» Sr. Redator

Correio Braziliense
postado em 15/11/2021 00:01

Marechal Mattos

Como diretor da Fundação Cultural Palmares e jornalista atuante nas discussões da causa do negro, tive a oportunidade de, em 1991, convidar a professora Umbelina de Mattos Lorena de Sant' Anna, uma das filhas do Marechal Mattos, a participar de seminário sobre a temática do negro no Brasil, em Brasília. Professora do Colégio Pedro II e diretora do colégio ao qual o militar dá nome, na cidade do Rio de Janeiro, ela foi uma incentivadora da educação pública de qualidade em nosso país. Oportuno dizer além do que já foi posto no artigo publicado em homenagem a Mattos, no Correio Braziliense (13/11), que ele fez seu curso de Estado-Maior com a festejada Missão Francesa ainda no posto de tenente. Foi comandante do Regimento Escola de Infantaria, maior estrutura de poderio militar no Brasil quando de seu comando. Foi Secretário-Geral do Ministério da Guerra e Diretor de Finanças do Exército. Comandou tropas em Mato Grosso como general-de-brigada e divisão. Formado em 1921 na Escola Militar, na turma de Castelo Branco e Costa e Silva, foi um dos incentivadores da candidatura do Marechal Teixeira Lott à presidência da República.

Walter Gualberto de Brito,

São Paulo (SP)

Até quando?

Uma amiga protetora de animais, que tem sob seus cuidados cerca de 30 cães e gatos, além de fazer resgates pelas ruas e rodovias de Planaltina, onde mora, porque todos batem a sua porta quando se deparam com animais abandonados, maltratados ou atropelados, está enfrentando uma batalha interminável para conseguir fazer uma cirurgia de retirada de pedras nos rins. Pré-diabética, já tendo vencido um câncer, ela recebeu, há anos, o relatório de um médico para que o SUS providenciasse com urgência a cirurgia renal. Já se passaram 5 anos e toda vez que marcam os exames pré-operatórios, o hospital inventa outras prioridades e ela vai ficando para trás. Ela sofre crises renais constantes e precisa ser internada. Mas, nem isso comove os profissionais do SUS a colocarem o caso como urgente, urgentíssimo, e marcarem, de fato, a cirurgia. Eles vão protelando ad infinitum, enquanto ela padece com as crises renais. Para piorar, agora estão adiando os exames preventivos que ela precisa fazer, a mamografia é importante por ela já ter tido câncer. Mas isso não parece importar para as pessoas da marcação. Até quando essa brasileira, que já é avó, terá de aguardar para que a atendam com dignidade e respeito, façam a cirurgia e os exames tão urgentes para ela continuar viva e recuperar o bem-estar que há anos não experimenta? Vejam bem, ela não pede atendimento no Albert Einstein, ou no Copa D'Or, para onde são levados de jatinho da FAB, com nosso dinheiro, governantes e parlamentares, que ganham de sobra para bancar suas despesas e têm planos de saúde de primeiro mundo. Não, ela confia no SUS, em seus médicos e enfermeiros. Governador Ibaneis, deputados do DF, pagos a preço de ouro, podem ajudar minha amiga? Entre em contato comigo no meu e-mail janeandrade48@gmail.com.

Jane Maria de Andrade Araújo,

Noroeste

Pix para as mães

O cronista Marcelo Agner mencionou o drama das mães com seus filhotes a mendigar comida e ajuda para sobreviver. Não há pix nem auxílio bastantes contra a marginalização e a fome. Emprego? Onde, quando, como? A miséria acentuou-se ultimamente e os empregos encontram-se em extinção. Bertrand Russell, nos idos dos anos, na Inglaterra (!) já dizia que a jornada de trabalho não deveria exceder a quatro horas, para que as pessoas pudessem cuidar de suas vidas e de suas famílias. Em Arquitetura e Questões Sociais, afirmava: "O isolamento social das famílias trabalhadoras em bairros sombrios, superpopulosos, e muitas vezes insalubres, é um impeditivo à participação das mulheres na vida social e econômica. Edifícios de apartamentos construídos com recursos públicos, em que houvesse uma cozinha comunitária, um salão de refeições e um centro de lazer coletivo, um pátio ensolarado e uma escola maternal possibilitariam às mulheres trabalhar fora e desfrutar algum tempo longe de suas famílias. Além disso, seus filhos poderiam ter a atenção necessária, uma boa alimentação e a liberdade indispensável a uma vida saudável e instruída. Sugeria também redução da carga de trabalho dos professores, uma vez que "duas horas de ensino por dia são suficientes, o que possibilitaria aos professores trabalhar e manter contatos sociais longe das demandas infantis''. Em tempo, Bertrand Russell era um famoso filósofo inglês do século 20, não um comunista utópico! Enquanto isso, nós fingimos não ver a miséria avassaladora que está corroendo as entranhas de pais, mães e filhos. Não adianta esperar que Papai Noel lhes traga um pix ou uma cesta básica. Não há interesse em solucionar problemas sociais no curto prazo. Não há marmitas suficientes, nem escolas, nem moradias, nem gás, nem abrigos. Salve-se quem puder. — Tio, me dá um trocado aí? — suplica a criança, projeto de raça humana, que nem sabe se vai comer. Muito menos, sobreviver.

Thelma B. Oliveira,

Asa Norte

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags