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Correio Braziliense
postado em 17/03/2022 00:01

Reconhecimento

O Ministério da Justiça decidiu conceder a Medalha do Mérito Indigenista ao presidente Jair Bolsonaro. Não foi só um ato de puxa-saquismo do titular da pasta, que, com certeza, tem pouco ou nada a fazer à frente do cargo que ocupa. O ato foi entendido como deboche e um escárnio. A sociedade brasileira e o planeta sabem que Bolsonaro nutre profundo ódio em relação aos povos originários. No passado, ele chegou a elogiar a política norte-americana de dizimação dos indígenas naquele país e lamentou que o mesmo não tenha ocorrido no Brasil. Na campanha eleitoral de 2018, foi explícito ao avisar que não demarcaria um centímetro de terra dos territórios indígenas. Eleito, deu a espantosa declaração de que os indígenas estão cada vez mais "parecidos" com os seres humanos. Ele não reconhece os povos originários, os povos tradicionais, os negros, as mulheres, e os pobres, os LGBTQIA . As morte de crianças pela covid-19, para ele, foram "insignificantes". Assim, como ele, há um elevado percentual da população brasileira que o reconhece como tragédia, genocida, homofóbico, misógino, racista, oparofóbico, necropolítico, entre outros títulos que bem lhe poderiam ser concedidos pelo seu exímio desempenho, na condução de políticas públicas retrógradas e que lhe asseguram o título de "pior" presidente da República desde a redemocratização do país.

Giovanna Gouveia,

Águas Claras

Combustível

Uma das consequências do conflito russo-ucraniano é a elevação dos preços do petróleo, implicando no encarecimento da gasolina. Entretanto, não consta que há conflito no Brasil, em especial nas regiões produtoras de cana-de-açúcar e milho, matérias primas do etanol. Um dia desses um amigo comentava sobre a malandragem e má-fé dos postos de combustíveis que, sorrateiramente, vem elevando os preços do etanol. De fato, o preço do álcool explodiu (sem qualquer razão, pois não há nexo causal entre a guerra e esse aumento) e ninguém reclamou. Penso ser necessária a urgente interferência do governo e do Ministério Público no assunto. E se possível, colocar gente na cadeia.

Milton Córdova Junior,

Vicente Pires

Afeto

O afeto é um conceito que, na filosofia, foi concebido inicialmente por Baruch Spinoza (1632-1677) e posteriormente reinterpretado pelos franceses Gilles Deleuze (1925-1995) e Félix Guattari (1930-1992). Spinoza definia o afeto como um estado da alma. Um sentimento. E dividia os afetos em três categorias: o desejo, o prazer e a dor. Para tais filósofos, em síntese, o afeto corresponde a uma mudança que ocorre simultaneamente no corpo e na mente, transformando-nos. O afeto nos mobiliza e nos faz diferentes do que éramos antes de senti-lo. Não somos os mesmos depois dele. Ele nos impacta e aumenta ou diminui nossa vontade de agir. O afeto nos muda, nos move. O afeto é um sentimento que transcende a individualidade. Ninguém o sente isolado, sozinho. O afeto implica afetar ou ser afetado. Nasce quando há encontro, diálogo. E é impreterivelmente transformador. Mas atenção: o afeto não nos faz obrigatoriamente melhores. Ele nos desloca, apenas. As colocações acima mencionadas, nos leva a deduzir, que a nossa sociedade está doente, e a enfermidade é da ordem dos afetos. Falta saber se nosso estado é terminal ou se há antídoto para esse mal. Sejamos afetuosos!

Renato Mendes Prestes,

Águas Claras

Consumidor

Estamos comemorando a Semana do Consumidor mas, infelizmente, a Lei do SAC, e muitas outras, não vem sendo respeitada. É preciso uma ação urgente do MP, da Senacon, do Procon e de tantos órgãos que deveriam proteger o consumidor. Com a desculpa da pandemia, algumas empresas (aéreas, seguradoras, bancos etc.) demoram mais de 1 hora para atender o consumidor. Aproveitam da pandemia para diminuir custos e praticar crimes contra o consumidor. Semana passada, fiquei 80 minutos na rua tentando acionar o seguro. Pode isso? Algumas criaram o atendimento insuportável virtual por telefone, WhatsApp em que ficamos horas e não conseguimos ser atendidos. A Senacon, o Prodecon e o MP deveriam fiscalizar o cumprimento da legislação e serem bem rigorosos com essas empresas que não respeitam os consumidores. E divulgar seus nomes. Empresa que não respeita o consumidor tem de ser denunciada e de amplo conhecimento dos futuros consumidores! Vamos agir? Cumprir a lei.

Erica Maria Holanda

SQN 315

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