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Correio Braziliense
postado em 24/03/2022 00:01

Coração tranquilo

As melhores energias humanas se encontram na promoção do cuidado mútuo. Zelar e compreender sustentam o exercício da delicadeza. O amor, arrastado pelas correntezas da posse e da desconfiança, ainda tem chance de ser reabilitado, caso a ternura consentida seja o nosso principal balizamento. O paladar dos sensíveis não suporta mais a oferta do "fast fútil". Desenvolver a paciência é fundamental, principalmente em momentos turbulentos. Orienta o artista Walter Franco (1945-2019): "Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo". Tamanha musicalidade, expressa em Coração Tranquilo (1978), comprova a existência do ápice humano como realização harmoniosa possível. Pelo caminho da arte, o impossível deixa suas pegadas. Assim, a gente se orienta melhor. Passo a passo, mesmo com a imposição dos buracos medíocres, o entusiasmo em prosseguir vale muito mais a pena. Tristeza comunica felicidade reprimida. "Ter lágrimas/é a possibilidade/de outra vez germinar" — ilumina Alexandra Maia em estado de poesia (Um objeto cortante, 2019).

Marcos Fabrício Lopes da Silva,

Asa Norte

Saúde pública

A saúde no DF está um caos, e todos nós temos conhecimento da deficiência dos serviços da saúde pública prestadas à população. Hoje, o DF tem uma população de mais de três milhões de pessoas, sendo 70% usuários da rede pública. Somos sabedores que, no Distrito Federal, tem 16 hospitais públicos de pequeno e grande portes, além das UPAS e, todos sobre o comando da Secretaria de Saúde. A pergunta que não quer calar! O que está faltando para melhorar os atendimentos médicos na rede de saúde com uma estrutura desse porte? Será que falta uma boa gestão, ou vontade política? Sabemos o tamanho do sofrimento das pessoas quando vão em busca de um atendimento na rede de saúde do DF, muitas vezes esse sofrimento para alguns vêm acompanhados com mortes por uma espera incansável. A saúde no DF tem cura, acorda, senhor governador Ibaneis. Vossa senhoria que vem investindo tanto na sua reeleição, é preciso que as suas ações sejam voltadas para as melhorias na saúde, por meio de soluções simples existentes, tais como: regionalização dos atendimentos por RA, usando os aparelhos existentes nas próprias cidades, fazer contratações de profissionais médicos e enfermeiros também regionalizados, por intermédio do IGES-DF, transformar o Centro Administrativo, hoje ocioso em grande centro de radiologias e laboratórios, deixar o Hospital de Base para realizações de pequenas e grandes cirurgias.

Evanildo Sales Santos,

Gama

Corrupção

O presidente Bolsonaro perdeu autoridade para dizer que seu governo é exemplo de lisura, em que não há corrupção. Faltam, na verdade, investigações sérias pela Procuradoria-Geral da República. O chefe da PGR foi escolhido a dedo para encobrir as falcatruas do clã Bolsonaro, atolado em denúncias de corrupção, atividades criminosas praticadas antes e durante o atual governo. O procurador-geral, Augusto Aras, é radicalmente omisso diante dos desmandos do clã e do inquilino do Palácio do Planalto, que veio para destruir o Brasil, e em tudo que projetava o país no cenário internacional. A Polícia Federal virou quintal dos bolsonarianos, por meio da substituição de diretores e delegados que colecionam provas incontestes, que sustentariam uma ação penal por corrupção e outros crimes do clã. O escândalo do Ministério da Educação, envolvendo o ministro Milton Ribeiro e pastores em negociatas para a liberação de recursos às prefeituras, se soma ao das vacinas, também com operadores evangélicos, no caso da compra de imunizantes contra a covid-19, como ficou comprovado pela CPI da Pandemia, no Senado Federal. Em ambos os casos, com o aval do presidente e dos seus apaniguados que comandavam o Ministério da Saúde. Por certo, tantos outros movimentos nada republicanos ocorrem, ou ocorreram, nos subterrâneos da trajetória espúria do clã bolsonarista. Em resumo: pequenas igrejas são grandes negócios, em ritmo de expansão, em sociedade com os bolsonarianos retrógrados e destruidores do Brasil.

Afonso Guimarães,

Noroeste

Ministro da Educação

Reverendo Milton Ribeiro, ministro da Educação, quando mentimos não estamos seguindo o exemplo de Jesus Cristo. "Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor." (Provérbios 12:22). O verdadeiro cristão diz a verdade mesmo sabendo que ela poderá colocá-lo em uma situação difícil. O senhor como pastor deve ter pregado inúmeras vezes isso aos seus fiéis. Não peque senhor ministro do Senhor Jesus e da Educação. Se o presidente da República lhe fez um "pedido especial" para que o MEC priorizasse os municípios e, depois, os "amigos do pastor Gilmar Silva dos Santos", o senhor como pregador do Santo Evangelho precisa dizer a verdade. O seu rebanho precisa acreditar que o senhor é um pregador idôneo. Confesse para que no dia do Juízo Final isso não lhe traga complicações.

Jeovah Ferreira,

Taquari

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