opinião

Artigo: Operação Formosa - compromisso com a defesa da Pátria

Correio Braziliense
postado em 14/08/2021 06:00

PETRONIO AUGUSTO SIQUEIRA DE AGUIAR*

Durante este mês, as Forças Armadas conduzem mais um importante treinamento no Campo de Instrução de Formosa, no Estado de Goiás (GO). Este treinamento, denominado Operação Formosa, é realizado desde 1988, pelo Corpo de Fuzileiros Navais, constituindo o maior treinamento da Marinha do Brasil no Planalto Central. Este ano, pela primeira vez, terá importante parcela conjunta, coordenada pelo Ministério da Defesa, com a participação do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira.

Ao longo dos últimos anos, o Ministério da Defesa e as Forças Armadas têm sido demandados para atuar nas mais diversas atividades previstas em leis, com destaque especial, recentemente, à Operação Covid-19, de combate ao novo coronavírus, que chegou a mobilizar diariamente mais de 24 mil militares; às operações de garantia da lei e da ordem ambiental Verde Brasil 1 e 2 e, no momento, na Operação Samaúma; além da Operação Acolhida, na fronteira com a Venezuela. Tudo isso sem contar inúmeras outras atividades de apoio ao desenvolvimento, ações sociais e humanitárias, atendimento de saúde às populações mais remotas, transporte de órgãos e combate a crimes transnacionais. Todas realizadas continuamente nos mais longínquos rincões da nossa nação.

Não obstante a essas importantes atividades, a fundamental atribuição constitucional das Forças Armadas é, entretanto, a defesa da Pátria. O preparo conjunto das Forças para o desempenho de tal atribuição é atividade essencial e deve ser atendida continuamente. Nesse contexto, a condução da Operação Formosa — 2021 representa, com outros treinamentos anuais conjuntos, esse compromisso em contribuir para a manutenção das Forças Armadas preparadas para exercer suas atividades-fim.

De acordo com a Estratégia Nacional de Defesa (END), o Corpo de Fuzileiros Navais, parcela intrínseca da Marinha, por constituir força estratégica, de caráter anfíbio e expedicionário, deve permanecer em permanente condição de pronto emprego, de modo a ser empregado onde ditarem os interesses nacionais. Assim, a fim de testar tais capacidades, a Operação Formosa — 2021 mobilizará militares, aeronaves, carros de combate, veículos blindados e anfíbios, artilharia e lançadores de mísseis e foguetes, dentre outros meios de combate, deslocados do Rio de Janeiro, percorrendo mais de 1.400 km.

Neste ano, a Operação envolverá mais de 2.500 militares da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira, atuando de forma conjunta, simulando uma operação anfíbia, considerada a mais complexa das operações militares. Todo o armamento será empregado com a utilização de munição real, marcando o profissionalismo e o realismo do treinamento.

Para o Ministério da Defesa, a Operação Formosa — 2021, além de excelente oportunidade para ampliar, cada vez mais, a integração e interoperabilidade entre as tropas e meios operativos da Marinha, do Exército e da Força Aérea, representa uma relevante demonstração do compromisso das Forças Armadas com o preparo permanente para a defesa da Pátria.

 *Almirante de Esquadra, chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa

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