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Correio Braziliense
postado em 11/01/2022 00:01

Custo do crime

Está completando 55 anos a publicação de um pequeno artigo acadêmico que, a seu modo, mudou a economia. Crime e castigo: uma análise econômica, de Gary Becker, professor da Universidade de Chicago, mais tarde ganhadora do Prêmio Nobel, foi a primeira reflexão econômica sobre a atividade criminosa. Becker era um craque nisso: sabia como ninguém levar para as várias esferas da vida o principal insight dos economistas, o de que precisamos sempre decidir como aplicar os recursos limitados entre as diferentes alternativas. Depois dele, os economistas passaram a usar seu instrumental para inferir o que fazer em áreas como saúde, educação, segurança, vida pessoal. Becker mostrou que a violência representa um custo para a sociedade: não apenas quanto ao que se perde com o crime, mas também ao que é gasto com a prisão de criminosos. Nas últimas décadas, a criminalidade despencou no mundo rico. Ao mesmo tempo, disparou na América Latina. Alguém aí consegue explicar por que um país com áreas inteiras de suas cidades nas mãos de bandidos gastou R$ 8 bilhões com auxílio-moradia para juízes e procuradores só nos últimos sete anos? Ou por que torramos R$ 12 bilhões com os estádios da Copa? Enquanto isso, os locupletadores do erário estão soltos, usufruindo a comodidade e luxo das suas mansões. Em suma, impera a impunidade!

Renato Mendes Prestes,

Águas Claras

Segurança pública

Reconheço, depois de me debruçar minuciosamente sobre o tema durante anos, que a segurança pública é um assunto espinhoso e polêmico no Brasil. Observei que existem centenas de comunidades muito solidárias em sua aversão à polícia. Nunca denunciam nada e não adianta a mídia glorificar (muitas vezes com justiça) os homens da lei, que esses nunca conquistarão com facilidade o coração e as mentes do povo. Em certos casos, são rejeitados pela truculência, com razão, em outros, por falta de empatia mesmo. Nunca encontrei justificativa convincente, apenas faço reflexões e fico confuso. Observei que uma parcela dos mantenedores da lei são ríspidos e, o pior, são pretos como a maioria dos que tratam mal. No meu entendimento, passível de contestação, existem variadas personalidades policiais: aqueles que têm espírito heroico e amam o que faz, outros que procuram apenas uma profissão estável e, por fim, aqueles (os mais condenáveis) intrinsecamente maus, de má índole, que se aproveitem do corporativismo atenuante e da impunidade quase certa para exteriorizarem seus instintos degredados. Eu acredito no ser humano e que se pode amansar esses trogloditas que matam por prazer. Mais afeto é essencial no mundo hostil de hoje.

Renato Vivacqua,

Asa Norte

Política

Quando eu ainda era uma criança, ouvia o meu pai e seus amigos conversarem sobre política — isso lá no interior do meu querido estado de Goiás. Eles eram abastecidos pelo rádio — como adquiriam conhecimento. Não faltava nas residências, por mais humildes que fossem, esse meio de comunicação de massas. Em suas conversas teciam comentários sobre o que acontecia em diversos países do mundo. Eles falavam muito sobre as ideologias de esquerda e direita. A esquerda defensora dos menos favorecidos. A direita vestia a camisa da elite. Nessa minha caminhada, pude constatar que não há diferença entre uma e outra. Os políticos são oportunistas, essa é a grande verdade. São farinha do mesmo saco. Eles andam segundo os seus interesses pessoais. Que se dane o povo.

Jeovah Ferreira,

Taquari

Futebol

Respeito e aplausos para Gerson Nunes, o inigualável e eterno canhotinha de ouro do tri, que, amanhã (11/1), completa 81 anos de idade. Ser humano irretocável, Gerson encantou estádios e torcedores, com futebol inteligente e objetivo. Passados 60 anos, Gerson continua fazendo falta, sem substituto à altura, no meio de campo da Seleção penta campeã. Comentarista esportivo, Gerson é chefe de família exemplar. Gerson tem coleção de amigos e admiradores no mundo inteiro. Foi um gênio, craque de futebol, ao lado de Pelé, Garrincha, Rivelino, Carlos Alberto Torres, Nilton Santos e Paulo Cesar Caju.

Vicente Limongi Netto,

Lago Norte

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