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Correio Braziliense
postado em 17/10/2021 06:00

Aventureiro

Se algo que o Brasil não merece é outro aventureiro para comandar o país a partir de janeiro de 2023. O apresentador de tevê, José Luiz Datena, garante que será o sucessor de Bolsonaro no Palácio do Planalto. Qual é experiência desse jornalista com o setor público? O risco é os eleitores entederem que ele pode ser a terceira, quarta via para se livrar o pior governante de todos os tempos, em todos os setores da nação: na economia, na saúde, na educação, na segurança pública, no meio ambiente, na questão sanitária e em muitos outros que foram desmanteladodos pelo pelo capitão psicopata. Datena garante ser honesto e que não rouba. Bolsonaro dizia o mesmo... Mas os seus pródigos filhos.... Hum! Mostraram que não são confiáveis e o zeloso papai não sabe o que fazer para livrá-los do camburão. Se eleito, Datena ou algo assemelhado aprodundará o fosso de desgraças cavado pelo bolsonarismo. Acho, como grande parte dos brasileiros, que os nomes até agora cogitados, mesmo com experiência no setor público, não despertam confiança. Mas Datena seria a repetição da tragédia que Bolsonaro representa para o país: uma variante mais agressiva ainda do novo (velho) coronavírus. O Brasil não merece mais quatro anos de um governo tóxico, que envenena diariamente a nação.
» Marco Antônio de Assis, de Águas Claras

Eleições

Entra e sai governo e as cenas se repetem. No ano que antecede as eleições, a capital federal vira um canteiro de obras. Os políticos se assanham e passam a cumprimentar os eleitores, estranhamento, com tanta gentileza... Visitam instituições. Oferecem-se para ajudar aqui e acolá. É um temporal de hipocrisia que causa muito medo. Quem tem alguma experiência e vem acompanhando a vida política do país tem certeza que eles só querem ser reconduzidos aos postos que ocupam ou passar a outro patamar, que lhes garanta mais regalias e mais ganhos. Quando alcançam seus objetivos, danem-se os eleitores, exceto aqueles que fazem do grupelho que pretendem beneficiar, com cargos ou com aquela granda que corre por debaixo do tapete. As reivindicações da sociedade não serão atendidas. O ideal é manter e aprofundar as necessidades, pois, caso contrário, não terão o que prometer no próximo pleito, para enganar os tolos eleitores. As obras são outro fenômeno semelhante. Por que tudo acontece na véspera das eleições? Sabe-se que as inaugurações servem de palanque para o governante que deseja a reeleição. Mas deve haver algo mais. Até suspeito, mas o bom senso recomenda não dizer nem escrever o que me vem à mente. Porém, uma coisa fica claro: nada é feito em benefício da sociedade, sem que haja algo de muito podre misturado ao cimento.
» Afrânio Mendonça, do Núcleo Bandeirante


Limites

O desgoverno que rege o país está ultrapassando todos os limites. Culpar a pandemia da covid-19 é muito fácil por todo o desmantelo. Sabe-se que se trata de desculpa esfarrapada, reveladora da incompetência do chefe do Executivo. Para um país que se orgulha de ter uma das maiores reservas de petróleo do planeta, o que justifica o preço do litro da gasolina estar algemado às oscilações do mercado internacional? Por que há 19 milhões de brasileiros passando fome, quando chega-se quase a idolatrar o agronegócio? Por que sobra dinheiro, mais de R$ 6 bilhões, para comprar os votos de parlamentares da base de apoio(?) do governo para a aprovação de projetos no Congresso? Não se vê um gesto do governo para amenizar as agonias enfrentadas pelos brasileiros. Motociata pra cá e pra lá. E não passa disso. Decisões que ajudem a sociedade nesta travessia agonizante, causada por todos os desconfortos provacados pela carestia, vírus e serviços essencias precários, não existem. O presidente só abre a boca para falar bobagens ou criar confusão. É um governo de matar, se não é pelo vírus, é pela incapacidade de gerenciar crises. O Congresso é outro fracasso.
» Humberto Vieira, da Asa Norte

Divisão

Devemos observar as maneiras pelas quais os brasileiros estão se separando de seus patriotas. Comece com as maneiras pelas quais os cidadãos buscam novas ideias e informações sobre o seu país e o mundo. Sim, parte do problema reside no fato de que brasileiros de esquerda e direita assistem a canais de televisão diferentes. Redes inteiras são dedicadas a alimentar preconceitos sobre fulano e beltrano. Isso dá aos consumidores de notícias e opiniões visões totalmente distintas do mundo e das ameaças que o poder pode conter. As diferenças ficam ainda mais evidentes na internet. Cada vez mais, os brasileiros se reúnem on-line dentro de suas chamadas bolhas de filtro. O mesmo ocorre nas mídias sociais, que nos permitem seguir aqueles com os quais concordamos e ignorar aqueles de quem discordamos. É uma pena, pois tira de nós a chance de conhecer o que outras pessoas estão vendo, ouvindo, pensando e sentindo. Isso torna mais difícil compreender melhor nosso país. Até recentemente, muitos acreditavam que a internet e as mídias sociais tornariam impossível o controle das informações pelo Estado e que a fragmentação da opinião pública seria inevitável. Como disse certa vez o notável filósofo americano Yogi Berra: “É difícil fazer previsões, especialmente sobre o futuro”. Há uma previsão, porém, que podemos arriscar sobre o Brasil: sempre haverá esquerda e direita. A direita jamais eliminará a esquerda nem a esquerda exterminará a direita. No Brasil e em qualquer outro lugar, as pessoas de todas as tendências políticas precisam encontrar um terreno comum para construir uma nação segura, saudável e próspera.
» Renato Mendes Prestes, de Águas Claras

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