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Correio Braziliense
postado em 21/01/2022 00:01

Elza Soares

No meio da tarde, o Brasil ficou estarrecido. Elza Soares retornou ao universo, com sua energia icônica, com as muitas vidas vividas em 91 anos de existência plena. Ela não deu voz só ao samba e às mais belas canções que saíram da periferia. Ela foi a voz do feminismo das mulheres negras, brancas, mestiças... de todas as etnias e fenótipos. Foi a voz de quem cai e sabe se reerguer, a cada perda ou derrota, renovada para mais uma vida. Elza Soares é exemplo de superação. Combateu o racismo, com garra. Desfiou as deturpações cognitivas dos que trocaram valores pela desumanização radical. Mostrou que carne negra não é mais barata, apesar de ser rejeitada e vilipendiada pelo atraso e pela ignorância. Ela valorou a carne negra das mulheres, dos homens e dos LGBTQI . Elza Soares, como Elis Regina e tantas outras mulheres que escreveram e reescreveram histórias, não morreu. Elza segue viva e magnânima no espaço reservado no universo aos que inspiraram e fizeram a diferença na trajetória de vida. Deixa de legado histórias ímpares para fortalecer as mulheres e homens que lutam por um mundo e um país sem desigualdades. Elza seguirá celebrando a vida em nova dimensão. Que Deus continue a conduzi-la!

Guadalupe Gonzaga,

Park Way

Futebol brasileiro

Tenho acompanhado vários jogos da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Mesmo sendo flamenguista, estou muito feliz de poder "ver com os próprios olhos" o surgimento de um talento tão grande como o menino Endrik, do Palmeiras! É golaço atrás de golaço, e o "moleque" de apenas 15 anos ainda apresenta um grande leque de recursos. Ele sabe o que fazer com a bola e a trata muito bem! Queria eu um garoto como esse no meu time!

Paulo Gregório,

Águas Claras

Organizações Sociais

Aquela ideia de ONG assistencialista é coisa do passado. A sociedade civil organizada tem hoje um compromisso muito mais engajado com temas como meio ambiente, corrupção, tortura, defesa da mulher, racismo, e acesso à Justiça do que partidos políticos, comprometidos na maior parte das vezes com pautas mais amplas e genéricas. É tão relevante e fundamental a atuação das Ongs que, recentemente, a Organização das Nações Unidas (ONU) publicou uma lista de trinta países acusados de perseguir de alguma forma ativistas de direitos humanos ou impedir as entidades da sociedade civil de atuar livremente. Na lista estão Rússia, Turquia, Colômbia e Hungria, assim como China, Cuba e Venezuela. O Brasil ainda não faz parte desse infeliz time. Ainda não.

Renato Mendes Prestes,

Águas Claras

Eduardo e Mônica

Enfim, chega às telonas de 500 salas de exibição brasileiras a empolgante trama de Eduardo e Mônica, inspirada no enredo do genial Renato Russo lançado entre as 12 faixas do segundo disco do Legião Urbana em 1986. A história revela um relacionamento improvável vivido pelo adolescente Eduardo, de 16 anos, ainda no cursinho pré-vestibular, e Mônica que fazia medicina e falava alemão. Só que "...a menina tinha tinta no cabelo...", o que nada representou para seus corações que se descobriram atraídos por sabe-se lá o quê? "Mas quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? Quem um dia irá dizer que não existe razão?" Trata-se de mais uma obra ficcional que imita a vida real de tantas pessoas mundo afora, nos reportando a mais um tema inexplicável para a mente humana. Essa canção narrativa envolve profundamente a nós, brasileiros, principalmente aos que, como eu, moram em Brasília desde as décadas de 1970, 1980 e até, pelo menos, os anos 1990 e viveram os primórdios do Plano Piloto, que avizinharam desde diretores de órgãos estatais, até motoristas de ministros de Estado. Se o filme irá agradar aos cinéfilos, críticos ou ao público não é de se prever, mas é muito provável que represente mais um recorde de bilheteria.

Ronaldo Viegas,

Lago Sul

Cidade integrada

Os esforços empreendidos pelo poder público para resgatar a cidadania em certos lugares, dominados por traficantes e milicianos, só poderá ter sucessos caso haja uma intervenção em diversas áreas, ligadas à saúde, à educação e às atividades de inclusão social, principalmente de cursos profissionalizantes. Concomitantemente, o fechamento de ferros-velhos, locais de compra de produtos furtados, roubados e desmanche de carros, bem como o de lojas de compra de joias e cordões de ouro e o mercado paralelo de compra de celulares de procedência irregulares, merece uma atenção redobrada, quer no asfalto ou nas comunidades. Infelizmente, uma parte da população não é vítima da violência e, sim, cúmplice de criminosos, ao adquirir produtos de procedência duvidosa.

Luiz Felipe Schittini,

Copacabana (RJ)

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