Há muitos e muitos anos, convivo com a jornalista Liana Sabo. Presença forte na redação do Correio Braziliense, Liana impõe seu estilo, sua marca, sua verdade e sua força. Mas empresta com delicadeza e zelo o seu talento como jornalista a todos os brasilienses. Liana acaba de lançar um livro, Histórias dos sabores que vivi, uma coletânea de seus escritos sobre a cena gastronômica da capital desde 1993.
O lançamento também marca a estreia do selo Boníssimo! Edições, de Rosualdo Rodrigues, que por muito tempo editou as colunas de Liana no Correio. Também coincide com a volta da coluna Favas Contadas, na qual a jornalista narra as novidades da gastronomia em Brasília. Com texto impecável, Liana tornou-se a principal fonte de informações sobre a nossa culinária. Novos restaurantes, as novidades dos cardápios, as estreias dos chefs... Nenhuma notícia escapa do faro de Liana, que naturalmente tornou-se a primeira-dama da gastronomia brasiliense.
Sem o intuito de criticar, mas sempre com autenticidade, Liana é vista por grandes chefs como uma parceira importante na consolidação de um mercado que cresceu a olhos vistos nas últimas décadas. Muitos deles estavam no dia do lançamento. Dos ingredientes do cerrado aos rótulos premiados de vinhos, Liana virou uma expert e acostumou-se a dar verdadeiras aulas sobre o tema.
Antes da gastronomia, Liana foi a primeira mulher a cobrir os bastidores da política local, no Palácio do Planalto. Foi setorista no Itamaraty. Driblou o machismo num ambiente tipicamente masculino e colocou no bolso todas as dificuldades para brilhar nas páginas. Eclética, passou dos 50 anos numa redação de jornal – o que, convenhamos, já mostra sua resiliência.
Em tempos tão difíceis como o que estamos vivendo, passear pelas páginas de um livro escrito por Liana Sabo é reviver memórias de uma cidade que se reinventa na culinária. É também saborear o bom jornalismo, feito com seriedade, bom texto e informação de qualidade. Viva Liana!
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