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Natureza exige resposta

Os desastres naturais vêm se acentuando a cada estação. Todo o hemisfério Norte experimentou recordes de calor

Correio Braziliense
postado em 01/01/2022 00:01 / atualizado em 01/01/2022 11:41
 (crédito: Xavier Coiffic/Unsplash)
(crédito: Xavier Coiffic/Unsplash)

No mundo todo a fúria da natureza dá mostras de que algo muito preocupante está a caminho. No Canadá, um país costumeiramente frio, as temperaturas em 2021 bateram recordes. Na região da Colúmbia Britânica, os termômetros registraram 50 graus centígrados, o que provocou a destruição, por um incêndio florestal, de toda a pequena cidade de Lytton. No Norte da Europa, as cheias dos rios provocaram alagamentos nunca vistos na Alemanha e na Áustria. As temperaturas próximas a 2022 estão totalmente diferentes dos últimos anos.

Os desastres naturais vêm se acentuando a cada estação. Todo o hemisfério Norte experimentou recordes de calor. Na Itália os termômetros marcaram temperaturas acima dos 40 graus em muitas regiões. Centenas de vidas foram perdidas apenas nas enchentes que devastaram parte da Holanda e de Luxemburgo. Para os climatologistas esses são os fenômenos mais intensos dos últimos séculos e ameaçam se repetir.

Na memória, tsunamis gigantescos no Japão, seguidos de deslizamento de terras, devastaram regiões como Shizuoka. No Iraque, as temperaturas ultrapassaram a marca dos 50 graus centígrados, derretendo objetos de plásticos dos automóveis e gerando colapso no abastecimento de energia elétrica, levando muitos à morte. Nos Estados Unidos, a tempestade Elsa fez estragos. Também nos EUA uma onda de calor, sem precedente, ceifou vidas na região do Pacífico e em locais antes frios, como Seattle. Locais como Nova York, Filadélfia e Boston estiveram sob forte ondas de calor, afetando mais de 40 milhões de americanos.

Na África, a seca e as intensas ondas de calor vêm registrando marcas históricas. Na Índia, os efeitos de calor, seguidos de enchentes nunca vistas, também demonstram que a Terra está entrando num ciclo de mudança do clima que pode afetar a todos, indistintamente. Na Grécia, os incêndios, que nomearam o verão do pesadelo, vêm varrendo, sem controle, pequenas cidades, nas ilhas próximas a Atenas, numa situação que tem aterrorizado os moradores e turistas.

Na realidade não existe hoje lugar algum neste planeta que não esteja experimentando condições climáticas extremas, o que reforça o que há muito os cientistas vêm alertando sobre o aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera, motivados, exclusivamente, pela ação humana.

Alguns pesquisadores afirmam que a Terra já aqueceu mais de 1,2 grau centígrado desde o início da Era Industrial, sendo que as temperaturas seguirão subindo cada vez mais, até alcançar níveis de catástrofes globais com a morte de centenas de milhões de pessoas. Segundo o painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), ligado à ONU, caso não cessem as atividades humanas que produzem o efeito estufa, o futuro será inclemente para todos e poderá abolir a vida sobre o planeta até mesmo antes do que se espera.

 

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