Reação
É um grande alento para a sociedade ver a reação da economia diante da crise sanitária ocasionada pela doença oriunda do outro lado do mundo, do arrasto político e econômico causado, de maneira quase generalizada, por governadores e prefeitos que fizeram estágio de miniditadores, fechando de maneira indiscriminada e não respaldada, o comércio. Espero não ver nenhum retrocesso nessa conquista. Que empresas solidifiquem suas atividades, paguem suas contas e voltem a dar emprego e renda aos que precisam e desejam serem produtivos, realimentando em um círculo virtuoso, a economia do país e a dignidade de sua gente.
» Rogério Carvalho,
Taguatinga
Olimpíadas
As Olimpíadas demonstraram quanto esforço é necessário, quantos anos de treino para competir e tentar subir ao pódio dos campeões. Desde que nasce, o ser humano tem que lutar diariamente, constantemente, para aprender a viver. Imperfeições fazem parte da história humana e existem para serem superadas: viver é lutar. Lutar diariamente, constantemente, para aprender a viver. A nivelação se faz com ou sem mérito: todos são premiados, para evitar frustrações. De que serve uma medalha igualitária, uma moeda comum, sem as tintas do valor, da coragem, do desafio? Se tanto faz ganhar ou perder, não preciso me esforçar. A “vitória” é certa e a fraca memória se encarregará de lustrar o troféu para todo o sempre. Bateu ou apanhou? Essa é a grande pergunta que alguns pais fazem aos filhos. O “herói” não precisa disputar, não precisa dar o suor ou o sangue, basta participar que a glória lhe será atribuída. Longínquo tempo aquele da maratona grega, quando o mensageiro correu os muitos quilômetros para dar notícias, caindo morto em seguida. Ninguém vive como os lírios do campo, que não ceifam nem tecem. Não existe almoço de graça, nem trabalho humano grátis. É um axioma de economia: alguém sempre paga. É necessário que uns paguem e que outros sejam pagos pelo que fazem, e assim sucessivamente. É desse modo que funciona a corrente dos bens e serviços. Não é desdouro para ninguém e faz parte da dignidade do trabalho. Quando medalhas institucionais são distribuídas a parentes, compadres e correligionários, sem qualquer mérito que as justifique, tornam-se meros badulaques, destinados ao lixo da história.
» Thelma B. Oliveira,
Asa Norte
Imagem do país
Tem razão a missivista Thelma Oliveira ( 5/8). O jornalista bolsonarista de raiz Alexandre Garcia, em seu artigo Nós, lá fora (4/8), abusa da nossa paciência, ao culpar os que reclamam das malfeitorias criminosas de Jair Bolsonaro pela erosão da imagem no Brasil no exterior. Se esquece de que o malfadado então ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, seguindo à risca as alucinações do seu chefe, se vangloriava de “tornar o país pária mundial se isto significasse afastar — santo Deus! — o “diabo do comunismo” do território nacional. Se esquece de que Bolsonaro, por seu negacionismo, irresponsabilidade e incompetência absoluta na condução das ações contra a pandemia (até contra a vacina ele se posiciona constantemente, sem falar em máscara e afastamento), já levou à morte mais de 550.000 brasileiros (nossa população responde por 2,2% da população mundial e as mortes chegam a 13% das mortes ocorridas no mundo); se esquece de que a Amazônia é desmatada e queimada mais do que nunca; se esquece que os diários ataques e ameaças à nossa democracia faz o Brasil parecer um “país de banana”, uma Venezuela piorada (é um falastrão mentiroso e covarde, mas lá fora não sabem disso). E por aí vai. Garcia, como o seu ídolo, é afeito a narrativas diversionistas para encobrir a verdade, o que, a meu ver, não condiz com a linha democrática e de seriedade do Correio Braziliense.
» José Salles Neto,
Brasília
Voto impresso
O simples fato da postura quase que histérica de membros do Judiciário e representantes de determinados grupos, contra o denominado “voto impresso”, consiste-se, por si só, em fortes indícios no sentido de que há interesses inconfessáveis e não republicanos por trás. É a quase certeza de que há graves irregularidades no sistema de votação que podem, por seu potencial lesivo, colocar em risco a própria Democracia. Vale dizer que esses indícios remontam a 2009, quando em supremo deboche o STF “derrubou” a impressão do voto nas eleições, como se tivesse poderes para isso. Não tem. Relembrando os fatos, o Congresso Nacional aprovou (leia-se, legislou) o voto impresso no art. 5º da Lei 12.034/2009 (Reforma Eleitoral) nestes termos: “Fica criado, a partir das eleições de 2014, inclusive, o voto impresso conferido pelo eleitor...”. A bem da verdade, os maiores culpados desse status quo são o Congresso Nacional e Senado Federal, nesta ordem: o primeiro, porque omisso, não cumpre o comando constitucional do art. 49, inciso XI. Um simples Decreto Legislativo resolveria essa questão, sustando o inconstitucional ato do STF. Fica a sugestão para o Legislativo regulamentar o assunto no respectivo Regimento Interno. E segundo culpado (Senado), porque se acovarda, não dando cumprimento ao art. 52, Inciso II da Constituição. Como nada acontece com eles, os ministros do STF entendem que têm carta branca para fazer o que bem entenderem — inclusive o de instaurar inquéritos de ofício (parece piada!) ou mandar prender parlamentar. Percebe-se, cabalmente, que os poderes constitucionais estão desgarantidos – o que remete, inevitavelmente, ao plasmado no art.142, caput, da Carta Magna, que impõe à Forças Armadas, na condição extraordinária de Poder Garantidor, o elevado encargo do poder-dever de garantir os poderes constitucionais. Alguém poderia perguntar: mas quando seria isso? Não sei e ninguém sabe, mas (mesmo não sendo religioso) vale a advertência bíblica inscrita em 2Pedro 3:10 e subsidiariamente, Lucas 12:39.
» Milton Cordoa Junior,
Vicente Pires
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