Coincidências
Algo inédito acontece nos bastidores da política no Brasil. É típica a atitude ditatorial do Executivo, quando descamba para a ruptura institucional. O governo Maduro na Venezuela teve seu início muito parecido. Dissolve-se o parlamento e desmoraliza-se o Judiciário. Esse fato resulta em uma população empobrecida e sem rumo. O negacionismo deriva-se para uma rejeição dos organismos internacionais, com prejuízo da economia do país. Pode-se citar, também, o caso da maior ditadura no mundo: a da Bielorússia, onde o presidente governa há três décadas. Ele exerce um governo de força, aterrorizando aqueles que se opõem. Qualquer semelhança é mera coincidência, quando o que se quer é paz, harmonia e estabilidade entre as instituições brasileiras.
» Enedino Corrêa da Silva,
Asa Sul
Rabo de cotia
Sacha Calmon passa o rodo em Bolsonaro (12/9). O advogado escreve direitinho. Não dá rabo a cotia. Disputa, com louvor, o título arrebatador de fina flor dos que não têm nenhum apreço pelo atual chefe da nação. Mas o impoluto Sacha Calmon faz questão de ser injusto, azedo e raivoso, chamando Collor de Mello de “farsante”. Até então, o longo arrazoado de Calmon caminhava bem. Lamentável que o brioso Calmon feche os olhos para os benefícios coletivos que o curto governo Collor perenizou ao Brasil e aos brasileiros. Collor tirou o país das amarras do atraso. Deixou leis que contribuem para a vida da população. Há poucos meses, em debate na televisão, conduzido pelo ministro aposentado Nelson Jobim, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu e salientou que o plano econômico do governo Collor foi fundamental para a elaboração do plano Real. É, doutor Calmon, quem dera que a vida pública contasse com mais “farsantes” operosos como Collor de Mello. Que prossegue como senador, trabalhando, com imbatível espírito público e destemor, pela coletividade.
» Vicente Limongi Netto,
Lago Norte
Efeitos da pandemia
1) Inutilidade do uso de antibióticos contra os vírus e o valor do simples ato de lavar as mãos; 2) Desacertos federais e estaduais levando ao atraso da vacinação; esgotamento dos recursos do SUS e sobrecarga dos servidores da saúde; 3) Surgimento de atitudes negacionistas quanto à necessidade do pacto social no uso de máscaras, que deveriam ser distribuídas pelo poder público nas ruas, nos metrôs, ns pontos de ônibus; 4) Desemprego súbito e maciço, com agravamento da fome e da marginalização social; 5) Desigualdade de acesso à internet, resultando em maior exclusão escolar, com precarização do ensino e sobrecarga dos professores e auxiliares das escolas; 6) Para as crianças, um futuro cada vez mais ameaçado, pela ansiedade do confinamento, sem convívio com os amigos e coleguinhas, sem passear nos parques e sem festinhas em casa ou na escola. E sem comida adequada, já que a escola atua como refeitório; 7) Acentuação das diferenças sociais, pelo crescimento de subempregos sem vínculo empregatício e sem leis trabalhistas; 8) Maior incidência de conflitos familiares e de agressão às mulheres e crianças; 9) Disparidade de acesso à vacinação no panorama mundial. Novas variantes ameaçando o panorama mundial; e 10) Novos parâmetros de convivência quanto ao uso de máscaras em público, restrição a viagens, maior necessidade de campanhas de solidariedade e de apoio aos mais desfavorecidos. Somos pontos entrelaçados da mesma terra, sujeitos à contínua adaptação aos desafios comuns a todos. Que incluem o respeito ao planeta e às suas leis permanentes de interação entre todos os seres vivos e ao meio ambiente. Isso requer alteração de hábitos consolidados, pois nada mais será como antes. “São só dois lados da mesma viagem / O trem que chega é o mesmo trem da partida/ A hora do encontro é também despedida/ A plataforma dessa estação/ É a vida” (Milton Nascimento).
» Thelma B. Oliveira,
Asa Norte
Homenagem
E será que os americanos alguma vez vão homenagear, ou homenagearam, as vítimas das bombas atômicas lançadas por eles mesmos sobre Hiroshima e Nagasaki, quando então velhos, mulheres e crianças, todos indefesos, foram mortos covardemente e os que sobreviveram sofreram por várias décadas as consequências da radioatividade, sem esquecer dos aldeões do Vietnã que foram atacados pelos ianques com bombas napalm, verdadeiras bolas de fogo que matavam cruelmente e sem piedade os indefesos velhos, mulheres e crianças vietcongs, ou se aplica o velho refrão: “Pimenta nos olhos dos outros é refresco”?
» Paulo Evandro de Siquera,
Asa Norte
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