Identidade
Um dos grandes transtornos do cidadão brasileiro é a identificação nas unidades da Federação, principalmente para aqueles que mudam frequentemente de estados. Muito se fala na sua unificação, criando-se uma identificação nacional, com base no número do CPF, bastante difundido no país. Contudo, nada avança.
Itiro Iida,
Asa Norte
Salário de policiais
Mais uma semana sem o anúncio do reajuste salarial das forças de segurança do DF. Outra vez reafirmo que acreditar em político é ilusionismo pessoal. Só mesmo uma manifestação retumbante de policiais e bombeiros na Praça do Buriti e na Praça dos Três Poderes, para o governador se lembrar de seus correligionários. Sem isso, para o chefe do Executivo local, nada o sensibiliza. Só mesmo mostrando para todos os eleitores que seu governo não cumpre promessas, principalmente para as próximas eleições. Que Deus nos acuda!
João Coelho Vítola,
Asa Norte
O terno e a gravata
Jair Bolsonaro na Presidência da República representa um claro bloqueio à participação política das classes populares. Não há dúvida sobre o temperamento autoritário desse sujeito amante da ditadura e preconceituoso incorrigível. Se depender dele, toda a diversidade deve ser castigada. Propagando teses nazifascistas, fundamentalismo religioso e obscurantismo negacionista, Bolsonaro vem se omitindo no combate à covid-19. Ele persegue o conhecimento científico e promove saídas enganosas, atuando como genocida e charlatão. Seus ataques discriminatórios a negros, indígenas, mulheres e homoafetivos são criminosos e revelam total falta de respeito, razão e sensibilidade. Engana-se quem acha que Bolsonaro é um elemento isolado na História do Brasil. Essa gente de terno e gravata, alienada dos pés à cabeça, precisa ser destronada do poder urgentemente. Muita trela se dá aos pobres de espírito neste país. Não podemos eleger pessoas desligadas das grandes questões nacionais. A democracia social que sonhamos convive com a polarização entre a carência e o privilégio, expressão acabada da nossa estrutura oligárquica. Já dizia o poeta Solano Trindade (1908-1974), destacando o prioritário diante do supérfluo: "Quando eu tiver bastante pão/para meus filhos/para minha amada/pros meus amigos/e pros meus vizinhos/quando eu tiver/livros para ler/então eu comprarei/uma gravata colorida/larga/bonita/e darei um laço perfeito/e ficarei mostrando a minha gravata colorida/a todos os que gostam/de gente engravatada..." (Gravata colorida).
Marcos Fabrício L. da Silva,
Asa Norte
Clientes de bares
Excelente o artigo de Paulo Pestana sobre frequentadores de bares. Me lembra os tempos em que era assíduo no Degrau e no Álvaro's nos idos de 1960/70 no Leblon, bares ainda existentes no Rio de Janeiro. Morando em Brasília desde 1992, aqui também tenho meus bares favoritos, Ki Filé e Faisão Dourado, onde conheço os donos e, principalmente, os garçons, e onde me orgulho de ser reconhecido e bem recebido por todos, sendo um lugar excelente para se fazer amigos. Pena que essa calamidade que assola nosso país tenha nos afastado um pouco, mas, se Deus nos prouver, voltaremos a nos encontrar mais amiúde para falarmos da vida alheia. Parabéns Paulo Pestana.
Paulo Molina Prates,
Asa Norte
Reforma tributária
No Brasil, a discussão sobre a reforma tributária é antiga. Tramitam no Congresso Nacional duas propostas bem semelhantes de reforma tributária. Uma delas, nascida no Senado, a PEC 110, é apadrinhada pelo ex-presidente Davi Alcolumbre da Casa (DEM-AP), e a outra, criada da costela da 110, foi encampada pela Câmara. É a PEC 45, adotada com carinho pelo ex-presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ). Os padrinhos querem juntar as duas PECs e correr com a aprovação de um texto unificado. Mas essa pressa súbita para votar em 2022 é o que deixa os que pagam a conta dos tributos em pânico. Muitos contribuintes serão duramente afetados. Em um país que ostenta a carga mais elevada do mundo em relação a seu nível de renda, a reforma deveria desonerar, além de simplificar a estrutura tributária, facilitando a vida do contribuinte e melhorando a competividade das empresas. Se não fosse pedir demais, a reforma deveria tornar o sistema de impostos mais justo, fazendo pagar mais quem pode mais. Mas nada disso está no radar. Arrisca-se mudar para piorar: a carga tributária vai aumentar; cumprir tarefas fiscais ficará mais difícil; o que vem por aí comerá renda dos pobres e remediados. A pressa, nessa hora, é a pior conselheira.
Renato Mendes Prestes,
Águas Claras
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