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Correio Braziliense
postado em 16/01/2022 00:01

Alerta dado

Quando política e economia não falam a mesma língua, o ruído sofrido pela população é imediato. Há tempos, esse alerta foi dado em Provérbios 29,4.7: "O rei justo traz estabilidade ao país, mas o amigo de impostos o leva à ruína. O justo se interessa pelo direito dos pobres, mas o ímpio não se importa com isso". Um verdadeiro "mundo humano" permanecerá fora de nosso alcance até que tenhamos descoberto a política de distribuição de riqueza. As últimas quatro décadas vêm desmentindo a afirmação neoliberal de que imensas energias empresariais levantariam todos os barcos para o bem da navegação social. As políticas para conceder bem-estar, utilidade e dignidade a todas as pessoas têm sido afogadas de maneira avassaladora e covarde. Falta-nos levar adiante esta ciência política: "Quando os justos se multiplicam, o povo se alegra; quando o ímpio domina, então o povo lamenta" (Pv 29,2). Apenas como projeto de poder, deslocado do interesse público, a política não se afirma como "carimbo da mudança". Na maioria das vezes, assistimos ao desfile de grupos oligárquicos no comando do governo, favorecendo orgulhos e preconceitos em detrimento de razões e sensibilidades. Diariamente, esquemas de corrupção mostram que os partidos políticos, quando se apresentam como facções criminosas, atendem pela mesma sigla PCC (Primeiro Comando do Capital). Não à toa, o provocativo teatro de Bertolt Brecht (1898-1956), em A ópera dos três vinténs (1928), tinha razão ao suspeitar da ordem capitalista: "O que é assalto a um banco, se comparado com a fundação de um banco?". É preciso dar nome aos bois para não ser atropelado pela boiada. Não menos perverso, o fundamentalismo religioso, protagonista do pior desde a Idade Média, não pode, com suas doutrinas negacionistas, aprisionar nossa liberdade de informação e de expressão. Quando a ciência faz o seu papel de melhorar nossa qualidade de vida, levando a cabo teorias e práticas com pesquisa de excelência, atestado de veracidade e poder de solução, o Brasil e o mundo prosperam efetivamente.

Marcos Fabrício Lopes da Silva,

Asa Norte

Centrão acima do povo

Um sistema de governo interessante. O presidente da República é escolhido pelo povo para estar à frente do poder Executivo, que tem a função de administrar os interesses públicos, mas quem governa verdadeiramente está no Poder Legislativo. Um grupo formado por deputados de diversos partidos, grupo esse denominado Centrão, que age de acordo com seus interesses, jogando no lixo os interesses públicos, é descompromissado com a ética e está sempre de olho em recursos públicos. O Centrão grita e Poder Executivo diz: Sim senhor! E o eleitor, Ó! Centrão acima do povo.

Jeovah Ferreira,

Taquari

Excluído

Paulo Guedes foi excluído do cofre do orçamento. O combustível das bombas do posto Ipiranga, as verborragias e os cursos de mestrado do ministro da Economia foram atropelados pelos tratores do vale tudo da política. Os deuses da fortuna passaram a chave e o bastão do tesouro para o caridoso senador e ministro Ciro Nogueira. O Piauí está orgulhoso com o prendado e humilde filho. O Santo Ciro distribuirá os pães da última ceia de Bolsonaro com sentimento patriótico. Ninguém receberá migalhas. A distribuição será farta. Ciro acabará com o desemprego e com a fome de milhões de crianças. Nenhum brasileiro ficará sem vacina. Precavido, o Santo Ciro mandou escrever no livro dos mandamentos cívicos do Palácio do Planalto, que ao contrário dos pães que serão distribuídos para a população esfomeada, os pães dos apóstolos do Centrão, sejam reforçados com manteiga, queijo e mortadela. A estrada do Santo Ciro para vice de Bolsonaro não tem pedregulhos.

Vicente Limongi Netto,

Lago Norte

Futebol

Se Seleção é momento, difícil entender as convocações de Philippe Coutinho, com poucos minutos em campo recentemente pelo Barcelona, e de Everton Ribeiro e as ausências de jogadores de Palmeiras e Atlético-MG que estão voando, como Raphael Veiga, Guilherme Arana, Keno e Hulk. Como disse um jornalista esportivo ano passado, a história parece se repetir: o grande inimigo extracampo do Flamengo são, além das contusões, as convocações das Seleções brasileira e uruguaia sem paralisação nas datas-Fifa. Completando: enquanto os principais rivais se mantêm imexíveis. Convocação não gera apenas desfalques, como também viagens longas, cansaço físico e mudança de treinamento muscular, facilitando contusões. Já passou da hora do calendário do futebol brasileiro ser revisto, com o encurtamento dos Estaduais e a paralisação completa dos campeonatos nas datas-Fifa, igual na Europa, para que os torcedores possam ter orgulho de ver jogadores de seus clubes serem convocados para a Seleção, pois, hoje, só lamentam.

Ricardo Santoro,

Lago Sul

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