A falta de civilidade impressiona. Está espalhada por todos os lugares. Como mostrou reportagem publicada na edição desta quinta-feira (11/11) do Correio, as calçadas deixaram de ser de uso exclusivo dos pedestres e são cada vez mais ocupadas por carros. A cena se repete em vários lugares de Ceilândia, Taguatinga e Plano Piloto. Uma irresponsabilidade que causa transtorno e prejudica a vida de milhares de pessoas.
Um bom exemplo é o que ocorreu na comercial da 303 do Sudoeste no sábado passado. Pouco depois do meio-dia, um cadeirante tentava acessar o bloco B, mas um carro impedia o uso da rampa. A cena comoveu a todos que estavam por perto. E, logo, quatro pessoas se aproximaram, ergueram a cadeira de rodas e ajudaram o rapaz. Solidariedade é sempre importante, mas nada disso seria necessário se uma simples regra de vida em sociedade fosse seguida: não bloquear rampas de acesso.
Nunca é demais lembrar que é passível de multa quem estaciona o carro no lugar errado. São infrações dos tipos leve e grave. O motorista que coloca o veículo em área proibida pode ser multado de R$ 130,16 a R$ 195,23. Não é barato. Nos primeiros 10 meses do ano, 97,8 mil infrações foram aplicadas pelos órgãos fiscalizadores do trânsito no Distrito Federal. Em média, é uma a cada cinco minutos.
Uma justificativa muito comum utilizada por quem estaciona em lugar proibido é a falta de vagas. Sim, sabemos que há excesso de carros nas ruas. Outra é que existe uma "indústria da multa", sendo uma fonte importante de arrecadação do Estado. Mas a grande questão é que só leva a canetada dos órgãos de fiscalização quem não segue a lei. Não quer ser multado? Simples, não estacione em local proibido.
Vagas não vão brotar do nada. A ocupação urbana está próxima do limite no DF, e não dá para acabar com áreas verdes para abrir espaço para os veículos. Então, é importante planejar antes de sair de casa. Se for para um lugar muito movimentado, privilegie os meios de transporte público, como ônibus, metrô e táxi, ou use os motoristas de aplicativo. Estacionar corretamente é prova de civilidade.
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