Antivacinas
As pessoas internadas em UTIs e leitos públicos que, por vontade própria, não se vacinaram contra a covid-19, bem que podiam: (a) ressarcir o SUS (a propósito, como tramita o PL 3982/20?); (b) dependendo do caso, processar judicialmente quem as induziu a não se vacinarem contra a doença (sem prejuízo de tal providência por parte do Poder Publico). Que tal?
Marcos Paulino,
Águas Claras
Plano de Saúde do GDF
Há um ano, nós, servidores do GDF, tivemos o sonho de termos um plano de saúde concretizado pelo governador Ibaneis. Filiei-me. Nesse interim, fui acometido de uma síndrome de Guillain-Barre, e é importante observar que, salvo um exame que ficaram enrolando para autorizar, tive que pagar o restante e o Inas não ressarce. Em todos os exames e tratamentos fui muito bem atendido. Agora, preciso de fisioterapia para ver diminuir as sequelas, e aí é que vem o problema, mudaram o sistema em que as autorizações eram feitas no dia, agora informam que serão autorizadas com até 10 dias úteis. Importante, este plano não está sob ingerência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o que me impede de solicitar ajuda desse órgão regulador, pois sei que não adiantaria. Ouve-se pela imprensa que regulam mais a favor dos planos do que dos beneficiários. Resta-nos apelar ao senhor governador, junto com sua equipe, um diálogo com a operadora para, em vez de aumentar o prazo, diminuí-lo, demonstrando competência, eficiência, respeito aos beneficiários e, principalmente, graças à tecnologia avançada, apressar o atendimento para que possamos recomendar e elogiar todos serviços prestados. Não sei quais são os valores mas, uma sessão de fisioterapia deve custar ao plano entre R$ 30 e R$ 40 e, desse valor, o beneficiário arca com 30%. Resta ao plano um valor pequeno para um desgaste grande e desnecessário. Não acha que é um abuso, senhor governador?
Valter Eleutério da Silva,
Taguatinga
Executivo fraco
A Presidência da República sempre foi, historicamente, o ponto focal da política brasileira. Os demais Poderes atuavam, salvo momentos de exceção, como coadjuvantes, situação que hoje não mais ocorre, com a judicialização da política. Uma soma extraordinária de poderes dava ao presidente uma situação hegemônica. Para assegurar tal hegemonia, afora os instrumentos existentes, as relações políticas eram formatadas por meio do conhecimento do presidencialismo de coalizão, com indicações políticas para cargos, distribuição de verbas e acesso à formulação de políticas públicas. Hoje, nos deparamos com o Congresso Nacional ganhando mais terreno e ocupando espaços políticos predominantes. As liberdades de edição de medidas provisórias foram limadas. As emendas parlamentares ao Orçamento da União, que eram instrumento central do toma lá dá cá, passaram a ter sua implementação obrigatória. Mais recentemente, o Orçamento como um todo passou a ter sua implementação mandatória, com a chave do cofre nas mãos do ministro da Casa Civil, senador Ciro Nogueira (PP-PI), o que reduziu a liberdade do Executivo. O que for aprovado pelo Congresso terá de ser executado. Em tese, sem uma maioria para proteger os interesses do governo, toda proposta orçamentária poderá ser modificada pelos parlamentares. Historicamente, o Poder Executivo tinha o controle e a iniciativa da agenda. Hoje nem tanto, pois, come nas mãos do Centrão. Independentemente de como funcionará esse novo arranjo institucional, o desejo dos brasileiros é que o equilíbrio e o bom-senso prevaleçam nos debates que estão por vir. E os Poderes saibam honrar suas responsabilidades com plena consciência de suas competências e limites e, sobretudo, prossigam na agenda de reformas de que o país tanto necessita.
Renato Mendes Prestes,
Águas Claras
Conforto versus ciência
As UTIs Brasil afora atingem ocupação máxima pela covid-19 e a maioria dos internados não se vacinou, este é o chamamento de todos os veículos de comunicação, seja escrito, seja falado, há pelo menos 18 dias. Eu costumo dizer: quando conhecemos o conforto, fazemos de tudo para permanecer (veja, estou sendo muito educado). Por meio do Correio Braziliense (15/1, pág. 14),"Damares pede que todos se cuidem, mas não defende vacinas". A pastora evangélica, conhecida pelas suas pregações exaltadas em nome de Deus e com muitos fiéis, poderia contrariar o chefe maior, o negacionista Jair Bolsonaro, mas prefere manter o conforto dos gabinetes com ar-condicionado e um monte de gente a servi-la e, no fim do mês, um contracheque gordo e com um destaque: sou ministra. É o conforto contra a ciência.
Hortêncio Pereira de Brito Sobrinho,
Goiânia (GO)
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