» Sr. Redator

Correio Braziliense
postado em 27/05/2022 00:01

Nise da Silveira

Inútil e mesquinha a atitude de defenestrar a Dra. Nise da Silveira. Ela é tão grandiosa e "eles" tão pequenos que dá dó (ou dor). A saúde mental de seres abandonados foi transformada por ela que é — sim — heroína da pátria brasileira. Tantos seres esquecidos em manicômios foram resgatados por ela por meio da arte. Seu olhar compassivo tornou a psiquiatria brasileira mais humana, menos excludente. Aqueles que tentam cancelar sua memória, que foi de puro altruísmo e cuidado, são os mesmos que se regozijam até com mortos. Eles — sim — não merecem a mínima compaixão.

Thelma B. Oliveira,

Asa Norte

Moro

Juristas que me perdoem, mas Sérgio Moro foi atacado pelo vírus da burrice e do deslumbramento ao largar a toga de juiz para fazer supletivo para a carreira política. Nunca escondeu que não tem nenhum apreço pela classe política. Um estranho no ninho entrando na rinha das pauladas. Serpentário para quem tem couro duro. Ainda como candidato o calouro Moro nunca disse nenhuma novidade. Em tom professoral e arrogante, fez promessas enfadonhas que todos os candidatos estão fartos de repetir. Moro deu colossal tiro no pé, aceitando ser ministro da Justiça de Bolsonaro. Jamais esperava enfrentar batalhas inglórias e tacapes pesados dos adversários. Não apenas de Lula, mas também de Bolsonaro. Moro navegava em aparente mar tranquilo, nariz empinado e voz fanhosa, até Lula, que condenou e passou 1 ano preso em Curitiba, ser inocentado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de todas as acusações de corrupção. Crescia o inferno astral de Moro. Leva pedradas de todo lado. Leva mais flechadas no peito do que São Sebastião. O PT jamais dará trégua a Moro. Caso Lula vença as eleições presidenciais de outubro, a vida de Moro será um inferno. Lexotan será pouco. A vingança fica ao gosto do freguês.

Vicente Limongi Netto,

Lago Norte

Remédios

Se você está tomando remédios, fique atento à bula. Muitas substâncias contidas em medicamentos indicados para variados tratamentos, e não só psiquiátricos, podem dar sono e tirar a atenção. A orientação da bula de que se deve evitar dirigir deve ser seguida. Além de perigoso, guiar sob efeito de remédios é infração, assim como dirigir depois de beber.

José Ribamar Pinheiro Filho

Asa Norte

Triste conjuntura

Que os sucessivos reajustes nos preços dos combustíveis têm pesado no orçamento das famílias brasileiras, já tão atormentadas pela inflação galopante (alçada aos 12,2% no trimestre encerrado em maio), juros acachapantes (Selic a 12,75%) e desemprego massivo (acima dos 11%), parece consenso entre todos aqueles que acompanham de perto a triste conjuntura socioeconômica de nosso país. Mas reviver o assombro intervencionista do governo Dilma Rousseff na Petrobras seria similar a matar o paciente para curar a doença. Aliás, neste caso nem sequer a doença seria curada, haja vista que políticas de controle de preços resultam tão somente em desabastecimento pela oferta e em nenhum controle inflacionário de fato — basta atentar para a situação lastimável de nossa vizinha Venezuela. Urge a discussão de propostas para amenizar os efeitos de choques externos do mercado de petróleo sobre nossa população - talvez algo similar a um fundo emergencial de suavização desses impactos. Mas a Lei de Responsabilidade das Estatais, garantindo que a petrolífera estatal brasileira seja gerida eficientemente como uma empresa privada, a paridade de preços e, em última medida, a independência de sua gestão são valores inegociáveis.

Elias Menezes,

Belo Horizonte

Incertezas

Governantes conflituosos e desagregadores fazem parte da história política aqui e alhures. Questão de personalidade, coisa de gente a quem apraz criar confusão, imbróglios, cultivar desafetos, afastar possibilidades de afetos. É um jeito, e cada um tem o seu modus operandi. Diferentes são as maneiras daqueles vocacionados para o embate permanente, cujo estilo não admite a alteridade. A sociedade hoje vivencia incertezas com a classe política. Os políticos com suas malas sem alça, não reconhecem valor na condição de outro, menosprezam o que é distinto, delegam ao plano das irrelevâncias pessoas e situações das quais discordam e as quais consideram equivocadas. Esse é o tipo e legítimo político desagregador, que em geral se dá mal, notadamente na política, uma arte que pressupõe e almeja o encontro se não necessariamente das ideias, mas certamente das soluções. Crises brasileiras estão cheias desses exemplos. O que foi a negociação da transição democrática? Um caso pronto e acabado de elogio à negociação comandada por agentes moderadores do jaez de Tancredo Neves, Franco Montoro, Ulysses Guimarães. No entanto, hoje nos deparamos com meia dúzia de candidatos à presidência da República, sem um consenso entre eles, até que tentam articular e construir uma terceira via, mas pelo visto é "nati mortis", por meio dos desagregadores que estão de plantão e infiltrados nos partidos.

Renato Mendes Prestes,

Águas Claras

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags