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Correio Braziliense
postado em 15/03/2022 00:01

Animosidades

Até a guerra Rússia/Ucrânia/Ocidente é estopim para animosidades políticas internas. As redes sociais estão inflamadas de Putin x Zelensky; direita x esquerda; Bolsonaro x Lula; pacifismo x belicismo. As imagens de cenas de destruição de edifícios residenciais e hospitais, de humilhação com crianças e anciões fugindo do cenário de guerra, são levadas em consideração como roteiro natural de dissensões históricas de geopolítica, de interesses estritamente econômicos, de expansionismo russo/norte-americano. Ufa! A razão fervilha no zap em artigos bem construídos para o ponto de vista de cada um. Todos se sentem convencidos que seu amigo, seu interlocutor é que não está entendendo nada. Nada! E aí volta a birra, a frieza da amizade, o cuidado para não ferir as suscetibilidades de sua querida amiga, seu estimado amigo, como vimos no auge de nossas últimas eleições presidenciais. As imagens destruidoras da guerra, ao vivo, estão nos noticiários televisivos em nossas salas de casa, na hora das refeições, na hora de dormirmos, e replicadas em nossos celulares vinte e quatro horas. São imagens terrificantes que parecem se tornarem corriqueiras. Parece que estamos sentados numa sala de cinema, comendo pipoca e vendo o filme Platoon. A resposta a um jornalista de um adolescente ucraniano acolhido na Polônia se ele estava feliz por ter conseguido uma residência, resumiu o conteúdo de todos compêndios de história daquela região em ebulição: "Não estou querendo conseguir uma residência. Estou querendo conseguir meu país".

Eduardo Pereira,

Jardim Botânico

Autocrítica

A política é fascinante. Mas requer força interior, espaço na mídia, carisma, articulações partidárias, paciência e, sobretudo, poder econômico. Alguns candidatos desistem no meio do caminho. Desiludidos por não avançar na disputa, ou magoados por não merecer, de fato, o apoio necessário da direção do partido. Nessa linha, dois senadores desistiram da pré-candidatura à Presidência da República, Alessandro Vieira e Rodrigo Pacheco. Fizeram autocrítica que engrandece a ambos. Jovens, têm vasto caminho político pela frente. Resta, a meu ver, a senadora Simone Tebet fazer o mesmo. Tolice e certa dose de masoquismo, teimosia e orgulho, prosseguir na disputa presidencial, como candidata o MDB. Ela própria sabe que não tem votos suficientes de apoio para maiores sonhos nem mesmo dentro do partido dela. Pode ser que o plano B da senadora seja, de fato, ser candidata a vice de outro candidato da sonolenta e quase sem fôlego terceira via. Só as peças do xadrez político têm a resposta.

Vicente Limongi Netto,

Lago Norte

Machismo

"Hoje em dia, as mulheres, praticamente, estão inseridas na sociedade!" Fiquei estarrecido ao saber que quem falou essa barbaridade foi o presidente Bolsonaro, numa solenidade "cor de rosa" no Palácio do Planalto justamente para homenagear o Dia Internacional da Mulher. Pode? Mas, com todo respeito, a culpa de termos dessas figuras em postos de comando eletivos, em vez de mulheres, é, sem dúvida, das mulheres, pois elas são mais de 50% da população brasileira e, consequentemente, a maioria votante em nosso país. Mulheres do meu Brasil varonil! Tomem consciência dos seus poderes! Nas próximas eleições votem em vocês mesmas; prestigiem vocês mesmas, nossas mães, avós e filhas, para acabar de vez com esse machismo que assola nosso país. Viva Eva, Anita Garibaldi, Anna Neri, Anaíde Beirriz, Rachel de Queiroz, Cora Coralina, e mais e mais.

Paulo Molina Prates, Asa Norte

Virar a página

Concordo com o ponto de vista da jornalista Ana Dubeux quanto ao expresso no texto "Solte o ar e a alegria" (13/3, pág. 10). De fato, esses últimos tempos vividos, sobretudo a partir de 2019 — qualquer semelhança com vigência de mandato é mera coincidência — foram de enclausuramento, melancolia, repressão e tristeza, portanto, a meditação zen-budista, resgatada pela colunista, tem um viés realmente terapêutico, pois que, por meio de técnica respiratória, tem o poder de acalmar e relaxar. Sinceramente, creio que seu desabafo não retrata apenas um grito no silêncio, mas, sim, repousa, aprisionado nas gargantas de nove em cada 10 dos assíduos leitores deste renomado periódico diário. Votem tod@s conscientes nas próximas eleições e, quiçá, assim poderemos bradar alegremente, em alto e bom som: Ufa, enfim viramos mais uma tenebrosa página em nossa História... Que venha a bonança!!!

Nelio S. Machado,

Asa Norte

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