Conflito e paz
Faz pouco tempo que comentei com um político, que parece que estamos vivendo, ultimamente, num mundo de palhaços e brincalhões. Pois vejam a capa do Correio (4/3): "Bolsonaro e Boris Johnson vão propor trégua no conflito". Dá pra acreditar? Ninguém havia pensado nisso? Finalmente, o planeta está salvo, graças ao Messias?
Lauro A. C. Pinheiro,
Asa Sul
» Rússia versus Ucrânia, e o resto do mundo nas expectativas. O cenário está armado, literalmente. Os atores, que também são os autores da peça teatral, são todos protagonistas, praticamente não há coadjuvantes. O enredo é conhecido, mas o desfecho é imprevisível. As armas são suficientes para destruir o planeta inteiro várias vezes. Loucos não faltam para acionar as ogivas nucleares. E a cúpula mundial pretende, em caso de guerra, subir aos céus em aviões previamente preparados, para apreciar de cima a destruição, supondo que irão se salvar, em algum lugar. São arrogantes, mas também tem medo. Ninguém escapa, direta ou indiretamente. E a humanidade pagará um preço incalculável pelos despautérios .
Humberto Pellizzaro,
Asa Norte
Futuro
Nas últimas décadas, o Brasil passou por muitas e boas. Superado o populismo getulista, vieram os militares, que, em mais de 20 anos de poder absoluto, muito pouco contestado (os poucos contestadores foram severamente punidos), se declararam dispostos a mudar o país desde sua base. O Brasil mudou alguma coisa, nem sempre para melhor, a um custo alto para a cultura e a liberdade de expressão. Sucederam-se governos populistas, conservadores, presidentes de todo tipo, mas o país permaneceu quase igual, enquanto muitas outras nações, antes pobres (a Coreia é um bom exemplo), desenvolviam-se, modernizavam-se, enriqueciam. Os "explicadores" do Brasil vêm tentando, sem muito sucesso, encontrar as razões que impedem nosso país de deslanchar e o mantém pobre e desigual, distante do ideal que traçamos para ele no futuro — uma permanente promessa, um eterno devir. E nós ficamos sem entender como é que um povo que se considera tão esperto e cordial, vivendo em uma terra tão generosa, não chegou ainda ao tão ansiado Primeiro Mundo. Por meio de uma ginástica mental, tentamos situar nossa pessoa física no Primeiro Mundo, em campo oposto à entidade nacional, que continua afundando no Terceiro. Por mais que isso fira a lógica, fazemos parte de uma nação sem a ela pertencer. Para nós, tanto o povo de nosso país quanto os governantes, que nós mesmos elegemos, são sempre eles, nunca nós. Afinal, nós nos vemos (ou queremos nos ver) como cidadãos do mundo, pairamos acima do mal e só compartilhamos, quando nos convém, algumas coisas que nos parecem ser boas (carnaval, futebol, cordialidade, jeitinho) de nossa identidade brasileira.
Renato Mendes Prestes,
Águas Claras
Desertor
O brasileiro que joga em um dos melhores clubes da Ucrânia naturalizou-se ucraniano. O governo da Ucrânia proibiu os homens entre 18 e 60 anos de deixarem o país, a fim de lutarem na guerra, ou seja, houve uma convocação para o serviço militar. O brasileiro-ucraniano fugiu e veio para o Brasil encontrar com a família. Seu comportamento é de um desertor e criminoso de guerra, pois como cidadão ucraniano, jovem e forte, deveria lutar pelo seu país, o qual adotou espontaneamente. Quando a guerra terminar, se ele resolver voltar a jogar pelo time ucraniano, poderá ser preso e processado pelo crime de deserção, cuja pena em qualquer país é bastante severa. Na hora de ganhar dinheiro, é ucraniano. Para defender a Ucrânia, não é ucraniano. Dois pesos, duas medidas.
Paulo Evandro de Siqueira,
Asa Norte
Terceira via
Uma ótima chapa para se candidatar à Presidência da República seria o general Hamilton Mourão, que deixou a casa pela porta da frente e demonstrou, em diversas oportunidades, ter bom senso e lucidez e ter preparo para governar o país. Como vice-presidente, o herói da Operação Lava-Jato e ex-juiz Sergio Moro, orgulho de nossa nação, que o Supremo Tribunal Federal (STF) quer transformar em vilão!
Jair Gonçalves da Cunha,
Plano Piloto
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