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Correio Braziliense
postado em 09/12/2021 00:01

Simone Tebet

Excelente o artigo da senadora Simone Tebet (8/12, pág. 11). Com o intuito de querer justificar a sua candidatura pelo MDB à Presidência da República, a senadora pelo Mato Grosso do Sul acaba explanando um bem fundamentado plano de governo, atacando inteligentemente os principais problemas que afligem o nosso país. Parabéns, senadora! Vamos torcer para que a senhora tenha sucesso nessa árdua empreitada que agora abraçou.

Paulo Molina Prates,

Asa Norte

Desacreditado

Economistas que atuam no mercado querem distância do governo de Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, pródigo em criar cenários sem qualquer semelhança com a realidade do Brasil. Todos os meses, os indicadores econômicos mostram que o país vai de mau a pior, ou, como avaliam os especialistas, está com um dos pés em recessão técnica. Mas, no mundo fantástico de Guedes, o país "está decolando" — só se for para ganhar altura, além da inflação do custo de vida, para mergulhar de cabeça no abismo. Para recompor a equipe, Guedes tem que se virar com o que tem no ministério. Acredito que sejam técnicos com elevado grau de excelência, embora não tenham nenhuma notoriedade no cenário econômico. Portanto, sem credibilidade testada ou capaz de influenciar o meio.

Fernando Moreira,

Águas Claras

Fumaça

Paulo Guedes tenta responsabilizar os desatinos políticos do capitão-mor e a roubalheira do Centrão, base de apoio do governo, e a crise sanitária pelo seu fracasso na economia. O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa de juros e promete outra alta na próxima reunião. Mas nada disso consegue esconder a incompetência de Guedes e, no fim das contas, de todo o governo, para vencer a crise da covid-19, da economia e social do país.

Ana Lúcia Martins

Asa Sul

Indignação

Indignado, revoltado, frustrado e conscencioso. Uma vez que os ministros do STF e STJ livraram da cadeia os bandidos da Operação Lava-Jato. Uma vez que a Justiça "inocentou" o maior ladrão do mundo e ex-presidiário. Uma vez que a Justiça Federal no DF não abre novo processo contra o chefe-mor da quadrilha. Uma vez que fui o "bobo da corte" ao ficar vendo julgamentos e outivas desses bandidos. Uma vez que o povo não acredita na Justiça e, em especial, no Supremo. Uma vez que sou anti-PT, anticachaceiro e não tem mais como acreditar nessa Justiça, sugiro, aos senhores togados, que obriguem a União a indenizar, por perdas e danos morais, o ilustríssimo senhor ex e futuro presidiário. Mas peço, também, que o dinheiro das indenizações seja, nos mínimos detalhes, para que o cachaceiro compre mais fazendas e gados. Atitudes desses membros da Justiça que me deixam, aos meus 68 anos de idade, perplexos e desiludido diante de tantas provas que levaram o pinguço ficar na carceragem por mais de um ano. Resumo: sou um idiota por ficar horas e horas assistindo à TV Justiça para ver esse desfecho debochado.

José Monte Aragão,

Sobradinho

Educação

Educadores e políticos defendem a tese de que o Brasil aumente o investimento em educação. Já gastamos, porém, proporcionalmente mais do que a média dos membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o "clube dos países ricos". O desafio, na verdade, é melhorar a qualidade da educação. Segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, o país despende em educação 6,2% do Produto Interno Bruto. A média da OCDE é de 5% do PIB. Gastamos mais do que a Itália (3,6%), o Japão (4,2%), a Coreia do Sul (5,4%) e os Estados Unidos (6%), e o mesmo que o Reino Unido (6,2%), Há quem considere que o melhor é comparar a despesa em dólares por aluno e reivindicar que gastemos tanto quanto os países ricos. Sendo assim, imagina-se, teríamos a mesma qualidade na educação. Miragem! Há mais de uma década, a despesa federal na área cresce 7% ao ano acima da inflação, sem correspondente melhora na qualidade. Nessa métrica de dólares por aluno, investimos em educação mais do que Indonésia, México e Colômbia, e perto do que gastam Chile e Turquia. Enquanto isso, nas avaliações internacionais, estamos muito piores do que esses países. Não faz sentido, portanto, almejar despesa por aluno igual à de países desenvolvidos. Se adotarmos essa métrica para saúde, segurança e outras áreas, precisaremos tributar mais de 100% do PIB apenas para esses segmentos. O drama da educação no Brasil não se resolve com aumento de gastos. O problema é a ineficiência na aplicação dos volumosos recursos já alocadas ao setor. O mais é sonho distante da realidade.

Renato Mendes Prestes,

Águas Claras

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