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Correio Braziliense
postado em 05/05/2022 00:01

Cannabis

Acerca do publicado no CB de terça-feira (Mercado S.A, 3/5), como cidadão global, vislumbro, com absoluta apreensão, esse tipo de lobby que a indústria da Cannabis sp. faz no Brasil e no exterior. Acredito que nosso país não reúna condições para implantar e fiscalizar, efetivamente, o delicado processo de atenção e cuidado que a saúde pública, à beira da UTI, exige, tal qual a Holanda o faz, por exemplo — importante relembrar da crise oriunda da pandemia de covid-19. Lamentavelmente, estamos muito aquém, e, em caso de regulamentação, receio que poderemos nos tornar reféns, como, infelizmente, ocorreu, anteriormente, com os alimentos transgênicos. Para tanto, é imperioso e urgente agirmos com sabedoria, mobilizando autoridades constituídas e inspirando-se, contudo jamais copiando, como símios inferiores, modelos notoriamente erráticos e insustentáveis estabelecidos pela corrupção ou omissão implantadas no poder público de nações tidas como desenvolvidas e liberais.

Nélio S. Machado,

Asa Norte

Lula e a Ucrânia

Nas eleições presidenciais que foram disputadas, em segundo turno, com Lula e Collor, Brizola vaticinou: "Agora, o povo brasileiro terá de escolher entre o cão e o coisa ruim". Pois não é que o boquirroto e estapafúrdio petista acabou de se espalhar, na capa da revista Time, dizendo que "Zelenski é tão responsável pela guerra na Ucrânia quanto Putin". É muito azar?

Lauro A. C. Pinheiro,

Asa Sul

Ianomâmi

Até agora não se tem notícias sobre os responsáveis pelo estupro e morte de uma criança Ianomâmi de 12 anos. A Fundação Nacional do Índio (Funai), responsável pela defesa dos direitos dos povos indígenas, não se manifestou publicamente pela tragédia. Um silêncio que equivale a um "dane-se" ao horrendo episódio, aliás, a mais um fato, conforme noticiado tanto pelo Correio Braziliense quanto por outros veículos de comunicação. Há informações recentes de que os indígenas estão sendo coagidos pelos invasores assassinos a não comentar o crime com as autoridades(?) que foram ao local. Até quando este país será o paraíso da impunidade para os invasores, assassinos de povos originários e predadores do patrimônio natural do Brasil? A sociedade brasileira precisa se movimentar contra tantos desmandos e crimes, pois o que fazem hoje com os indígenas poderá ser reproduzido com qualquer outro segmento populacional que seja um entrave à roubalheira que assistimos passivamente. Nem é preciso comentar o que o poder público faz contra os negros, pois o racismo e o maltrato aos pretos são tradição há mais de 400 anos. É hora de o povão reagir a tanta e inominável desumanidade.

Leonora Lima,

Núcleo Bandeirante

Fim da reeleição

Os brasileiros que, nos movimentos de junho de 2013, foram às ruas pra protestar por R$ 0,20 a mais tarifa dos ônibus têm que voltar às ruas para impor o fim das reeleição em todos os cargos políticos eletivos. Que sejam computado os votos nulos e brancos que, ao atingir determinado percentual, à eleição seja anulada convocando nova eleição com outros candidatos. A soma de deputados federais, deputados estaduais, vereadores, prefeitos, governadores e presidente chega à casa dos 80 mil postulantes. Com o fim da reeleição, milhares de novos cidadãos e cidadãs, ingressarão na política a cada eleição, oxigenando o ambiente político, trazendo novos olhares e soluções para os problemas que se eternizam no Brasil, basta de ficarmos repetindo os mesmos políticos picaretas profissionais.

Gilvan da Silva Gadelha,

Ceilândia

Liberalismo

O principal desafio que o liberalismo enfrenta atualmente não vem só do fascismo nem do comunismo, nem mesmo "dos demagogos e autocratas", que se espalham por toda parte como sapos depois da chuva. Desta vez o principal desafio surge por meio dos laboratórios das redes sociais, criando assim, um impacto com novas tecnologias na vida de cada um de nós. Talvez não exista crença em nada que possa ser mais humano, demasiado humano, do que o "livre-arbítrio". Os humanos certamente tem um arbítrio, mas não é livre. Você não tem a prerrogativa de decidir que desejos terá. Os humanos fazem escolhas, mas elas nunca são nas escolhas independentes. Cada escolha depende de um monte de condições biológicas, sociais e pessoais que você não é capaz de determinar por si. Em anos recentes, algumas pessoas mais inteligentes do mundo tem trabalhado no hackeamento do cérebro humano para fazer você clicar em anúncios e lhe vender coisas. Agora, esses métodos estão sendo usados para lhe vender políticos e ideologias. Tal cenário é uma ameaça clara a democracia liberal. A sobrevivência da democracia liberal depende, sobretudo, do desenvolvimento de um projeto político que esteja mais alinhado com os anseios da população, o compromisso com o liberalismo e o fortalecimento das instituições democráticas.

Renato Mendes Prestes,

Águas Claras

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