onde o vírus ainda circula fortemente. Mesmo naqueles que aceitam a entrada de visitantes brasileiros, a preocupação com as variantes do coronavírus é grande.
No Brasil, a variante Delta já foi registrada e especialistas na área de saúde têm insistido em que o momento ainda é de muita cautela. Enquanto a injeção não chegar aos braços de grande parte da população para garantir uma imunização de rebanho pela vacina, é fundamental que as pessoas mantenham distanciamento social, façam uso de máscaras de proteção e higienização constante das mãos para evitar um novo pico de contaminação, seja no trabalho, nas férias ou na escola.
Momentos de lazer e diversão são necessários para manter uma boa saúde física e mental, mas ignorar as regras de proteção contra a covid-19 jamais. Se for viajar, é importante escolher destinos de pouco fluxo de turistas, evitar horários de pico, não deixar de usar máscaras de proteção e levar algumas extras na mala, manter distanciamento e fazer higienização constante das mãos com água e álcool em gel. Lembrar que ambiente aberto não quer dizer que pode ficar todo mundo junto, aglomerado.
É possível se divertir, aproveitar o período merecido de descanso, mas sem se esquecer de que todo cuidado é pouco. Até para garantir o retorno rápido à normalidade e às aulas presenciais em agosto. Que cada um faça a sua parte.
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