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Correio Braziliense
postado em 09/01/2022 00:01

Lya Luft

Em um texto bem escrito, podemos encontrar pulsante lirismo capaz de nos oferecer orientações fundamentais sobre a vida. De certo modo, também a literatura surge como saber libertador das análises distorcidas e das sínteses conformistas. O saber literário investe, de alguma maneira, sobre a existência e o saber cultural, abalando-os e transformando-os, sobretudo no que se refere ao nosso modo de ser, pensar e agir. Deixa saudades, nesse sentido, a escritora Lya Luft (1938-2021). Para sempre na memória seu livro Pensar é transgredir (2004). A título de ilustração, eis aqui preciosa pérola sentimental e reflexiva: "Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto. [...] Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo. [...] Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança. Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade. Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for. E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer". Assim, Lya Luft combinou muito bem os conhecimentos da totalidade e da singularidade. Poderíamos chamar tal princípio de dinâmica da compreensão.

Marcos Fabrício Lopes da Silva,

Asa Norte

Entregadores

Após o anúncio da sanção do projeto de lei que determina que os aplicativos de entrega façam seguro para cobrir eventuais acidentes dos entregadores parceiros, a Uber Eats anuncia o encerramento da modalidade a partir de março. A estranheza é que se fixa uma seguridade social antes mesmo de se encerrar a discussão se há, ou não, vínculo trabalhista em uma nova economia em que existe total flexibilização de jornada e sem subordinação direta. Até então, eram tidos como autônomos, uma vez que um entregador pode trabalhar para vários aplicativos, respeitando regras básicas de um contrato de adesão de prestação de serviços. Fora isso, com a saída da Uber Eats, a intromissão estatal faz mais uma vítima, levando a menos concorrência e opções de trabalho para os próprios entregadores. Parabéns aos envolvidos!

Ricardo Santoro,

Lago Sul

Prenúncio

Biden para Trump, no bojo do inquérito sobre os crimes cometidos na invasão do Capitólio: "Perdedor, mentiroso e ameaça à democracia". Pelas semelhanças e o andar da carruagem, será o prenúncio de um alvissareiro filme que nós teremos a sorte de ver por aqui?

Lauro A. C. Pinheiro,

Asa Sul

Democracia

Por que o processo democrático algumas vezes gera produtos tão ruins? É preciso reavaliar se alguma fase está obsoleta, porque os prejuízos mundiais têm sido significativos.

Marcos Gomes Figueira,

Águas Claras

Literatura

Revisite a literatura brasileira. Que tal aproveitar as férias para ler com calma aqueles clássicos da literatura brasileira? Sem a obrigação imposta por um professor e com mais maturidade, entrar em contato novamente com Jorge Amado ou Graciliano Ramos é muito prazeroso.

José Ribamar Pinheiro Filho,

Asa Norte

Ataques

A esquerda tentou de todas as maneiras intimidar o presidente Bolsonaro. Como não conseguiu, agora, se volta contra pessoas da sua base, como a deputada Bia Kicis. Quem tem como guru o "nove dedos", cujo desastre da incompetência e roubalheira veio nos atingir por seis décadas, não tem moral para buscar atingir pessoas de bem. Ao invés de encher nossa paciência, deveria se mudar para a Venezuela.

Jivanil Caetano de Farias,

Jardim Botânico

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