OPINIÃO

Ana Dubeux: A vacina, o nosso bilhete premiado

Ana Dubeux
postado em 09/01/2022 06:00 / atualizado em 09/01/2022 12:53
 (crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
(crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

O ano de 2022 engrenou, mas em marcha-ré. Se, pelo retrovisor, enxergamos ainda a vida trancada entre quatro paredes e a morte à espreita, quando olhamos pra frente, a pandemia se mostra viva, ressurgindo com novas cepas de vírus e se unindo a uma epidemia de gripe. Estamos ainda doentes, não dá para esquecer. E, se não choramos tantas mortes agora, também não dá para esquecer que é graças à ciência.

Vidas poupadas em série que não devemos a um milagre, mas ao trabalho de um exército de cientistas mundo afora, que lutaram bravamente contra a desinformação e as fake news, e trabalharam incansavelmente para nos dar o mais valioso bem da humanidade neste pedaço de tempo: a vacina.

Já parou para pensar quantos mais teriam morrido sem essa proteção e quantos mais estão sendo dia a dia curados sem grandes comprometimentos à saúde e sem hospitalização? Acreditar na vacina foi, é e será a decisão mais certa, a melhor aposta, a loteria ganha, o bolão premiado.

Estamos vivos, mas devemos seguir em alerta máximo. Não acabou, e muito provavelmente viveremos entre idas e vindas, em permanente luta contra vírus diversos e mortais, por bastante tempo. É o preço que pagamos por um meio ambiente desgovernado e ameaçado por uma humanidade que tem sua fé inabalável pautada pelo consumo extremo e pelo pouco apreço à natureza.

Não podemos deixar de perceber as lições desse período tão cinza e de dar o merecido crédito aos cientistas, a quem devemos as nossas vidas. Mostramos resiliência e solidariedade em momento de extrema dor coletiva. Em nome dos que se foram nesta pandemia, temos de guardar tudo de bom e ruim que vivemos.

Aprender e reaprender a viver, a dividir, a não se iludir com falsas promessas e expectativas. Depende de nós, e somente de nós, tomarmos as medidas de proteção que já conhecemos. A clausura aparentemente acabou, mas as consequências de tudo o que vivemos ainda serão sentidas por muito tempo. Esquecer, por enquanto, está fora de cogitação.

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.