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Correio Braziliense
postado em 18/10/2021 21:29

Médicos
Dezoito de outubro, Dia do Médico. A profissão médica foi invadida nesta pandemia. Hoje, qualquer leigo, comentarista, senador, juiz, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), locutor esportivo, ex-futebolista, dá palpite ou ordens sobre terapêutica sem nunca ter estudado farmacologia. Essa malta toda adquiriu status para determinar qual tratamento deve ou não ser empregado e chega a qualificar de criminoso o médico que trata pacientes acometidos da virose e ainda exigir a cassação do seu registro. A última invasão é a do Ministério Público do Estado de São Paulo, que proíbe o hospital da Prevent Sênior de prescrever uma lista de medicamentos, na qual estão incluídos os corticoides e os anticoagulantes, mesmo tendo sido comprovado que a inflamação e a coagulação são os fenômenos que levam à morte nessa infecção. Presumo que o próximo passo do MPSP será enviar uma equipe de procuradores àquele hospital para substituir os médicos no atendimento.
Roberto Doglia Azambuja, Asa Sul


Centrão
Dos Estados Unidos, Maria Christina Mendes Caldeira (18/10) tira o couro dos políticos. Só livrou a cara da senadora Simone Tebet. Torce para ela ser candidata à Presidência da República. Christina Caldeira, ex-mulher do ex-deputado Valdemar Costa Neto, “dono do PL”, como definiu a matéria assinada por Vicente Nunes, garante que “O Centrão vai sugar o governo e abandonar Bolsonaro”. “Dou, no máximo, até junho para o Centrão cair fora do governo”, sentencia Maria Christina. Nessa linha, endossando a previsão de Caldeira, recordo o que escrevi, nas redes, em fevereiro deste ano, ou seja, há nove meses: Os notáveis membros do Centrão comem de tudo. Se for para ganhar vantagens, roem até os ossos. Não têm escrúpulos. São leais enquanto ganham tudo que exigem do governo. Com eles, a lua-de-mel tem prazo de validade.
Vicente Limongi Netto, Lago Norte


Arapongas
Desde meados da década de 1980, com a volta do país à democracia, os governos andam às tontas quando se trata de definir um perfil para os órgãos de inteligência. O tema é delicado por herança da ditadura. O SNI, sigla que designava o serviço secreto do regime militar, degenerou em um órgão de intrigas, relatórios dolorosamente amadores e centro de conspirações e perseguições contra adversários ideológicos. Transformou-se em um “monstro”, como o classificou até seu criador, o general Golbery do Couto e Silva (1911-1987). Com essa herança deletéria, os governos democráticos sempre tiveram dificuldades de lidar com órgãos de inteligência, que, por natureza, são tentaculares e atuam no limite da legalidade. Em todos os governos democráticos, de Fernando Collor a Dilma Rousseff, os arapongas meteram-se em espionagens heterodoxas que, uma vez reveladas, resultavam num protocolo imutável: os envolvidos eram demitidos ou afastados do cargo, e o governo jamais admitira perseguições políticas ou ideológicas. Em uma democracia constitucional, os arapongas do governo não têm licença para espionar quem quer que seja, motivados por antipatias políticas ou ideológicas. Do mesmo modo, a Receita Federal também não pode mirar em um contribuinte, seja ele quem for, por quaisquer razões que não sua vida fiscal. Um Estado democrático de direito não comporta abusos de qualquer natureza.
Renato Mendes Prestes, Águas Claras


Eleições
Mas esse Cristovam Buarque gosta mesmo de apanhar. Ele foi demitido do Ministério da Educação por Lula, quando se encontrava em Lisboa, desfilando todo pimpão por lá... Lula foi deselegante e grosseiro. Não esperou nem que o ministro retornasse ao Brasil. Demitiu-o por telefone. E Cristovam ainda apoia esse cara? Mal comparando, parece a história da mulher do miliciano — apanha e continua com ele...
Joares Antonio Caovilla, Asa Norte


» É simplesmente desalentador acompanhar pela mídia as principais notícias deste nosso país no que concerne às atitudes e decisões do Poder Executivo, às mutretas, aos conchavos do Poder Legislativo e à inércia do Poder Judiciário para alcançar e punir esses corruptos que dilapidaram e dilapidam os cofres da nação e que colocam em risco a nossa democracia. Após a operação Lava-Jato, que deu esperança aos cidadãos brasileiros à margem dessa orgia, os principais líderes desses poderes se arvoraram em busca de soluções objetivando não serem afrontados por operações similares e não correrem o risco de parar atrás das grades, como foi um caso de um ex-presidente da República. Triste é ver a relação dos principais candidatos que se apresentam para a disputa do cargo maior da República e saber que o mais cotado é justamente esse ex-presidente/presidiário que está por aí, novamente, dando as cartas graças à benevolência da nossa Suprema Corte. Apesar de tudo isso, a meu ver, não devemos desanimar. Além de acalentarmos o sonho de que algo importante deve acontecer é preciso, antes de tudo, que saibamos escolher as nossas lideranças que podem mudar, com o nosso apoio, o rumo dessa triste história.
Vilmar Oliva de Salles, Taguatinga

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